Via Instagram, a apresentadora Adriane Galisteu afirmou que pretende, sim, assistir ao documentário “Senna por Ayrton”, produção exclusiva do Globoplay lançada hoje. Nesta quarta-feira (1º), a morte do piloto de Fórmula 1 com quem se relacionou no início dos anos 1990 completou 30 anos.
“Não importa o que eu esteja fazendo, este é sempre um dia reflexivo, mais difícil, mesmo 30 anos depois. Neste dia também todo mundo me liga, faz perguntas, imprensa, fãs, seguidores. Hoje, em especial por causa do documentário, estou sendo bombardeada”, afirmou.
“Estou ansiosa, sim, como todo mundo tá. Porém, vou assistir como ficção. A partir do momento que eu não participo do documentário com depoimento, com uma entrevista, com minha história, é uma ficção. Concordam?”, questionou Galisteu.
Ela prosseguiu dizendo que, neste momento, tanto tempo depois, seu objetivo está em preservar a memória do ex-namorado. “O importante é que ele sempre seja lembrado. A gente tem que manter a história, o nome, a imagem do Ayrton sempre viva”, finalizou.
Em seu perfil no Instagram, ela publicou uma foto dos dois e se declarou. “O dia em que todo mundo lembra o que estava fazendo. O dia em que o Brasil inteiro sente a mesma dor. O dia que marcou a minha vida tão profundamente que nunca, jamais, será esquecido. Para sempre Ayrton”, escreveu.
Como já é de conhecimento geral, a família de Senna não era favorável a seu relacionamento com Galisteu. O site Notícias da TV chegou a noticiar, em outubro de 2022, o espólio vetou sua presença no projeto, com a preocupação, advinda principalmente por parte da irmã de Senna, Viviane, de que a ex-cunhada se abrisse sobre a forma com que era tratada por seu entorno e, portanto, transformasse o registro em algo pesado.
Em entrevista ao UOL, em 2010, Galisteu, que tinha à época da morte de Ayrton 21 anos, relembrou a difícil relação que teve com a família do ex-companheiro.
“Eu não era fã de F1, não era fã dele, não acompanhava a carreira dele. Quem me escolheu foi ele. Então, eu não tinha nenhum poder de olhar e seduzi-lo, nem achava que isso fosse possível. [Quando Senna morreu] Eu fui metralhada, até teve momentos que eu falava ‘Não matei o Ayrton’. Qual é o problema de ter sido a última namorada dele? Me chamavam na rua de oportunista, noiva do Ayrton, menos de Adriane Galisteu. Meu primeiro trabalho foi tentar recuperar a minha identidade. Eu sabia que eu tinha que botar comida em casa, era assim quando eu comecei a namorar com ele. Durante um ano eu fiquei vivendo de favor, graças a Deus, pessoas me ajudaram nessa época. Foi uma fase bem difícil, eu sentia muita raiva, até de ter conhecido ele muitas vezes. Minha vida era tão calminha, ninguém sabia quem eu era. Eu não sabia nem sequer responder ao que estava acontecendo. O público, de modo geral nunca me destratou. Mas na época, a família do Ayrton tinha muito poder. Eu queria muito que as pessoas entendessem que eu fazia parte daquela família. Só que eu percebi que eu não fazia, por opção deles, inclusive. Ficaram desconectadas as conversas. Quando eu dava uma entrevista e eles também, realmente, era tão diferente o conteúdo… eles ganharam nesse cabo de guerra. Foi difícil pra mim entender. O julgamento era o que mais me machucava”.
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