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Britney Spears fala sobre 1º beijo com Justin Timberlake e detalha sentimentos durante curatela

Britney Spears está pronta para contar mais um trecho de sua história. Em uma entrevista, publicada pela revista People nesta terça-feira (17), a cantora revelou trechos do seu primeiro livro de memórias, “The Woman in Me“, que chega às livrarias em 24 de outubro.

Nos trechos, a cantora descreve como foi viver sob a curatela de seu pai e como isso impactou a sua vida. Além disso, o material, obtido exclusivamente pela revista, mostra os sentimentos pela artista durante sua adolescência, as consequências da fama e como a liberdade pode ser “desafiadora”.

“Finalmente chegou a hora de levantar minha voz e falar abertamente, e meus fãs merecem ouvir isso diretamente de mim. Chega de conspiração, chega de mentiras – apenas eu sou dona do meu passado, presente e futuro”, diz ela na abertura da matéria.

(Foto: Divulgação)

Assédio moral feito pelo próprio pai

Durante 13 anos, a vida e a carreira da estrela pop foram controladas pelo pai, Jamie Spears, acusado de abusos e de explorar a própria filha. No trecho, Britney Spears relatou que o patriarca costumava fazer comentários sobre sua aparência, e criar situações para deixá-la constrangida, com foco em deixá-la com baixa auto-estima.

“Se eu achava que ser criticada sobre meu corpo na imprensa era ruim, doeu ainda mais por parte do meu próprio pai. Ele repetidamente me disse que eu estava gorda e que teria que fazer algo a respeito. Sentir que você nunca é bom o suficiente é um estado de ser devastador para uma criança; ele internalizou essa mensagem em mim quando era menina e, mesmo depois de ter conquistado tantas coisas, ele continuou a fazer isso comigo”, relembrou.

Tutela abusiva e a fama

Em 2006 e 2007, Britney Spears roubou as manchetes principais dos noticiários ao redor do mundo. A estrela enfrentava uma batalha cruel contra o dançarino Kevin Federline. Após brigas pela guarda dos filhos e o ex-marido focado em tirar o seu dinheiro, a artista passou a curtir as noites em Los Angeles.

Solteira e “aproveitando a vida”, incômodos e assédios gerados por paparazzi, que pouco respeitavam a sua privacidade, registraram a artista raspando a cabeça em um salão de beleza. Na época, a situação se transformou em um circo midiático, registrado por inúmeros paparazzi que a perseguiam dia e noite.

“Eu fui muito observada enquanto crescia. Fui olhada de cima a baixo, as pessoas diziam o que achavam do meu corpo, desde que eu era adolescente. Raspar a cabeça e agir foram minhas maneiras de reagir.”, disse. “Parecia que eu estava vivendo à beira do abismo”, completou.

Em um momento de fúria, pegou um guarda-chuva e atacou um grupo de paparazzi. Após tentativas de recuperar sua carreira durante a divulgação do álbum “Blackout” um dos seus melhores trabalhos —, veio mais um momento de desespero: a internação e o início da curatela.

“Conquistei muito durante o período em que supostamente não era capaz de cuidar de mim mesma”, diz a artista sobre a época. “Às vezes, achei engraçado como ganhei prêmios pelo álbum que fiz enquanto supostamente estava tão incapacitada que precisava ser controlada pela minha família”, disparou.

“Eu me tornei um robô. Mas não apenas um robô, mas uma espécie de criança-robô. Eu havia sido infantilizada a ponto de perder partes do que me fazia sentir como eu mesma. A curatela roubou a minha feminilidade, me transformou em uma criança. Eu me tornei mais uma entidade do que uma pessoa no palco. Sempre senti a música em meus ossos e em meu sangue; eles roubaram isso de mim”.

Sob a curatela, ela continuou ainda e escrevendo sobre como se sentia uma sombra dentro dela mesma. “Isso é o que é difícil de explicar, como eu poderia rapidamente oscilar entre ser uma garotinha, uma adolescente e uma mulher, devido à maneira como eles haviam me privado da minha liberdade. Não havia como agir como um adulto, já que eles não me tratavam como um adulto, então eu regrediria e agiria como uma garotinha; mas então meu eu adulto voltaria – apenas meu mundo não permitia que eu fosse um adulto”, diz.

“A mulher em mim foi reprimida por muito tempo. Eles queriam que eu fosse selvagem no palco, da maneira como me diziam para ser, e um robô o resto do tempo. Eu sentia que estava sendo privada desses segredos bons da vida – aqueles supostos pecados fundamentais de indulgência e aventura que nos tornam humanos. Eles queriam tirar essa singularidade e manter tudo o mais rotineiro possível. Isso era uma morte para minha criatividade como artista”, notou.

Se eles me deixassem viver minha vida, eu sei que teria seguido meu coração e saído dessa da maneira certa e resolvido isso”, completa.

Filhos

Feliz e relembrando os melhores momentos de sua vida, Britney Spears citou os seus primeiros dias de atuação: “viagens com meus dançarinos [e] agindo de maneira boba com minhas amigas”, disse.

No entanto, ela está mais orgulhosa de ser mãe de Sean Preston (18) e Jayden James (17). “Começar uma família foi meu sonho que se tornou realidade”, contou ela à People, revelando também que retomou contato com os meninos, que moram atualmente no Havaí. “Ser mãe foi o meu sonho que se tornou realidade.”, completou.

(Foto: Instagram)

Justin Timberlake

Durante o trecho publicado pela revista, Britney Spears revelou um trecho que menciona Justin Timberlake, seu ex-namorado. Na publicação, a artista contou que o seu primeiro beijo com o ator foi quando ela tinha apenas 11 anos e aconteceu durante uma brincadeira.

Christina Aguilera e eu éramos as crianças mais novas e dividíamos um camarim. Nós admirávamos as crianças mais velhas – Keri Russell, Ryan Gosling e Tony Lucca, que eu achava tão bonitos. E rapidamente me conectei com um garoto chamado Justin Timberlake”, disse.

Uma vez em uma festa do pijama, brincamos de ‘Verdade ou Desafio’, e alguém desafiou Justin a me beijar. Uma música de Janet Jackson estava tocando ao fundo enquanto ele se inclinava e me beijava”, relembrou.

Os dois namoraram durante três anos, e o romance chegou ao fim em 2002, após alguns rumores de traição por parte da cantora. A estrela, inclusive, foi muito massacrada pela imprensa na época, quando o cantor lançou, em 2002, a música ‘Cry Me a River’.

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