Martin Scorsese está completando 81 anos em novembro e já completa mais que a metade de sua vida fazendo clássicos do cinema. Atingindo o renome nos anos 70, já são mais de 50 anos em cartaz. Então, assim, não tem como, já é esperado que você vai assistir a uma obra-prima quando você sentar na poltrona de um cinema. E a gente está prestes a viver isso de novo, já que o diretor estreia “Assassinos da Lua das Flores” no dia 19 deste mês.
Scorsese marcou uma época do cinema com o surgimento dos blockbusters e redefiniu um gênero sendo o melhor diretor atualmente a retratar a vida polêmica das máfias e gangues criminosas. Mas, muito além disso, ele também já ousou contar a história de Jesus Cristo e dramas históricos como nunca antes visto.
Em “Assassinos da Lua das Flores”, ele repete o talento de reviver momentos da história ao contar sobre os misteriosos assassinatos contra indígenas nos anos de 1920 por americanos sedentos por petróleo. O filme foi aclamado pela crítica onde foi exibido e muitos, inclusive, já colocam este lançamento na lista dos melhores filmes do diretor. Pensando nisso, decidimos relembrar nossos filmes favoritos.
Quatro anos atrás, em 2019, a indústria do cinema discutia o quanto os streamings poderiam impactar as bilheterias e as premiações de Hollywood. Então, Martin Scorsese chegou com seu trio de colegas ultra-renomados Robert DeNiro, Al Pacino e Joe Pesci, e entregou “O Irlandês” que teve uma curta temporada em cartaz, foi para a Netflix e recebeu nove indicações ao Oscar. Aqui, o diretor já estava com 77 anos e entregou um drama em que acompanhamos um caminhoneiro revivendo todos os anos de crimes hediondos que cometeu ao lado da família Bufalino. O filme marcou por ter reafirmado Scorsese com o que ele sabe fazer de melhor e pela capacidade de colocar um elenco já renomado em atuações que são consideradas algumas das melhores da carreira tanto de Joe Pesci como de Al Pacino.
Com Robert DeNiro, Jessica Lange, Nick Nolte e Juliette Lewis, “Cabo do Medo” é de 1991 e um suspense psicológico para te deixar tenso! DeNiro interpreta um cara condenado e preso por estuprar uma garota e, depois de 14 anos, sai da prisão e começa a perseguir a família. A imagem de DeNiro como vilão vai ficar marcada na sua mente nesse filme torturante em que acompanhamos pouco a pouco o ator arquitetar uma perseguição minuciosa que vai, pouco a pouco, abalando o psicológico de todos os envolvidos. DeNiro recebeu indicação ao Oscar de Melhor Ator e, Juliette Lewis, de Atriz Coadjuvante pelos papéis.
Scorsese, de tempos em tempos, gosta de transmitir as próprias questões religiosas através do cinema (ele é católico) e este filme de 1988 é a interpretação oficial dele da história de Jesus Cristo. Mas claro, dando o toque de obra prima e beleza nos detalhes que só ele sabe fazer. E, assim, é a adaptação da Bíblia mais cool que você irá assistir, já que temos Willem Dafoe como Jesus Cristo e David Bowie (!!) como Pôncio Pilatos. A cena de Dafoe resistindo às tentações do Diabo é intensa.
Trazendo um pouco do catálogo recente do diretor, dez anos atrás Scorsese mostra que ainda depois de décadas poderia fazer um dos melhores filmes do cinema nos últimos anos. Em “O Lobo de Wall Street”, indicado a cinco Oscars, acompanhamos da melhor forma todo o caos da especulação da bolsa de valores e toda a corrupção por trás disso através do magnata Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio). É a perfeita mistura de ótima direção, roteiro perspicaz e grandes atuações, incluindo a de Jonah Hill e de Margot Robbie (que na época, era uma recém-chegada de Hollywood)
Este é o primeiro exemplo da lista de como Scorsese consegue transformar uma história de máfia em algo cool, luxuoso e chique. De 1995, acompanhamos Robert De Niro vivendo um apostador que é chamado pela máfia para gerenciar e entender o que rola no cassino Tangiers. No meio disso, ele se apaixona pela prostituta Ginger, vivida com Sharon Stone (uma das melhores partes do filme e indicada ao Oscar de Melhor Atriz). Conforme ele começa a fazer sucesso no cassino e ganhar pilhas de dinheiro, as coisas começam a ficar complicadas.
Se “Coringa” do Joaquin Phoenix existe hoje, é por causa de “O Rei da Comédia” de 1983, tá? Robert De Niro interpreta um comediante que quer atingir o estrelato mas é péssimo. Num ato desesperado pela fama, ele resolve sequestrar o grande ídolo dele, vivido por Jerry Lewis pedindo apenas uma coisa em troca: se apresentar no programa de TV dele. Mas assim, até ele de fato conseguir se apresentar, o FBI se envolve e todo um caos é gerado por conta do sequestro de um ícone da TV.
Mesmo com uma lista de filmes memoráveis de décadas antes, foi em 2007 que Scorsese levou o Oscar de Melhor Diretor e Melhor Filme com “Os Infiltrados”. Com Leonardo Dicaprio, Matt Damon e Jack Nicholson, não tem como, é um dos melhores filmes de máfia já feitos. Aqui, acompanhamos o drama de policiais que precisaram se infiltrar na máfia irlandesa em Boston o diretor não poupa em nos chocar com a crueldade gráfica que é tão falada de qualquer máfia, diálogos cortantes e ótimas sequências de ação.
O filme de 1980 rendeu a Robert De Niro um Oscar de Melhor Ator e retrata a vida do lutador de boxe Jake La Motta, um talento atormentado pelo temperamento quente e pelas atitudes altamente questionáveis. Gravado inteiro em preto e branco, se tornou um clássico cult e é o perfeito exemplo de como Scorsese gosta de valorizar as expressões humanas em situações de limite. Como transformar uma luta de boxe numa obra-prima para apreciar no cinema? Scorsese sabe! No total, esse filme recebeu oito indicações à estatueta.
Se existisse um museu com as cenas mais emblemáticas da história do cinema, você com certeza veria um Robert De Niro mais novo conversando com ele mesmo no espelho com uma arma na mão e perguntando “Você está falando comigo?”. De 1976 e com uma Jodie Foster de 14 anos, “Taxi Driver” foi o filme que fez Martin Scorsese atingir o estrelato e se tornar o “queridinho da Academia” (parafraseando nossa amiga Isabela Boscov). O ator interpreta um veterano da guerra do Vietnã que assume um emprego de taxista à noite mesmo tendo sérios problemas psicológicos causados pela guerra. O filme fez história pelo tema extremamente relevante e pela forma como Scorsese explorou os efeitos de um grande trauma na cabeça de alguém aparentemente comum.
Hollywood ama um bom filme de gangue e máfia e, se vários existem atualmente, foi por causa de “Os Bons Companheiros” de 1990. É disparado o mais aclamado de Martin Scorsese e elevou o nível de como o gênero poderia ser retratado nos cinemas depois de “O Poderoso Chefão”. Somos apresentados a um elenco de estrelas (Robert DeNiro, Ray Liotta, Joe Pesci e mais) e acompanhamos um jovem que cresce dentro da máfia e se submete às mais insalubres situações para se manter na vida de luxo e renome que tanto gosta. Além da história tensa e de cenas de violência inusitadas, este é um dos melhores exemplos de como Scorsese preza por uma fotografia impecável.
Esperamos que tenham gostado porque olha… Foi difícil escolher só dez e ainda elencar as posições com tanto filme incrível. “Assassinos da Lua das Flores” estreia no dia 19 de outubro e estamos DOIDOS para ver!
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