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Zoë Kravitz diz separar artista de obra e dispara: “Está tudo bem; vamos nos livrar dos EUA também?”
Em entrevista à revista Esquire, a atriz Zöe Kravitz disse não sentir vergonha de apreciar bons trabalhos feitos por cineastas que acabaram cancelados, especialmente Roman Polanski.
Ele dirigiu dois de seus filmes favoritos, “O Tenente” e “O Bebê de Rosemary”, mas deixou os EUA em 1978 após se declarar culpado por estuprar uma garota de 13 anos, que por sua vez defendeu o diretor. O diretor também negou as acusações de assédio feitas por outras cinco mulheres e, apesar da controvérsia, segue trabalhando no audiovisual.
O lançamento mais recente, “O Palácio” (2023), estreou no Festival de Cinema de Veneza, um dos espaços mais prestigiados da sétima arte — o que gerou comentários, sobretudo, de membros ligados a movimentos que defendem o direitos das mulheres como o #MeToo.
“Está tudo bem ter alguém mau envolvido em um bom projeto. Se for assim, o que devemos fazer? Livrar-nos dos EUA também?”, provocou.
Recentemente, a própria Kravitz fez sua estreia como diretora. Ela lançou “Blink Twice”, filme que também gerou polêmica ao ser anunciado com o título de “Pussy Island” (“Ilha da Buceta”, em português).