Informações obtidas pela coluna Outro Canal, do jornal Folha de S. Paulo, dão conta de que o ator Pedro Waddington, filho da atriz Helena Ranaldi e do diretor global, Ricardo Waddington, foi escalado para interpretar o personagem Tiago, em “Vale Tudo“.
Na versão original da trama, exibida em 1988, o rapaz foi vivido por Fábio Villa Verde e era neto da vilã Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch.
Nos testes, ele teria se saído muito bem e agradado ao diretor, Paulo Silvestrini. Tiago, vale destacar, é filho de Heleninha Roitman (Renata Sorrah/Paolla Oliveira) e Marco Aurélio (Reginaldo Faria/Alexandre Nero) e sofria com a pressão imposta pelo pai, homofóbico, para que perdesse a virgindade.
Sua amizade com André (Marcelo Novaes) seria questionada a todo momento e é o próprio jovem quem se torna responsável por ajudar Heleninha a superar o vício em álcool.
Conforme a sinopse da novela:
“Na trama, de um lado, a mania de grandeza de Maria de Fátima (Bella Campos) torna a pacata Foz do Iguaçu, no Paraná, pequena para sua ambição. Do outro, sua mãe, Raquel (Taís Araujo), uma mulher forte, batalhadora, que preza pela honestidade acima de tudo. Maria de Fátima não vê a hora de ter uma vida de influencer, tal qual as celebridades que acompanha na internet, e abandonar tudo o que lembre sua vida detestável. E ela não vai medir consequências para chegar onde quer: com a morte do avô, vê na venda da herança a oportunidade de se mudar para o Rio de Janeiro e seguir com seu plano, nem que isso signifique enganar e deixar a mãe para trás. Na cidade carioca, a trama ganha novos e importantes personagens, como a icônica vilã Odete Roitman (Débora Bloch), nesse embate ético sobre ser ou não ser honesto, que conduz toda a narrativa e convida o público a refletir, vibrar e se emocionar”.
A autora, Manuela Dias, foi alvo de críticas nas últimas semanas por sua postura em relação à adaptação do roteiro original. Em conversa com o jornal Folha de S. Paulo, ela disse que o Brasil não é mais o mesmo de 1988, quando foi exibida a versão original da novela. Logo, o público também mudou, de modo que a grande vilã seria retratada de uma forma mais “humanizada”.
“Odete seguirá sendo uma vilã, mas sua vilania está muito ligada ao momento. Vale Tudo foi a novela da volta da democracia, e naquele momento falar mal do Brasil, ou poder falar mal, era resistência, era revolucionário, era novo. Hoje não é mais. A gente está saturado disso. O novo é encontrar maneiras de transformação. Odete não aponta caminhos, mas será diferente”, explicou.
Depois da repercussão, ela voltou às redes sociais e compartilhou uma foto no Instagram Stories em que se lia os dizeres: “Estamos trabalhando para a sua comodidade. Odete é Odete”. A estreia de “Vale Tudo”, na nova versão, ocorre em 2025.
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