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Matheus Nachtergaele opina sobre “O Auto da Compadecida 2” e dá detalhes sobre a volta de viver João Grilo
Em conversa com o Papelpop, durante evento de lançamento da novela “Renascer” (TV Globo), nessa quarta-feira (17) no Rio de Janeiro, Matheus Nachtergaele adiantou detalhes e opinou sobre “O Auto da Compadecida 2”.
Ele garantiu que a sequência do clássico longa-metragem está linda, mas não tão boa quanto a primeira, na opinião dele. Para ele, mesmo não ultrapassando a obra de 2000, o produto é divertido e faz jus ao legado da obra de Ariano Suassuna.
“O filme está lindo, lindo de morrer. Talvez ele não seja tão bom quanto o primeiro, pois o primeiro foi escrito pelo próprio Ariano Suassuna. O segundo foi adaptado por uma trupe de bam bam bam’s, liderados por Guel Arraes, Jorge Furtado, João Falcão, Adriano Falcão. O roteiro é bonito, mas talvez eu ache que ele não seja tão bom quanto o primeiro, pois é uma obra de arte do Ariano Suassuna o primeiro. Mas será amoroso, homenagioso (sic) e é muito engraçado, mas é mais comovente. Vocês vão se surpreender com isso. A gente tem muito amor pelo João Grilo e Chicó e, de cara, quando você reencontra os dois, algo de emocionante já acontece no espectador e isso vai seguir durante o filme. Terão horas hilárias, mas todo mundo vai falar: ‘Que saudade que eu tava’.”
Assista ao trecho da entrevista:
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Ainda durante o bate-papo com o repórter Jader Theóphilo, Matheus disse como foi se reencontrar, tanto fisicamente como mentalmente, com João Grilo e opinou sobre o fato de cada ator ter um “palhaço” dentro de si mesmo.
“O Auto foi um presente inesperado, doido, mágico, que fez Selton e eu voltarmos a ter que lidar com os nossos melhores palhaços. Todo grande ator tem um palhaço em si. Vou dizer uma coisa meio engraçada, mas é verdade. É que se esquecem muito o que é um ator de verdade. Todo grande ator terá um palhaço, que em algum momento ele descobriu e usou. Alguns você percebe fácil, como Tônico Pereira que é um palhaço explícito. Fernanda Montenegro, por exemplo, se joga muito. Quando ela está na comédia, ela se entrega muito. Até no drama. Ela tem uma palhaça. Os atores têm palhaços. Os nossos mais belos palhaços, do Selton e meu, são Chicó e João Grilo.”
“A gente foi levado há encontrar os nossos melhores “arlequinos” 25 anos depois da primeira vista com eles. Checa no nosso corpo como isso ainda funciona; lidar com a novidade da idade chegando; lidar com a melancolia que aqueles personagens têm. Foi muito bonito.”
Com estreia marcada para dezembro deste ano, além de Selton e Matheus, a produção do filme confirmou o retorno de Virginia Cavendish, interpretando Rosinha, e Enrique Diaz, que voltará a viver o cangaceiro Joaquim Brejeiro.
Além deles, outros atores foram incorporados ao elenco com personagens novos como Eduardo Sterblitch, Humberto Martins, Fabiula Nascimento, Luis Miranda, Juliano Cazarré e Luellem de Castro.
Taís Araújo encarna uma nova versão da Compadecida, que no primeiro filme foi defendida por Fernanda Montenegro. A veterana, que chegou a ser confirmada no elenco pelo Folha de S. Paulo, saiu do segundo filme por incompatibilidade de agenda.
Assinado por Guel Arraes e João Falcão, com a colaboração de Adriana Falcão e Jorge Furtado, o roteiro é uma trama inédita, construída a partir de alguns personagens da peça de Ariano Suassuna e que se passa 25 anos após a primeira história.
“‘O Auto da Compadecida’ e sua continuação refletem a celebração da cultura brasileira e colocam o cinema como espelho de um país plural e mágico em sua força criativa”, cita o texto de apresentação.