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Os 20 melhores álbuns nacionais de 2023: IZA, FBC, Ana Frango Elétrico e mais
Por Guilherme Araujo e Jovi Marques
O ano de 2023 rendeu muitos mimos para quem consome música popular brasileira. Com jovens nomes expondo suas emoções e experiências, não foi difícil se identificar e sair por aí, dançando e cantando.
Nesse processo, fomos surpreendidos pela honestidade brutal da deusa IZA, que ocupa a primeira posição do nosso ranking. Também foi muito fácil se deixar seduzir por FBC e Marina Sena, divos mineiros que tem entregado uma sequência de discos tão diversos e que tratam de nos fazer pensar enquanto caímos na pista de dança.
O respeito e a curiosidade pelas palavras, a sua vez, foi o que deu o tom às produções de nomes como Rubel, Letrux, Mateus Fazeno Rock e Urias, que cada vez mais expõem a diversidade dos nossos sons.
Vamos reviver momentos marcantes ao som dessa lista? Dê play e se permita embarcar com a gente!
1. “Afrodhit”, IZA
Se IZA queria reviver depois de uma fase obscura em sua vida pessoal, a chegada este ano de “Afrodhit”, como segundo álbum da carreira, é uma quase como um encontro óbvio entre a figura humana da artista e sua arte, a partir de um grito entalado na garganta.
Inspirado na deusa Afrodite, da beleza, do amor e da fertilidade, o discão, que saiu pela Warner Music Brasil, traz um mistura de afrobeats, trap e R&B contemporâneo com composições pessoais e fortes que falam sobre a saída de um relacionamento tóxico, sobre a chegada de um novo amor e a amizade entre mulheres.
Cantora conta que jogou todo o trabalho que tinha feito fora, e construiu “Afrodhit”, com o produtor Douglas Moda, em questão de meses. Tem poderosas parcerias com Djonga, Russo Passapusso, MC Carol, L7nnon e até arranjos de cordas do maestro Arthur Verocai (muito reverenciado por artistas internacionais).
Depois do sucesso estrondoso do “Dona de Mim”, de 2018 que jogou IZA para o holofote da música e para o panteão das publicidades, e, agora, ouvindo o disco e vendo a carioca reluzir nos palcos em que passa, dá pra entender que o talento, a potência, a voz e a mensagem estavam dentro dela o tempo todo, numa espécie de casulo, esperando o momento e a forma certa para chegar ao mundo. Se libertou num trabalho coeso, firme e vital — que colherá ainda mais frutos. É redundante, mas vale o clichê: a espera valeu a pena. (Jovi Marques)
2. “O amor, o perdão e a tecnologia irão nos levar para outro planeta”, FBC
Seja agora, no período de festas de fim de ano, ou durante o pega-pá-capá da vida comum, em que trabalho, rotina e vida pessoal se misturam num nó difícil de desatinar, Fabrício FBC te convida a parar o que tiver fazendo e mostrar o cartão de embarque para uma viagem terráquea e espacial, ao mesmo tempo, com o classudo disco “O amor, o perdão e a tecnologia irão nos levar para outro planeta”, que chegou este ano.
É um disco com D maiúsculo, em que o artista mineiro navega pela dance music contemporânea sem deixar de lado os discursos de classe, presente nos outros quatro trabalhos, e o flow envolvente, que mexe com a gente e faz dançar.
O projeto, assinado em parceria com Pedro Senna e Ugo Ludovico, estreou depois do sucesso estrondoso que “Baile”, com Vhoor, colocou o Brasil de casal, lado a lado com o miami bass que ajudou a ressurgir as pistas, depois da pandemia, e deixou o artista ainda mais interessante.
Mostrou que FBC segue atento e vanguardista, no que se pretende explorar; traz uma banda completa para uma apresentação ao vivo em que mescla instrumentos de corda, metais e backing vocals com seu lado rapper (ao lado de um CDJ e um microfone). É um dos nomes mais interessantes do Brasil, e fez um dos melhores discos do ano. A gente ama! (JVM)
3. “Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua”, Ana Frango Elétrico
Em seu novo disco, Ana Frango Elétrico mostra porquê é um nome prolífico de sua geração. Com timbre de voz e composições que expressam segurança, em uma linha ascendente de criação que engloba ainda os LPs “Little Electric Chicken Heart” (2019) e “Mormaço Queima” (2018), Ana aprimora uma mistura de texturas e cores que se sente até nos poros, tornando sua obra tão heterogênea e ao mesmo tempo tão bem amarrada. Sua identidade musical, embora flerte bastante com a nostalgia, nunca foi tão centrada nas belezas do agora.
São destaques, por exemplo, as faixas “Insista Em Mim”, em que faz um jogo de palavras sobre amor, tesão e a sensação de transbordar diante de uma paixão avassaladora, além de potencializar o som de instrumentos como o saxofone. (Guilherme Araujo)
4. “Belezas são coisas acesas por dentro”, Filipe Catto
A voz de Filipe Catto continua a mesma, mas ela, que a cada dia se mostra mais potente e mutante, expõe um velho ditado que diz ser o tempo o maior aliado das feiticeiras. Ao interpretar Gal Costa (1945-2022), a cantora, compositora e produtora gaúcha ditou novas diretrizes sobre os já questionáveis discos de tributo.
Ao invés de fazer escolhas seguras e selecionar um repertório composto por hits, o que não é difícil em se tratando da homenageada, Filipe não apenas lançou luz sobre a força rockstar da musa da Tropicália como espelhou a própria trajetória pessoal em um percurso que enumera cânones como “Vaca Profana” e canções menos conhecidas. É o caso de “Sem Medo Nem Esperança”. Aliás, a transição entre essas duas é de dar inveja a muito produtor. (GA)
5. “Tecnoshow”, Gaby Amarantos
Gaby Amarantos voltou feliz da vida de Sevilla, na Espanha, para onde viajou a fim de receber o troféu Grammy Latino. Pudera: “Tecnoshow”, escolhido Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa, mostra compromisso da artista com as próprias origens e um poderoso trabalho em estúdio.
É que construir uma obra autoral como essa leva tempo, dedicação e muita pesquisa, o que fica claro em cada canção. Altamente dançante e cheio de alma, “Tecnoshow” deve ser visto, sim, como um marco para a música paraense e uma porta aberta para as descobertas. Entretanto, é preciso que cruze o sinal e chegue a outras partes do país, revelando a potência de sua criadora que faz versões de clássicos do pop romântico como ninguém, além de exaltar ritmos que só o Brasil poderia dar origem. (GA)
6. “Icarus”, BK
Assim como o anterior, de Gaby, “Icarus”, do rapper carioca BK’, estreou no fim de 2022, mas foi neste ano que o projeto ganhou às ruas em um show espetacular e conquistou um séquito de fãs para o que podemos chamar como o melhor show de rap da indústria brasileira.
O maior feito de Abebe Bikala é traduzir suas vivências neste projeto em uma linguagem fácil e completamente compreensível. Ele discorre sobre as dificuldades da vida, as letrinhas minúsculas das bulas amorosas e os imbróglios de um homem preto em um disco que completa o caminho do trabalho que ele vem trilhando desde o excelente “Castelos & Ruínas”, de 2016.
Icarus encara o Mito de Ícaro em um ambicioso desafio que deu certo, tanto visual quando musicalmente, a partir de parcerias nada óbvias do artista com a cena pop mainstream, ao lado de Marina Sena e Julia Mestre, sem sair do trilho do hip hop, em faixas com Major RD e L7nnon.
Prestes a lotar a Apoteose do Rio, no primeiro semestre de 2024, com o encerramento da turnê deste disco, BK’ leva ao palco dançarinos, projeções mapeadas, cenografia e mais adereços. Chega a “descer” de asas para uma entrada triunfal. Hoje, no Brasil, só ele tem e faz isso. Tem também um disco excelente, talento aos montes e habilidade de traduzir referências para criação de um trabalho original e surpreendente. (JVM)
7. “Xande Canta Caetano”, Xande de Pilares
Eleito o álbum do ano pelo Prêmio Multishow 2023, “Xande Canta Caetano” em que o sambista Xande de Pilares interpreta sucessos do tropicalista é, de fato, uma das obras primorosas deste ciclo.
Com produção e arranjos de Pretinho da Serrinha, que trabalha com Caetano Veloso e Marisa Monte, ficou por dois anos guardado para chegar ao mundo em agosto e iluminar o resto do ano.
É um disco solar, que traz Xande de Pilares, nome expoente do pagode nos anos 2000 com o Grupo Revelação, cantando de forma espetacular as canções de um dos maiores poetas do país. É o encontro das poesias do cantor com a voz do samba, fazendo-se entender, de fato, como ele mesmo escreveu no mais recente “Meu Coco” (2021), que sem samba não dá. (JVM)
8. “Letrux Como Mulher Girafa”, Letrux
O terceiro disco de Letícia Novaes como Letrux dá um giro radical em seu processo criativo. Além de decidir trabalhar com o DJ João Brasil, produtor que já tinha sido encarregado de seu último disco no duo Letuce (“Estilhaça”, de 2015), a nova empreitada explora o eletrônico como base para reflexões que enlaçam as particularidades do ser humano ao instinto animal.
Com a bicharada solta e faminta, girafas, hienas, abelhas, formigas e crocodilos, entre outros seres, se misturam em uma narrativa tão interessante quanto curiosa, que rasteja por entre sensações e dá o bote se necessário for. Com composições mais curtas e diretas que remetem a Rita Lee, a quem o projeto foi dedicado, a ideia é se comunicar justamente como uma fera: sem mistério. Um adendo: o show de “Letrux Como Mulher Girafa” consegue ser ainda mais interessante! (GA)
9. “Vício Inerente”, Marina Sena
Na busca por findar com o desafio do segundo disco, Marina Sena envolveu ousar e explorar novos horizontes no disco “Vício Inerente”, de abril deste ano, que divide opiniões, mas é, de fato, um dos melhores projetos nacionais do ano.
Ainda com Iuri Rio Branco, à época, namorado e produtor musical, a cantora passeia por ritmos musicais variados como drill, trap, funk mineiro, reggaeton e mais, num disco que versa sobre amor, tesão e desejos carnais. Tem uma única boa parceria com o rapper Fleezus, na viral “Que Tal”, que traz o artista expoente do brime, o movimento brasileiro inspirado no grime do Reino Unido, que une rap e música eletrônica.
O show ganhou dançarinas, projeções, figurinos futuristas em uma roupagem cosmopolita capaz de fazer qualquer fã do “De Primeiro”, álbum de estreia solo da mineira, torcer o nariz numa primeira ouvida do projeto. Quando nos palcos, seja em festivais ou shows solos, tudo fez sentido, especialmente nos momentos em que Marina surge sozinha no centro dele. Tudo ali está: talento, identificação com o público e boas composições. (JVM)
10. “Jesus Ñ Voltará”, Mateus Fazeno Rock
Mateus Fazeno Rock fez, este ano, um dos shows mais interessantes no escaldante Primavera Sound São Paulo. É um artista prolífico e interessante de Fortaleza. É a mente criativa do Fazeno Rock, uma rede de produção cultural formada por artistas ligados pelo rock na favela. O som dele, então, traz levadas de rock com um toque do grunge, do punk, do funk, do trap.
O disco deste ano do cantor cearense é uma crise existencial em forma de música, em que ele canta sobre o começo, o meio e o fim da vida. É o grito na janela de casa da comunidade, a voz de um apartamento minúsculo em um tetris de prédios. Tem parcerias com Jup do Bairro, Brisa Flow, Caiô, Agê, mumutante falando de dor, amor e vício. Vale ouvir e conhecer Mateus, se você ainda não o conhece. (JVM)
11. “NEKTAR”, Ava Rocha
Após tornar-se uma revelação incontornável com o aclamado disco “Ava Patrya Yndia Yracema” (2016), Ava Rocha decidiu enveredar pelo campo das experimentações. Complexos e inquietos foram os pensamentos que a artista colocou em evidência no disco seguinte, “Trança”. Agora, em “NEKTAR”, ela faz uma ode ao pai, Glauber Rocha, que adorava escrever com a letra K, a fim de convidar o ouvinte a provar uma narrativa suave e elegantemente pop, como o Brasil merece após anos de obscurantismo.
Mandando beijos enquanto caminha, a cantora evoca sonhos e disfarces que a levam em direção ao amor. A composição também se destaca, porque coloca Ava em um lugar singular, que expõe a versatilidade de seu trabalho ao transitar do samba ao eletrônico, do pop ao clássico. (GA)
12. “Arrepiada”, Julia Mestre
Só um beijinho no canto da boca! Se no grupo Bala Desejo, que anunciou recentemente o encerramento de um ciclo, a diva Julia Mestre já se destacava, com o disco de estreia solo, “Arrepiada”, confirmamos seu magnetismo. Com vocais suaves, ela explora sua charmosa rouquidão em faixas deliciosas de ouvir com uma taça de vinho em mãos.
Julia também mostra que sua devoção por Rita Lee, que depois chegou a ser homenageada em um interessante tributo nos palcos, surtiu efeitos: sem medo de ser ousada, a artista é a dona do próprio discurso ao metaforizar altos e baixos. Fatal e vulnerável, na mesma proporção. (GA)
13. “Admirável Chip Novo (Reativado)”, Pitty
Pitty teve um ano memorável para carreira, ao sair em turnê pelo Brasil e relançar o disruptivo disco “Admirável Chip Novo”, que completou 20 anos neste 2023.
O “reativado”, versão repaginada do projeto, tem Sandy, Pabllo Vittar, Ney Matogrosso, Emicida, Criolo, Planet Hemp, MC Carol e mais. Reúne em seu repertório, construído com as identidades de todas essas estrelas, as faixas já conhecidas com batidas de forró, funk e outros ritmos.
Em mais essa cartada, Pitty mostra sua relevância artística soberana e atemporal, fazendo com que se entenda que o poder de sua obra está na essência do discurso e não na forma. (JVM)
14. “tds bem Global”, dadá Joãozinho
dadá Joãozinho é uma das mais interessantes novidades de 2023. O disco “tds bem Global” traz o artista de Niterói cantando sobre como é a vida longe da casa dos pais, num discurso nada cringe, muito menos preguiçoso.
Se mudou da cidade natal no pós-pandemia, e veio tentar a vida artística em São Paulo. Ao longo das treze faixas, dadá versa sobre o trânsito da capital, a inquietude de muitas tentativas, as relações interpessoais por vezes complicadas, os amores de uma nova chegada.
Tem punk, tem voz e violão, tem levadas de hip hop, tem a ideia de se sentir parte de algo muito grande, quando se busca entender individualmente numa imensidão. O disco tem caráter universal, pois o discurso não é isolado para quem tem experiências somente parecidas com as do artista. É obra-prima da música nacional deste ano. (JVM)
15. “As Palavras, vol. 1 e 2”, Rubel
Nada como fazer o bom e velho dever de casa. Se Rubel já tinha conquistado fama e respeito com seus trabalhos anteriores, “As Palavras” surgiu para coroar de vez sua paixão pelo Brasil. Inspirado pela língua portuguesa e a imensidão de ritmos que nosso país tem a oferecer o artista ousou ao criar um projeto duplo, que se centra primeiro nas estéticas contemporâneas do funk, da rasteirinha e do pagode moderno, formando lado solar.
Na segunda metade, estamos diante de um diálogo com o passado e a tradição a partir de sambas e marchinhas, entre outras coisas, que se inspiram no Clube da Esquina e em Luiz Gonzaga. Ele sabe que venceu ao honrar toda a nossa diversidade! (GA)
16. “Amor Fati”, Mahmundi
“Tem uma faixa que fala de cidade. Tem umas que falam de amor. Tem a volta das guitarras, tem algumas synth. Tem muitas coisas que lembram a Mahmundi de 2012. Eu adorei fazer um disco com violão e bateria, mas eu gosto mesmo de uma bateria eletrônica, de um synth. Sou viciada [risos]“, falou Mahmundi, meses antes da estreia do disco “Amor Fati” ao Papelpop.
A obra, que saiu em maio deste ano, faz mais um aceno da cantora ao bom pop rock que ela já fez nos outros três discos de estúdio. É milimetricamente calculado, todo meticuloso, dentro de uma narrativa em que fala sobre amor, existencialismo e paixões. Disco fino, sensível, chique, pra você ouvir sozinho e se debulhar em lágrimas na imensidão artística de Marcela. (JVM)
17. “Truque”, Clarice Falcão
Uma mistura de MPB, PC music, pop e dance. Esta é a fórmula de “Truque”, quarto disco de Clarice Falcão que não poderia ficar de fora deste ranking. O material, produzido por Lucas Paiva e a própria artista, traz singles como “Chorar na Boate” e “Ar da Sua Graça”, em que somos apresentados outra vez ao jeitinho único de compor da estrela.
Ela puxa o tapete do espectador quebrando expectativas, mas de um jeito interessante em que virar a cada esquina pode significar uma surpresa. (GA)
18. “Lusco Fusco”, Assucena
Após o fim do grupo As Baías, uma das maiores revelações recentes da MPB, já se especulava o que Assucena faria. Sua voz inconfundível e as composições intensas, que refletem, como o disco de Catto, a influência de Gal Costa em sua formação, fizeram com que a artista desse vida a “Lusco Fusco”, um projeto ambicioso e que abre alas para o futuro.
Sensível, é preciso dizer que o projeto talvez não contemple toda sua potência vocal, em detrimento dos instrumentos, muitíssimo bem trabalhados. No entanto, entrega momentos memoráveis como a balada “Quase Da Cor Dos Seus Olhos”. Ouvir este projeto é embarcar em uma viagem musical. (GM)
19. “Escândalo Íntimo”, Luísa Sonza
Os recordes foram muitos e o nome dela não saiu da boca do povo. Menos ainda das páginas de fofoca. Luísa Sonza soube construir como ninguém uma grande era pop entregando vocais e conceito, algo que, aliás, ainda está em andamento. O LP “Escândalo Íntimo” consolidou de vez o nome da artista gaúcha no imaginário popular desta geração, mas ao mesmo tempo colocou em xeque questões como os limites entre o público e o privado, além da necessidade de exposição constante do artista.
Ao mostrar um interesse super bem-vindo por parte da artista em relação à MPB e seu impecável trabalho vocal, o que abriu margem para um sem fim de referências, esse detalhe também soa como um pecado. Aquilo que poderia ser um trunfo, acaba soando um tanto confuso. Um sinal de que Luísa, apesar de excelente no que faz, talvez precise reorganizar melhor as ideias antes de expô-la. (GA)
20. “Her Mind”, Urias
Urias usou o ano de 2023 para lançar um álbum de estúdio que fez jus ao título de It Girl do ano. “Her Mind”, o sucessor do “Fúria” (2022), lançado em duas partes, traz um conceito estético e visual bastante amarrado que condizem, muito, com a figura da cantora.
A obra segue em vanguarda, trazendo ritmos latino-americanos e experimentações de música eletrônica dentro de uma fritação em quatro línguas (inglês, português, francês e espanhol), numa busca por levar a obra da cantora mineira à outros países.
As conversas da cantora com ela mesma se transformaram em músicas que embalam pistas lotadas de fãs malucos por Uri, seja em casas noturnas ou festivais. (JVM)
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