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Sinéad O’Connor tem causa da morte revelada, um ano depois
A cantora Sinéad O’Connor morreu em decorrência de asma e de uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O quadro estava combinado ainda a uma infecção no sistema respiratório, conforme revelou a autópsia realizada em seu corpo e divulgada ontem (29), um ano depois de sua partida, pelo jornal The Irish Independent.
A princípio, a perícia não tinha revelado os motivos que levaram O’Connor a óbito, embora a polícia já garantisse que não se tratava de um caso suspeito. Em janeiro de 2024, circulou a informação de que seu falecimento tinha se dado por causas naturais, o que agora foi também descartado.
Nascida em Dublin, em 8 de dezembro de 1966, ela tinha decidido fazer uma pausa na carreira depois de perder um filho de forma trágica, no fim de 2022. Shane O’Connor, fruto de seu relacionamento com o cantor de folk Donal Lunny, tinha 17 anos e foi encontrado morto na cidade de Wicklow, na Irlanda. À ocasião, Sinéad afirmou que ele tinha “decidido encerrar sua luta eterna”, levantando suspeitas sobre suicídio. Ela ameaçou processar o hospital onde o garoto, diagnosticado com depressão, tinha sido internado.
A cantora ficou conhecida, internacionalmente, por uma gravação que fez do clássico “Nothing Compares 2 U”, em 1990. A faixa se tornou o single número #1 do mundo naquele ano, de acordo com a Billboard, e o disco “I Do Not Want What I Haven’t Got” é considerado um marco.
A essa altura, ela já tinha sido aclamada pela crítica por seu álbum de estreia, o potente “Lion and the Cobra”, lançado três anos antes. Com dez álbuns gravados, sua carreira enfrentou boicotes, sobretudo a partir da exibição de um episódio do programa Saturday Night Live em que rasgou uma fotografia do Papa João Paulo II. O ano era 1993 e ela decidiu cantar acapella uma versão de “War”, clássico de Bob Marley. Ao fim, disse em protesto: “Lute contra o real inimigo”.
Em 2023, Sinéad O’Connor finalizava os trabalhos de seu último disco.