cinema

Premiado no Festival do Rio, longa-metragem “Pedágio” denuncia “cura gay” em obra estrelada por Maeve Jinkings

Produção mais premiada na última edição do Festival do Rio, onde conquistou os prêmios de melhor atriz (Maeve Jinkings, que está na série nacional “DNA do Crime”, da Netflix), ator (Kauan Alvarenga), atriz coadjuvante (Aline Maria Marta) e direção de arte (Vicente Saldanha), o longa-metragem Pedágio, o segundo da carreira de Carolina Markowicz (após o aclamado “Carvão”, estreia no Brasil nesta quinta-feira (30).

Além de uma marcante passagem pela Mostra de Cinema de São Paulo, o filme vem também consolidando uma ótima carreira internacional, com exibições nos festivais de San Sebastián, Vancouver, Bordeaux e Toronto – no qual a diretora se tornou o primeiro nome latino-americano da história a receber o prestigiado Tribute Award, na categoria Emerging Talent, ao lado de nomes como Spike Lee, Pedro Almodóvar e Patricia Arquette.

Produzido pela Biônica Filmes e O Som e a Fúria, coproduzido pela Globo Filmes e Paramount Pictures e distribuído pela Paris Filmes, o novo projeto conta a história de uma atendente de pedágio que, inconformada com a orientação sexual do filho, comete delitos na tentativa de financiar uma “cura gay”.

Único longa brasileiro de ficção na programação do festival, a obra retrata a opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+, diante das incoerências e atrocidades promovidas – de forma mais explícita nos últimos anos – por alguns setores da sociedade.

“Suellen, cobradora de pedágio, percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro” — Sinopse de “Pedágio”

O longa, que a diretora descreve como “um drama permeado por humor ácido”, participou de relevantes laboratórios de apoio ao desenvolvimento audiovisual.

“Em pleno 2023 com todos adventos, tecnologias e avanços, chega a ser chocante a preocupação com quem o outro se relaciona sexualmente. O fosso conservador que vivemos nos últimos tempos serviu para deixar bem à vontade cada indivíduo que se achasse no direito de proferir críticas e até agressões à população LGBTQIA+”, analisa Carolina, que também assina o roteiro da produção. “Além da violência, há práticas absurdas e patéticas, como as retratadas pelo filme, que parecem ser ficção, mas estão muito próximas à realidade surreal do brasileiro LGBT, gerando sequelas físicas e emocionais irreparáveis”, disse a diretora, em nota enviada à imprensa.

Assista ao tocante trailer e corra para os cinemas selecionados:

Share
Leave a Comment

Postagens recentes

  • cinema

“Ainda Estou Aqui”, “Wicked”, “A Substância” e mais filmes que não saíram da boca do povo em 2024

Rápido. Sem trapacear abrindo seu perfil no Letterboxd. Por qualidade, bilheteria, prêmio, meme ou qualquer…

17 horas atrás
  • música

Post Malone faz show no VillaMix, festival marcado por atrasos e cancelamentos

Ele pisa no Brasil e já sabemos que vai chover 🇧🇷🌧️ O divo Post Malone…

18 horas atrás
  • música

Chris Brown “voa” em pleno Allianz Parque, durante primeiro de dois shows ‘sold out’ em SP

TÁ VOANDO, BICHO! Sem pisar no Brasil desde 2010, Chris Brown aterrizou sua nave de…

19 horas atrás
  • música

Atração do Festival Psica, Brisa Flow terá doc inédito e turnê pela América Latina

Brisa de La Cordillera, mais conhecida como Brisa Flow, é uma cantora mapurbe marrona, MC,…

20 horas atrás
  • cinema

“Hurry Up Tomorrow”: filme de The Weeknd ganha data de estreia no Apple TV+

Aos pouquinhos, o cantor The Weeknd vai liberando o calendário da nova era. O filme…

1 dia atrás
  • música

Os dez momentos em que Madonna, put4 e satanista, causou em Copacabana

O show que a cantora Madonna realizou no Rio de Janeiro, em 4 de maio…

1 dia atrás