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(Foto: Reprodução / YouTube)
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cinema

Quentin Tarantino revela o motivo de não gravar cenas de sexo em filmes

Nesta terça-feira (11), em uma entrevista publicada pelo jornal espanhol Ara, o showrunner Quentin Tarantino voltou a falar sobre a sua aposentadoria após o lançamento de “The Movie Critic”, a última produção que irá dirigir. Na ocasião, ele relevou, também, o motivo de não colocar cenas de sexo em seus filmes.

“Sei que tenho meu público e quero agradá-los. Eu quero que você se divirta no cinema. Mas não quero ser indulgente. Quero desafiá-lo, levá-lo a lugares para os quais ele pode não estar preparado. Quero agradá-lo, mas também desafiá-lo”, disse ele.

O diretor de “Kill Bill” e outros clássicos continuou dizendo: “Ao mesmo tempo, quando invento uma história, quero fazê-la porque quero fazê-la. E espero que as pessoas gostem, mas se não, o que podemos fazer?”.

Sobre se aposentar após o próximo longa, Quentin foi questionado se a decisão seria baseada em “querer deixar uma filmografia perfeita”, mas ele nega: “creio que não. É que faço filmes há 30 anos e estou prestes a desistir.”

Mas este não é um adeus, pelo menos não de sua carreira num geral, já que ele pretende continuar a escrever novos livros de crítica cinematográfica.

“Quero fazer um segundo volume de ‘Film Meditations’ que abrange também os anos 70 mas com outros filmes, também da minha adolescência. E depois vou pular para os anos 80 e também vou falar sobre cinema de fora dos Estados Unidos”, completou.

Questionado sobre não incluir cenas de sexo em sua filmografia, o diretor afirmou: “É verdade [que suas produções não tem cenas de sexo], sexo não faz parte da minha visão de cinema. E a verdade é que, na vida real, é um saco filmar cenas de sexo, todo mundo fica muito tenso.”

Ainda no tema, o cineasta diz que tais recortes nunca foram essenciais na sua carreira: “E se antes era um pouco problemático fazê-lo [cenas de sexo], agora é ainda mais. Se alguma vez houvesse uma cena de sexo essencial para a história, eu teria, mas até agora não foi necessário.”

Último filme

De acordo com o The Hollywood Reporter, em uma matéria publicada em março deste ano, o enredo “The Movie Critic” [em tese, último filme de Tarantino a ser feito] deve ser ambientado na cidade de Los Angeles, na década de 1970, e deve ter uma protagonista feminina, mas os detalhes estão sendo mantidos em segredo.

A trama, já confirmada por Tarantino, será ambientada em um universo que exista Pauline Kael, uma das críticas de cinema mais influentes de todos os tempos, mas que faleceu em 2001.

Ainda segundo o THR, Tarantino assina o roteiro do longa-metragem e planeja iniciar as filmagens no outono do Hemisfério Norte (período de setembro a novembro deste ano). Ele deve ofertar o projeto para estúdios já nesta semana.

A Sony pode assumir a produção, pois foi a responsável por “Era Uma Vez em… Hollywood” (2019). Na época, a produtora fechou um acordo exclusivo em que os direitos autorais são revertidos para o diretor e roteirista ao longo do tempo.

Em relação ao elenco, tudo que se sabe é que, se este realmente for seu último filme, não faltarão opções para Tarantino. Estrelas como Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Christoph Waltz, Uma Thurman, Samuel L. Jackson e Margot Robbie trabalharam em seus projetos anteriores.

Vale lembrar que, há muito tempo, o cineasta afirma que quer dirigir dez longas ou se aposentar quando tiver 60 anos. Ele já filmou nove (se contarmos os dois volumes de “Kill Bill” como apenas um) e fará 60 anos no próximo dia 27 de março.

Em 2012, ele explicou à Playboy: “Quero parar em um determinado ponto. Os diretores não melhoram à medida que envelhecem. Normalmente os piores filmes de sua filmografia são aqueles quatro últimos. Eu me importo muito com a minha filmografia, e um filme ruim estraga três bons”.

Erramos: Quentin Tarantino não dirigiu o filme “Clube da Luta”, como previamente publicado. O texto foi corrigido.

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