“Todos Nós Desconhecidos” finalmente está em cartaz nos cinemas brasileiros, contando a história de Adam (Andrew Scott). Ele vive uma vida pacata em Londres, mas fica todo balançado após conhecer o vizinho Harry (Paul Mescal).
À medida que os dois se aproximam e se apaixonam, Adam se vê mergulhado nas memórias do passado e atraído de volta à casa em que cresceu. Lá, busca reconexão com os pais (Claire Foy e Jamie Bell) que morreram há mais de trinta anos.
Escrita e dirigida por Andrew Haigh, a história se debruça sobre o luto e mostra como o amor, seja numa relação a dois ou não, pode curar até mesmo as feridas mais profundas. Abaixo, você pode ir a fundo nos temas da produção!
Em uma noite de Natal, os pais de Adam saíram de casa e não voltaram mais. Quase 40 anos depois, o personagem de Scott carrega consigo o fantasma do luto, que o persegue como se já fizesse parte dele. “As memórias nos definem, elas definem o que nos tornamos, nosso caráter – tanto para o bem quanto para o mal. Mergulhei fundo nas minhas memórias de crescimento. Foi um experimento doloroso, mas catártico”, comenta Haigh. Ele ainda acrescenta: “De muitas maneiras, o filme é sobre como você integra a dor emocional em sua vida. Essa dor nunca vai desaparecer, sempre vai encontrar um esconderijo, mas isso não significa que você não possa seguir em frente”.
Pelo fato de perder seus pais muito cedo, Adam nunca teve a oportunidade de se conectar com eles, nem mostrar seu verdadeiro “eu”. Em “Todos Nós Desconhecidos” vemos o protagonista tentando recuperar o tempo perdido, contando à mãe e ao pai suas dores e anseios, e buscando a aceitação que sempre desejou. “Ele [Adam] está ansioso para ver seus pais novamente e para ser conhecido por eles. Talvez encontrá-los novamente traga conforto e um fechamento após a terrível perda”, explica Haigh.
Após alguns encontros, o personagem finalmente consegue o acolhimento que buscava, podendo, enfim, seguir em frente. “De certa forma, é tudo sobre amor e conexão. Amor familiar e amor romântico”, conclui o produtor Graham Broadbent.
À medida que se aproxima de Harry, Adam começa a tentar se conectar com seus pais e curar feridas que o tempo ainda não fechou. Se sentindo amado pela primeira vez em anos, ele consegue se entregar para uma paixão avassaladora e pura que nunca sentiu antes. “Ver Adam e Harry se conectando parece muito autêntico, real e apaixonado. Eles gostam um do outro”, explica Mescal. “Ambos são fundamentalmente pessoas muito boas, mas se sentem muito isolados e o filme é essencialmente sobre encontrar conexão. Eles se conectam verdadeira em um mundo que parece impessoal ou frio”.
Já para Haigh, o filme vai muito além de uma relação a dois: “Todos nós fomos crianças e a maioria vai perder os pais primeiro. Muitos de nós seremos pais e teremos filhos que se tornarão adultos em um piscar de olhos. Muitos de nós encontraremos, perderemos e, esperançosamente, encontraremos de novo o amor, mesmo que ele não dure uma eternidade. E todos nós entendemos a complexidade e a importância dessas relações. Espero que, quando [o público] sair do cinema, sinta mais do que qualquer coisa o poder do amor”.
Assista ao trailer!
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