“Meninas Malvadas” é um clássico absoluto. O filme, lançado em 2004, acrescentou luz e comédia aos grupos sociais dos tradicionais colégios norte-americano e à prática do bullying, além de moldar o comportamento de toda uma geração. Afinal, quem nunca vestiu rosa às quartas-feiras ou perguntou que dia era, quando o calendário marcava a data de 3 de outubro?
Um dos cernes da cultura pop dos últimos anos inspirou o musical homônimo da Broadway que, por sua vez, acabou inspirando o remake musical que chega aos cinemas neste quarta-feira (10). Nada é por acaso, rs!
Se você passou longe das portas giratória das extintas videolocadoras, optou por não entrar nos streamings ou fechou os olhos durante alguma “Sessão da Tarde”, antes de te mostrar um papo exclusivo com uma das novas protagonistas, vamos relembrar a trama dessas colegiadas.
A trama pensada por Tina Fey conta a história de Cady Heron, uma jovem que se muda da África para o subúrbio dos Estados Unidos e tenta lidar com um grupo de patricinhas valentonas lideradas pela icônica Regina George, que impõe regras e padrões às garotas do colégio, mas nunca deixa o barro acontecer.
Nesta nova versão, Renée Rapp ganhou o papel de Regina, que um dia pertenceu a Rachel McAddams, enquanto Tina Fey (a criadora do universo) e Tim Meadows, reprisam os papéis de Ms. Norbury e Diretor Duvall, respectivamente. Cady Heron, que um dia foi vivida por Lindsay Lohan, agora é interpretado por Angourie Rice, que bateu um papo exclusivo com o Papelpop.
Como foi tomar o lugar que um dia foi de Lindsay? Como foi lidar com a pressão do público? Ela era fã da franquia? E o mais importante: o barro vai acontecer?
A resposta para todas essas perguntas você lê íntegra abaixo!
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Papelpop – No momento em que você conseguiu o papel, como era sua relação com “Mean Girls”? Você era fã? Como você se sentiu?
Angourie Rice – Eu sempre fui muito fã de “Meninas Malvadas”, era um daqueles filmes que eu assistia repetidamente quando criança… eu o conheço tão bem! Fiquei muito animada em me tornar parte disso e, sabe, apenas sentir a responsabilidade de fazer parte de uma história que eu amo e que tanta gente ama, mas estava muito animada em fazer parte porque sabia que seria algo muito mágico.
PP – “Mean Girls” se tornou um clássico da cultura pop em um período muito curto de tempo e já ainda está muito marcado na mente das pessoas. Você sentiu alguma pressão?
AR – Senti um senso de responsabilidade muito grande, eu acho que, sabe, o filme é parte da experiência de crescimento de tantas pessoas, então eu queria fazer justiça com isso, até porque também foi parte da minha experiência de crescimento. Foi importante para mim, também. Acho que o que tive que fazer era me livrar do medo do que as outras pessoas iriam dizer e realmente me comprometer com o projeto, eu apenas quis fazê-lo e me divertir.
PP – Então você estava realizando o sonho da pequena Angourie?!
AR – (risos) Com certeza! Eu com certeza estava!
PP – Você está assumindo o papel icônico de Lindsay Lohan, você conversou com ela sobre isso? Recebeu algumas dicas dela?
AR – Bom, uma das minhas coisas preferidas das filmagens é que Tina Fay estava no set, então eu podia perguntar a ela quais eram as memórias dela sobre as gravações da versão original. Isso foi muito divertido. E também esse é o mundo dela, é a história dela e suas personagens, então ter a possibilidade de conversar com ela sobre a evolução das personagens, o motivo dela ter tomado certas decisões… era uma alegria e um privilégio ter ela por perto. Ela foi gentil o suficiente para dar a mim e aos outros atores o tempo para fazer perguntas e conversar sobre a obra.
PP – Tina Fey, como você disse, é essa gênia da comédia, que criou tudo e também está no filme. Como foi trabalhar com ela e recriar esse universo?
AR – Eu amo o quão colaborativa Tina é, e colaborativa em termos de comédia também, ela escrevia algumas falas e também algumas falas extras para ter a sua opinião sobre qual você gosta mais, então eu realmente amei isso.
PP – Há algo específico que você quis fazer diferente da versão original? Algo que você viu e disse “não, não quero fazer dessa forma”?
AR – Não, eu realmente pensei que a melhor abordagem era me entregar como eu me entregaria a qualquer outro papel, sem pensar em quem ou como fizeram antes. Eu amo tanto a performance de Lindsay Lohan neste filme, eu acho que é uma performance tão boa, mas eu sabia que teria de me libertar. Eu realmente tratei este projeto como qualquer outro, eu li o roteiro, fiz anotações, pensei sobre e não tomei nenhuma decisão pensada sobre coisas que eu gostaria de mudar. Eu acho que isso acontece naturalmente.
PP – Sabemos que um dos temas principais do filme, o bullying, ainda é muito forte nas escolas e em todos os lugares, na verdade. Como foi sua experiência no ensino médio? Você fazia parte de algum grupo social na época?
AR – Fui sortuda em ter uma boa experiência no colégio, eu fiz muitas amizades que tenho até hoje e é muito legal ser amiga de pessoas que te conheciam quando você tinha 12 anos, com todas aquelas partes vergonhosas, e ainda queriam ser seus amigos. Mas, eu fui sortuda porque pude viver a minha vida no colégio, eu trabalhava na maior parte do tempo em filmes, então eu ficava fora por longos períodos de tempo. Isso era sempre difícil, ter que sair e depois voltar, então eu me relaciono muito à Cady nesse sentimento de ser a criança nova. Eu não era a criança nova, mas sempre tinha que voltar. As coisas acontecem tão rápido no colégio que eu sempre tinha que me adaptar novamente.
PP – Só para terminar, você acha que desta vez o barro vai acontecer?
AR – O barro sempre aconteceu! O barro vem acontecendo desde que o filme original foi lançado! (Risos)
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