A modelo e apresentadora Ana Hickmann falou pela primeira vez, sem receios, sobre as agressões que sofreu do marido, o empresário Alexandre Correa. Em uma entrevista franca feita com Carolina Ferraz, responsável pelo “Domingo Espetacular”, ela relembrou o que de fato aconteceu no sábado, dia 11 de novembro, e disse que abriu na última semana um processo de divórcio pela lei Maria da Penha (11.340/2006).
“Muita gente achou que eu tava quieta porque eu ia voltar atrás. Já dei entrada pela Maria da Penha. A lei está aqui pra nos proteger, foi criada por uma mulher que foi vítima disso. Dou notícia sobre isso todos os dias. A lei me protegeu, sim”, disse.
“O divórcio pela separação de corpos e o divórcio litigioso é muito mais rápido. Fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. Por que, se não, a gente tem que provar que aquele relacionamento ainda pode ser tentado. É mais rápido, é direto”, explicou.
Abaixo, você confere os principais trechos da conversa divididos em tópicos.
“Um pouco depois da hora do almoço, eu tava tendo uma conversa com o meu filho na cozinha, uma conversa sobre mudanças que aconteceriam na nossa vida, em relação à nossa casa, em relação a coisas que ele tá acostumado. Sempre conversamos sobre tudo. Por conta dessa conversa, e de outras coisas que aconteceram antes, a briga começou. Comecei a ser achincalhada pelo Alexandre”, disse. “Começou uma briga verbal e depois terminou do jeito que o Brasil descobriu”.
O filho do casal de 9 anos, segundo Ana, presenciou o início das agressões. O pai, nas palavras dela, também tentava colocar a criança contra a mãe. “Ele [Alexandre] começou a reclamar de que eu não tinha o direito de falar com meu filho [sobre os problemas financeiros enfrentados], que a gente não ia perder nada, que eu era louca, que tava traumatizando o menino”.
Segundo a apresentadora, o ex-marido a agarrava com frequência durante as discussões e não gostou do fato de que ela admitisse os problemas, o que tornou a briga mais acalorada. Ana relata que o empresário começou a perder o controle e ela, assustada, passou a gritar, pedindo socorro.
“[Eu dizia] ‘Socorro, chama a polícia!’ Nessa, eu comecei a me desvencilhar dele e eu fiquei com muito medo. Minha cozinha tinha uma porta de correr e quando eu fui fechar, começamos a brigar. Quando ele viu que eu não ia largar a porta, ele pega e bate com toda força na mão que eu segurava o celular, fechou a porta na parte do meu cotovelo”, explica.
“Tava com a adrenalina tão forte que na hora não senti dor, mas meus cachorros estavam atrás de mim. Já tinham visto muitas vezes o Alexandre gritar e ficavam alterado. Eu gritei ‘Pega’ e meu cachorro voou pra cima dele e consegui fechar as portas e janelas”.
“Nisso, eu sentei na mesa e eu não mexia mais meu braço, não conseguia mais ter movimento. Ele ia em direção à cozinha, ele ia pular a janela e ele só parou quando eu liguei 190, foram três toques e a policial atendeu do outro lado”, prosseguiu. “Ainda bem que existe 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado por aquela janela e eu não sei o que teria acontecido”, conta.
Questionada sobre considerar a própria relação tóxica, ela foi categórica: “Há bastante tempo. Tentei me desvencilhar algumas vezes. As pessoas ao meu redor tentavam me convencer que eu estava errada. O Alexandre sempre teve um temperamento muito difícil. Explosivo”, disse.
“Nunca tinha sido ‘físico’ comigo. Mas explosivo, de falar. Preconceituoso pra caramba. Acabei me acostumando a ouvir muitas coisas e as pessoas ao nosso lado também. Quem tava ao meu redor dizia que eu tava louca, que eu não podia fazer isso. ‘Você tá louca, ele te ama, ele tá fazendo tudo para proteger vocês. Ele é o cara’. Era isso que o tempo todo eu tinha ao meu redor”.
Recentemente, diversos veículos publicaram informações de que ela e o marido estariam afundados em dívidas. “Ele dizia que tava tudo bem. Não faço a menor ideia [de quanto seria] porque ainda não cheguei ao fundo e o motivo de eu não saber é porque a gente sempre dividiu isso muito bem. Dentro da nossa empresa, ele administrativo e financeiro. Eu, imagem, celebridade, design e marketing”, disse.
“Nunca tive problema com isso, a gente saiu do zero e eu morria de orgulho de falar isso. Mesmo quando alguém dizia ‘Por que você atura tanta truculência?’. Eu me acostumei a dizer ‘É o jeito dele’. Diziam ‘Pelo amor de Deus, olha o seu filho, olha a sua carreira. Não briga com ele'”.
Quando uma primeira nota sobre o endividamento saiu, ela relata que o ex tentou esconder de todo jeito e se negou a esclarecer o que vinha ocorrendo. “Quando resolvi abri as gavetas, tive a nítida certeza de que o problema não era apenas com dívidas de banco. Tinha muitos outros problemas de outra natureza que, sim, me faz ter bastante medo”.
A apresentadora diz ter provas de que, provavelmente, foi submetida a uma fraude. “Não posso entrar em detalhes, porque a investigação corre sob sigilo. O que eu posso dizer é que na quinta que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheque, muita coisa. Tinham assinaturas que tenho certeza que não são minhas. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. É a única coisa que posso falar por enquanto”.
A apresentadora disse ainda, durante a conversa, que não encontrava afeto na convivência com o marido. As pressões estéticas eram, inclusive, constantes. “Ninguém vai te querer velha. O tempo tá passando. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha. Uma Ana Hickmann gorda”, afirmou. “Ele controlava minha agenda e determinava dia de academia, de médico. Estava me azucrinando e perseguindo na parte de cirurgia plástica depois que tive meu filho”.
Um dos momentos mais fortes da conversa aconteceu, justamente, quando Ana Hickmann relatou ter sido vítima de agressões, no passado, do próprio pai ao defender a mãe. “O meu pai, todo mundo sempre me questionou porque ele nunca apareceu do meu lado. Ele era um agressor e bateu muito na minha mãe. Carreguei ela algumas vezes pro hospital. Essa marca que tenho na minha mão foi o meu pai que me deu. Jurei que nenhum homem fosse me tocar pra fazer isso, só que eu permiti ser ferida e abusada de outra forma”, explica.
Ao relembrar a trajetória da mãe, Hickmann se emocionou. “Era muito difícil como criança ver todo mundo dizendo o quanto ele era cruel e ruim. Aquilo que ele fez com ela, prometi que nunca tocaria nesse assunto porque eu sei que a machuca demais. (…) Minha mãe sempre me apoiou muito. Ela é um grande exemplo de coragem, depois de tanta coisa ela passou, tem mestrado, doutorado. Até então, o Alexandre era o genro perfeito. Naquele sábado ela teve comigo em casa e disse ‘Mãe, não posso repetir o que a senhora fez'”.
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