O ano de 2023 foi bastante generoso com Karol G. A musa colombiana, que vem trilhando uma carreira ascendente, conquistou prêmios, o respeito de seus pares e as capas de revista (que, aliás, tiveram muito que aprender com ela).
Nascida em Medellín, cidade situada na região central da Cordilheira dos Andes e que também originou nomes como Maluma e J Balvin, a estrela tem mostrado que seu jeito de fazer reggaeton está profundamente entrelaçado a um discurso feminista — o que parece ser um tanto contrastante com o gênero, até pouco tempo atrás dominado na cena mainstream por homens.
Nas palavras de Karol, o futuro pode e deve ser bonito, com muito poder feminino. Nesse sentido é que sua música tem ganhado as pistas e feito com que multidões lotem estádios mundo afora.
Karol G é, sem sombra de dúvidas, alguém para ficarmos de olho. É por essa razão que decidimos percorrer seu ano em uma breve retrospectiva e provar que o futuro reserva acontecimentos ainda maiores para a bichota.
O disco mais recente da artista, “MAÑANA SERÁ BONITO” chegou às plataformas de streaming no fim de fevereiro deste ano, fazendo barulho. O projeto fez com que a diva se tornasse a primeira mulher latina da história a emplacar um disco no topo da parada Billboard 200, que reúne semanalmente os álbuns mais tocados nos Estados Unidos.
Mesmo com sua estreia atrasada a pedido da amiga Shakira, com quem planejou durante meses o lançamento da explosiva “TQG”, a obra se consolidou rapidamente como um êxito ao abordar experiências que poderiam ter sido tema de sessões de terapia. Honesta e leve, a artista escreveu mais um capítulo da própria história tendo como parâmetro a verdade.
Te quiero mucho, pero te quedé grande! Mandando seu recado, Karol G e Shakira fizeram uma das maiores estreias do ano com a parceria “TQG”. Já fazia algum tempo desde que a estrela buscava trabalhar com a veterana, mas… sabe como é, faltava a canção certa. Divorciada e com muito a dizer, Shakira encontrou na colega um ombro amigo para dividir suas reflexões sobre a traição do ex-marido, mas mais do que isso: reforçar um inspirador discurso de resiliência em meio ao caos.
No fundinho, podíamos ouvir um grito de “Vamos, galera, mulheres!”. Mas a mensagem foi além e muito clara: nada de se colocar pra baixo e dar moral pra aquele ex que, apesar de já ter seguido o baile, não quer largar o osso. O videoclipe, que traz uma série de referências à cultura pop como o filme “O Show de Truman”, é uma obra prima dos nossos tempos.
E por falar em priorizar o feminino, Karol G tem feito um trabalho excelente quando o assunto é olhar pela realidade de suas conterrâneas. A fundação Con Cora, que administra desde março de 2022, busca dar suporte a mulheres colombianas em situação de vulnerabilidade. Foi em uma ação atrelada à instituição, por exemplo, que a diva decidiu cantar em um centro de detenção no interior do país a fim de fomentar a reinserção de jovens garotas em situação de encarceramento.
“Me pergunto constantemente se meus esforços e sacrifícios são suficientes. Costumo ser injusta e egoísta comigo mesma e muitas vezes me pressiono enxergando mais do que me falta para conquistar o que desejo. É bom fazer uma pausa para agradecer por aquilo que se consegue”, disse a artista, que também adora frases motivacionais, na ata de princípios básicos da Con Cora. O intuito é também influenciar.
No início do ano, o mundo parou para assistir Rihanna no SuperBowl. Nos bastidores, Karol G, gente como a gente, quis tietar a diva dando um pulinho no camarim. O resultado é um registro divertido em que ela ainda ensina a mamãe popstar a falar uma gíria tradicional da Colômbia: “Fue una chimba”. Isto é, “foi muito legal”. Se algum dia Riri decidir voltar a fazer música, bem que podia considerar uma colaboração em espanhol, né?
Colhendo os frutos saborosos do sucesso com “MAÑANA SERÁ BONITO”, Karol G ainda tinha cartas na manga. Foi assim que ela liberou uma reedição chamada “BICHOTA SEASON”, que funciona mais como um EP complementar. As faixas, que tem estética lado B, contam com parcerias ilustres. Além do mexicano Peso Pluma, com quem divide os vocais na sensual “QLONA”, ela também se joga a um reggae cantado com Kali Uchis.
Entregue ao flow, saem ainda canções despretensiosas como “BICHOTAG”, um hip hop com batidão que se guia pelo discurso autoafirmativo. Rumo a Paris e cheia de esperteza, porque as caladas são as que vencem!
Lá atrás, a gente comentou sobre a entrada da artista no ranking Billboard 200, que é, provavelmente, o mais importante do mundo em se tratando de números no mundo da música. No entanto, com o ano avançando, as cifras só aumentaram e a catapultaram, por exemplo, a outras paradas relevantes. É o caso da Billboard Hot Latin Songs, onde foi a mulher com a maior quantidade de aparições por lá desde 1986. Foram 60, que ultrapassaram a icônica Ednita Nazario.
A Latin Airplay recebeu, também, na estreia e direto na #1 posição o hit “Mi Ex Tenía Razón”, uma cumbia colombiana feita sob medida para o karaokê. O melhor jeito de comemorar tanta atenção foi cantando um medley, claro, na cerimônia do Billboard Music Awards.
Em abril, Karol G foi capa da revista GQ Mexico, mas… o resultado não agradou. Isto porque os editores fizeram tantas modificações no ensaio fotográfico que seu rosto acabou ficando irreconhecível.
“Não sei nem por onde começar essa mensagem. Hoje foi publicada a capa da revista GQ, capa esta que traz uma foto que NÃO me representa. Meu rosto não é assim, meu corpo não é assim, e me sinto muito feliz e confortável como sou. Agradeço a oportunidade dada pela revista porque fiquei feliz pra caramba quando confirmaram que eu estaria lá, mas apesar de deixar claro o meu inconformismo com o número de edições que tinha sido feito no ensaio, vocês não me ouviram”, escreveu.
“Como se eu precisasse de todas essas alterações. Entendo toda a repercussão que isso pode acarretar, mas além de sentir que é desrespeitoso comigo, é com as mulheres que todos os dias acordam procurando se sentir confortáveis consigo mesas apesar dos estereótipos impostos pela sociedade”, terminou. Cá entre nós, foi uma lição e tanto para a indústria do entretenimento que cobra muito mais das mulheres em todos os aspectos.
Merecidíssimo! É verdade que o Grammy Latino vinha se abrindo pouco a pouco para a música urbana, mas nunca antes um trabalho do gênero tinha vencido a principal categoria da cerimônia, a de Álbum do Ano. Emotiva, Karol G subiu ao palco e discursou sobre a importância de se abrir os olhos e ouvidos para as novas tendências.
“Nem consigo acreditar que neste ano venceu um álbum de música urbana feito por uma mulher”, disse. “Este álbum, ‘Mañana Será Bonito’ é muito especial para mim. Falamos sobre muitas histórias e muitas coisas para fazer esse projeto. Me parece incrível que tenha tocado tantas pessoas. Muito além do amor que recebi do público, isso significa muito. Muito obrigada!”.
Disparada, Karol G emplacou uma turnê em estádios pelos Estados Unidos e passou a integrar uma lista seleta de artistas hispânicos a conseguir realizar um feito do gênero — entre os quais, vale destacar Los Bukis, grupo Firme e Bad Bunny.
Na Colômbia, mais precisamente em Medellín, rolou um evento no imenso estádio Atanasio Girardot com transmissão ao vivo em praças públicas de cidades do departamento de Antioquia. A ideia era justamente levar cultura para regiões pobres, compostas por fãs que não tinham condições de viajar à capital para vê-la. Consciência é tudo!
Por aqui, a cantora aterrissa no dia 10 de maio do ano que vem, para show único em São Paulo, e os ingressos já estão à venda!
Após ter sido revelada a realização do evento no Espaço das Américas, que comporta em geral apresentações de médio porte, a organização decidiu ouvir a voz do povo, inconformado com as demais datas em locais imensos. Foi aí que aconteceu uma transferência e agora a festa rola no Centro Esportivo Tietê, também na capital paulista.
Pudera, porque quando a musa decidiu cantar funk no remix de “TÁ OK”, com Kevin O Chris, Dennis DJ e Maluma, o público teve a certeza de que ela sempre foi feita pra cantar os sons da rua.
É a verdadeira deusa urbana e acabou! Ela mandou a gente tirar a camisa e a gente obedeceu. Vem ouvir!
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