Marisa Monte recebe título de doutora honoris causa pela USP e faz discurso emocionante

“Receber esse título é uma prova de que a arte tem o poder de impactar vidas, de despertar consciências e de promover mudanças. É um reconhecimento não apenas da minha trajetória artística, mas também ao poder da música como ferramenta de transformação social”.

Foi assim que a cantora Marisa Monte definiu o momento em que se tornou doutora honoris causa pela Universidade de São Paulo, a USP, nesta segunda (24). A cerimônia teve transmissão online e ocorreu dois dias depois de a artista ter se apresentado no campus. À ocasião, ela dividiu o palco com a orquestra sinfônica da universidade, a OSUSP, e o amigo Arnaldo Antunes.

Durante a cerimônia para a concessão do título, a artista também cantou duas faixas: “Depois” e “Velha Infância”, este último um sucesso do grupo Tribalistas, do qual também é integrante.

Que honra poder oficializar o título de Doutora Honoris Causa da USP sendo a terceira mulher a receber a honraria. É um privilégio poder colaborar com a maior instituição de pesquisa e educação do Brasil.
Muito obrigada a todos que depositaram em mim esse voto de confiança. Viva… pic.twitter.com/RM2mO81OfI

— Marisa Monte (@marisamonte) June 24, 2024

“Estou aqui entre os alunos, os professores e os mestres na maior universidade do Brasil, celebrando essa união entre a arte e a educação, que tem uma potência gigantesca e transformadora na vida das pessoas e do país. Espero poder ser instrumento disso”, disse MM, posteriormente, em entrevista à TV Globo.

Marisa Monte, uma das maiores cantoras do Brasil, tem uma relação profunda com a Universidade de São Paulo. Atualmente, ela é embaixadora do programa USP Diversa, que arrecada fundos e oferece bolsas de estudo para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Além disso, é uma criação sua o Espaço Imaginário Marisa Monte, no Instituto do Coração (Incor), onde pacientes encontram em livros, instrumentos musicais e mais objetos um conforto emocional para seus respectivos tratamentos.

Antes dela, apenas outras duas mulheres tinham recebido a honraria: a zoóloga alemã Eveline Du Bois Reymond Marcus e a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes. Vem dela o nome de uma das leis mais importantes do Brasil, que combate a violência de gênero.