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Sete fatos mais legais sobre Cyndi Lauper, que toca no Rock In Rio, que você precisa saber
O Rock In Rio 2024 será histórico por diversos motivos, muito além do fato de que neste ano celebram-se quatro décadas desde sua criação.
Nesta sexta-feira (20), o evento recebe, em primeira mão, um show da popstar Cyndi Lauper, uma pioneira da música pop que, ao lado de nomes como Madonna e Whitney Houston ajudaram a estabelecer a pedra fundamental do que conhecemos como música pop.
A apresentação, que deve repassar todo seu repertório, promete ser um ensaio para sua despedida dos palcos, uma vez que anunciou, em junho, o espetáculo “Girls Just Wanna Have Fun Farewell”. É a tour final, prevista para chegar a arenas e casas de shows do Hemisfério Norte a partir de outubro.
O fato é que Lauper, aos 71 anos, tem uma das trajetórias mais deslumbrantes e contundentes do showbizz — o que lhe reserva, neste fim de semana, todos os aplausos.
O Papelpop quer saber: o que você conhece de sua trajetória? A seguir, elencamos sete aspectos incontornáveis da diva, um pra cada década de vida, porque ainda hoje ela dita tendências e mostra que as garotas só querem — e devem — se divertir.
Cyndi x Madonna?
Madonna viu seu nome incontáveis vezes associado ao de Cyndi Lauper, uma jovem de cabelos coloridos e vocais estridentes. A gravadora e os críticos norte-americanos tentavam, a todo custo, apostar quem conquistava mais atenção e poder do público.
Ficou famoso até mesmo um artigo publicado na revista Billboard, em 1985, que dizia: “Cyndi vai estar por aí por um bom tempo. Madonna não fica na indústria por mais de 6 meses”.
Passados quase 40 anos, ficou claro que todos estavam errados e as duas permanecem — inclusive, reconhecendo que poderiam ter criado uma relação de sororidade. O legado, apesar do machismo, segue mais solificado do que nunca.
Hino feminista e ativismo LGBTQIAPN+
A faixa que dá título à nova turnê de Cyndi Lauper, “Girls Just Wanna Have Fun”, chegou em seu primeiro LP, “She’s So Unusual” (1985).
O projeto também trouxe outros hits como “Time After Time” e “When You Were Mine”, que tocavam por todas as partes em uma época em que o sucesso era medido de formas bem diferentes das atuais. O videoclipe dessa música icônica, que reverencia o direito das mulheres de serem felizes, é um manifesto da rejeição aos padrões e expectativas.
Com ele, Cyndi mostrou que incomodar era também fazer política — um passo para que, anos mais tarde, também se colocasse como uma grande aliada da pauta LGBTQIAPN+. Com uma irmã lésbica, ela lançou em 1986 o disco e single “True Colors”, que rapidamente se tornaram um hino de resistência.
Com parte dos fundos arrecadados por suas vendas revertida às pesquisas do HIV/Aids, o projeto também deu origem a uma função homônima em que Cyndi busca educar pessoas sobre questões de gênero e erradicar a falta de moradia para adolescentes queer. Icônica!
“She Bop” e o prazer feminino
Outra canção da artista que abalou estruturas foi “She Bop”, um smash-single lançado também em 1983 e que aborda tópicos sensíveis como a descoberta da liberdade sexual feminina e a autonomia.
Em outras palavras, Lauper está falando sobre masturbação de um jeito irreverente, que transformou e diversificou seu repertório colocando-a como uma porta-voz da autoaceitação e do poder feminino contido em cada uma. Falar de temas sérios, com ela, também pode ser divertido.
O primeiro Grammy!
Em 1985, Cyndi Lauper levou o Grammy de Artista Revelação, uma categoria que ainda hoje pode ser definidora para os rumos da carreira de um jovem cantor. Àquela época, a diva ainda trabalhava na divulgação de seu primeiro disco e sentia que a cobrança por mais lançamentos se acentuava.
Entretanto, ela seguiu em seu próprio ritmo, com a cabeleira ruiva, mostrando que não apenas a aposta feita em si pela Academia valeria a pena, como também estava pronta para reforçar seu respeito pela arte. Assim é que se constrói uma discografia impecável!
“We Are The World” e um solo inesquecível
Também nos anos 1980, Cyndi Lauper participou de um dos eventos mais icônicos da história da música: a gravação do clássico “We Are The World”. Você já sabe, a faixa foi uma forma que diversos artistas, capitaneados por Lionel Richie, encontraram para arrecadar fundos e acabar com a fome no continente africano, especialmente na Etiópia. O solo de Cyndi Lauper na canção é um dos momentos mais memoráveis e arrancam arrepios de quem a escuta, ainda hoje, 40 anos mais tarde.
Uma era rock
Em 1993, a popstar lançou “Hat Full of Stars”, disco que pendia para o rock e o alternativo. Mais madura e um tanto quanto introspectiva, Cyndi Lauper decidiu falar sobre assuntos como autoconfiança e identidade, enquanto seguiu explorando melodias vibrantes.
O resultado não foi o mesmo de seus trabalhos anteriores, mas o projeto ganhou uma legião de defensores, que o consideram um vencedor moral entre seus LPs. Em suma, o material parece estar muito à frente de seu tempo, mantendo-se atual ainda hoje.
Atriz e vencedora do Tony, tá?
É difícil imaginar Cyndi Lauper com tantos visuais sem pensar em uma possível relação com as artes cênicas. Pois ela existe e foi assim que a diva venceu, além do Grammy, os prêmios Emmy e Tony. Em seu currículo, estão projetos como “The Simpsons” e “Bones”, além de aparecer como compositora de trilhas sonoras.
Foi o caso do musical “Kinky Boots”, que a consagrou de vez em 2013, levando-a a vencer o Tony, o mais importante troféu do teatro. Nos anos 1980, a estrela também fez uma ponta nos filmes “Os Goonies”, onde também cantou “The Goonies ‘R’ Good Enough”; e “Mudança de Hábito 2”. Versatilidade para ela é pouco! Nas mãos de Cyndi Lauper, não há limites.
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O show da mamãe acontece no palco Mundo, antes de estrelas como Karol G e Katy Perry. Para acompanhar, a partir das 19h, lembre-se também de seguir o Papelpop nas redes sociais!