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Conheça Viviane Batidão, cantora pop do Pará tida como “rainha do tecnomelody”

Figurinos coloridos e grandiosos. Cenografia e efeitos especiais em peso. Coreografias nada fáceis. Músicas divertidas e românticas.

Essas poderiam ser características a grandes nomes da música pop internacional, mas, na verdade, fazem parte do universo de Viviane Batidão, cantora paraense com mais de 20 anos de carreira que responde pela alcunha de “rainha do tecnomelody”.

A artista é natural Santa Izabel do Pará – considerada celeiro de grandes ícones da música do Pará, como a banda Ravelly, Fruto Sensual e Pabllo Vittar.

Foi lá, aos 15 anos, que Vivi foi contratada por sua primeira banda, a B. Fênix. Até então, ela apenas “brincava” de cantar brega, cumbia e merengue na escola, com os amigos. “Eu já ganhava meu cachê de dez reais na época (risos). Era pouco, mas era meu dinheirinho. Dinheiro esse que eu dava para minha vó, pra ajudar em casa”, relembrou, em comunicado enviado à imprensa.

O ‘Batidão’ entrou oficialmente para o seu nome artístico em 2007, quando saiu em carreira solo. “Foi num momento em que estava surgindo uma nova vertente do tecnomelody, o batidão, que tinha um ritmo mais forte. Na época, meu novo produtor musical DJ Betinho Izabelense sugeriu que eu incluísse o termo no meu nome artístico. Assim me tornei a primeira cantora solo com o ‘Batidão’ no nome, reverenciando minhas origens musicais”.

Nesse mesmo período, Vivi estourou com seu primeiro hit: “Vem Meu Amor”, escrito por ela mesma, que a projetou nacionalmente como um das maiores vozes do pop amazonense e do tecnomelody. A faixa chegou a ser regravada, ao vivo em Belém, ao lado de Joelma para o disco especial de 15 anos da Banda Calypso.

Depois desse, vieram muitos outros sucessos, como “Galera da Golada” e “Olha Bem Pra Mim”. “Felizmente, tenho muitos sucessos e uma discografia de mais de 2 mil músicas gravadas e espalhadas por aí. Só no meu show, canto mais de 30 canções minhas”, ela celebra.

Ode ao Pará

(Foto: Alle Peixoto/Divulgação)

Por meio de seu trabalho, Vivi quer celebrar os costumes e movimentos artísticos do seu estado, o Pará. Uma das maneiras que ela encontrou de fazer isso, por exemplo, foi através da moda. Sempre vestida de forma extravagante, Batidão expressa a riqueza cultural paraense por meio de figurinos lúdicos e imaginativos.

Neste mês de junho, por exemplo, decidiu usar de seus looks de palco para exaltar as diferentes tradições juninas do estado, como os pássaros juninos, o Arraial do Pavulagem e a cultura dos bois de máscaras de São Caetano de Odivelas. Estilistas amazônicos assinam as peças.

A cena cultural das aparelhagens também faz parte do universo pop de Vivi. Esse movimento é composto por enormes estruturas de som, cada uma com identidade musical e sonora própria, sempre representando algo (águia, búfalo, crocodilo, etc). “Todos com muita tecnologia e cores, além de um público extremamente feliz, que consome e canta nossos ritmos”.

(Foto: Alle Peixoto/Divulgação)

Essa missão, de celebrar a cultura, a estética e a tecnologia musical paraenses, se concretizou em um dos maiores projetos de sua carreira: o Rock da Rainha. O evento, que acontece em diversas cidades do estado desde 2021, nasceu do desejo da artista de levar uma experiência rica ao público, unindo o clima fortíssimo de aparelhagem com a sonoridade de sua banda de tecnomelody.

O resultado é um espetáculo enorme. Para isso, Viviane investiu em cenografia teatral, luzes em LED, cortinas, lustres e pirotecnia – tudo isso em cima do palco. “Foi uma virada de chave bem grande na minha carreira. Além disso, serviu como incentivo para outras bandas investirem em seus trabalhos dessa forma. Hoje todos nós estamos com shows incríveis, sendo bem mais valorizados em nossa terra”, ela festeja.

O sucesso é enorme e segue crescendo. No início deste mês, por exemplo, o Rock da Rainha foi tema de uma apresentação durante a festa junina da escola Escola Silvio Nascimento, de Santa Izabel do Pará. Com o tema principal “Valorizando a Diversidade Cultural”, as crianças da turma infantil V “A” montaram sua versão do projeto musical.

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