“Vale o Escrito – A Guerra do Jogo do Bicho“, série documental do Globoplay sobre a guerra do jogo do bicho no Rio de Janeiro, estreou no fim do ano passado e segue rendendo muito papo nas redes sociais.
Na sexta-feira (2), viralizou um trecho de um podcast em que Gabriel David, diretor de marketing da LIESA (Liga do Carnaval do Rio de Janeiro) e filho do contraventor Anísio Abraão David, afirmou ter ficado chateado com o produto final apresentado pelo streaming.
Gabriel participou do sétimo e último episódio da série, intitulado “Nova cúpula: uma revolução no bicho”, em que o foco é mostrar os herdeiros da contravenção no capital carioca.
O produto relata brigas entre os comandos do jogo, tretas familiares (a exemplo da família Garcia), mortes a mil — como a do bicheiro Valdomiro Paes Garcia, o Maninho, e do filho de Rogério de Andrade, que teve a cabeça explodida em plena Barra da Tijuca.
Gabriel David, então, diz ter ficado chateado com o recorte que fizeram da entrevista que ele deu, de mais de duas horas. E revelou, ainda, que ficou completamente assustado ao ver inúmeras mortes.
Segundo ele, mais de 80% dos relatos contados na série documental não eram de seu conhecimento, uma vez que seu pai — que é patrono e presidente de honra da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis — sempre fez com que tudo isso não chegasse nele e nos irmãos.
“O que eu acho do documentário do Globoplay? Acho que, como produto de entretenimento, quem pegou uma pipoca e sentou para ver se amarrou. É um put* entretenimento, fenomenal”, começou Gabriel David.
Em entrevista ao Charla Podcast, ele prosseguiu:
“Fiquei um pouco chateado com o que saiu daquela parte. Eu, sinceramente, não gostaria de ter feito parte de um documentário que fala sobre um monte de morte. Quando eu vi, fiquei muito assustado. Já falei antes, mas eu não tinha conhecimento de 80% das histórias contadas ali. Nem das pessoas que são mencionadas, pois a maioria das histórias rolaram antes de eu nascer. Meu pai nunca deixou chegar em mim, nem com nenhum dos meus irmãos. Lógico, meus irmãos mais velhos viveram aquilo ali tudo em vida. Era notícia, era público e todo mundo via. Então, me assustei com tudo que eu vi e não queria minha imagem associada a algo naquele sentido”.
Atualmente, ele namora a atriz Giovanna Lancellotti e é um dos cabeças dentro da liga que organiza o Carnaval do Rio de Janeiro. Ele afirmou que o projeto não ajudou em nada a festança de fevereiro.
“Para o Carnaval foi ruim, com certeza. Tem nada de bom pro Carnaval ali. […] Eles queriam minha história de vida, queriam que eu falasse sobre Carnaval. O que me contaram era que iam contar a história do jogo do bicho, vão contar a história de pessoas que fizeram parte do jogo do bicho e vai ter um determinado momento que vai falar sobre a contravenção no Carnaval, que é o que aconteceu. O maior investidor pro Carnaval ser o que é hoje é a contravenção. Isso é um fato, qualquer um que estudou Carnaval sabe disso. [Me falaram] Que em determinado momento iam falar sobre o Carnaval de hoje. Então, de Carnaval de hoje, tenho muito a falar”, acrescentou.
Assista ao trecho abaixo:
Vale o Escrito – A Guerra do Jogo do Bicho, feita pelo núcleo de documentários da TV Globo comandada por Pedro Bial, tem como foco o jogo do bicho, que tem prática proibida por lei, mas que existe e se organiza por territórios, chefiados por núcleos familiares poderosos que faturam MILHÕES por ano.
O grande trunfo da série, diante de um assunto amplamente difundido e falado, são entrevistas inéditas que se desenrolam e ganham corpo com personagens fascinantes e dignos de obras de ficção.
A título de exemplo, é o caso da amazona Shanna Garcia, toda poderosa filha do bicheiro Maninho que é herdeira de parte do império da zona Oeste e perdeu o comando para o ex-cunhado, Bernardo Bello.
A família Garcia resolveu lavar a roupa suja no documentário, com falas, ainda, da irmã gêmea de Shanna, Tamara Garcia, da mãe delas, Sabrina Garcia, e da amante de Maninho, Ana Claudia Soares.
A produção começa com um resgate da história do Bicho, com a sua estruturação a partir da criação de um grupo, em meados dos anos 1970, chamado de “Cúpula da Contravenção”, formado pelos chefões da época, que dividiram os territórios e pontos de jogos do estado entre si, evitando conflitos e fortalecendo os negócios. Ainda hoje esse é o modelo vigente, embora a emergência de uma nova geração de contraventores o tenha colocado à prova.
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