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Morre aos 83 anos o pianista Sérgio Mendes, que eternizou o samba jazz e o Brazil ’66
Morreu, nesta sexta-feira (6), o pianista, compositor e arranjador Sérgio Mendes. Um ícone da música popular brasileira, ele ajudou a divulgar a bossa nova e o samba mundo afora, sobretudo, nos Estados Unidos, onde colecionou recordes.
A informação foi confirmada pela família ao jornal O Globo. A causa da morte ainda é desconhecida, embora o artista tenha sofrido, no ano passado, com complicações de problemas respiratórios.
A carreira de Mendes começou na mesma época em que a de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Baden Powell, mas só deslanchou de vez a partir de sua mudança para os Estados Unidos, em 1964, fugindo da perseguição da ditadura militar.
Embora tenha começado tocando piano em bares e pequenos clubes, demoraria pouco para que conquistasse fama. Na mesma década, seria o brasileiro que mais fez sucesso nas paradas estadunidenses. Foram 14 músicas no top 100 da Billboard.
Duas das gravações mais famosas feitas por Mendes partem de “Mas Que Nada”, releitura do sucesso de Jorge Ben. A primeira, lançada em 1966, trouxe uma versão bossa nova ao lado da icônica banda Brazil 66. Depois, em 2006, foi a vez de o grupo Black Eyed Peas remixá-la ao lado do próprio músico.
Ao todo, foram 60 anos de carreira e 35 discos lançados. Vencedor do Grammy norte-americano pelo disco Brasileiro (1992), ele também foi indicado ao Oscar pela parceria com Carlinhos Brown na faixa “Real in Rio”, tema do filme de animação “Rio”.