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“Ainda Estou Aqui” traz o 1º Oscar da história do cinema nacional ao vencer Filme Internacional

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(Foto: Kevin Winter/Getty Images)
(Foto: Kevin Winter/Getty Images)

É DO BRASIL!

Ainda Estou Aqui” arrematou o Oscar de Melhor Filme Internacional neste domingo (02), desbancando “Emilia Pérez” (França), “Flow” (Letônia), “A Garota da Agulha” (Dinamarca) e “A Semente do Fruto Sagrado” (Alemanha).

A vitória é histórica, pois, até então, nenhuma produção brasileira havia levado a estatueta dourada para casa. Esta é, sim, a primeira a vir para o nosso país.

“Orfeu Negro” chegou a vencer em 1960, mas o troféu foi para a França devido à nacionalidade de seu diretor, Marcel Camus, e ao fato de ser uma coprodução entre os dois países e a Itália.

Quem subiu ao palco para representar “Ainda Estou Aqui” e recebeu o prêmio inédito foi o diretor Walter Salles, que celebrou as mulheres essenciais à história.

“Fiz este filme para uma mulher que decidiu não se curvar e resistir. Este prêmio é dedicado a ela, Eunice Paiva, e às duas mulheres extraordinárias que deram vida a ela: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, disse.

“Ainda Estou Aqui” adapta o livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, em que ele conta a história da própria mãe, Eunice Paiva, desde sua atuação em defesa dos direitos humanos à sua luta pessoal contra o mal de Alzheimer.

Ela se torna advogada e ativista após o engenheiro civil e ex-deputado federal Rubens Paiva, seu marido e pai de Marcelo, ser preso, torturado e assassinado por agentes da ditadura militar brasileira na década de 1970.

Mãe e filha, Torres e Montenegro vivem a protagonista em diferentes fases da vida. Selton Mello, Marjorie Estiano, Antonio Saboia, Olivia Torres, Humberto Carrão, Maeve Jinkings e mais nomes completam o elenco.

Vale ressaltar que Salles é quem assina a direção do longa-metragem, marcando seu retorno após mais de dez anos. Já Murilo Hauser e Heitor Lorega são os responsáveis pelo roteiro, premiado no Festival de Cannes de 2024.

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