A BATEKOO, plataforma de entretenimento, empreendedorismo e culturas negras, periféricas e LGBTI+ com foco nas juventudes urbanas, mostrou mais uma vez neste sábado que sabe como dar o nome ao entregar uma das curadorias mais importantes do país.
Na segunda edição de seu festival, que contou com um line diversificado e com atrações de todos os cantos do Brasil (todos talentos da música preta contemporânea), não teve chuva que pudesse atrapalhar o chamado Big Bang dos Pretos.
O dia começou com um set pra lá de animado da Tia Carol seguido pelas referências em brega funk, Shevchenko e Elloco, diretamente de Recife. Depois, a grammy nominee Gaby Amarantos apresentou seu “TecnoShow”, que nos lembra que o Brasil não existe sem o Norte. Com hits como “Xirley”, “Ex Mai Love” e até covers de Rihanna e Banda Djavú, a diva mostrou que este seria um dia onde ficar parado não era opção.
O line seguiu com o B2B’s dos DJs paulistas Bonek1nha Iraquiana e Caio Prince, para mostrar que bruxaria e submundo são tesouros da música nacional. Depois, com hit e pedrada atrás de pedrada, o Grupo Revelação botou as milhares de pessoas com capas de chuva para sambar – e colocar o copo para cima em uma só voz.
No fim da tarde, recebemos o pagodão baiano numa voz “feminina, preta, empresária e lésbica”: A Dama. Com um espetáculo de ballet e banda, a cantora deu show de carisma e trouxe pessoas da plateia para dançar no palco com muita marrinha e nada de soca fofo, nos transportando diretamente para Salvador – lugar onde, aliás, nasceu a BATEKOO, em 2014.
Em uma das apresentações mais esperadas do dia, as gêmeas Tasha e Tracie, e seus respectivos namorados, Kyan e Gregory, chegaram junto ao já aclamado MU540 para uma apresentação em tropa. Mesclando músicas do último EP colaborativo, “Ying Yang”, bem como de “Um Quebrada Inteligente”, as gêmeas subiram usando o comentado look do BET Awards – premiação de música afro americana que aconteceu em Atlanta, nos Estados Unidos, na última semana. Não faltou energia e barulho, apesar do tempo reduzido devido aos atrasos causados pela chuva.
O palco recebeu ainda shows da DJ Th4ys. de Gabriel do Borel com hits que já conhecidos internacionalmente e DJ Gabiru, diretamente do famoso Baile da 17, em Paraisópolis. O criador do beat bolha do Rio de Janeiro, Ramon Sucesso, SampaCrew e, claro, os fundadores da BATEKOO, FRESHPRINCEDABAHIA e MIRANDS, deixaram explícita a necessidade da Beyoncé de vir para o Brasil. Até mute challenge bem sucedido rolou, viu?
A principal atração da noite, Liniker, trouxe para o palco músicas como “Clau”, “Psiu” e “Diz Quanto Custa”, além de se emocionar ao relembrar sua primeira festa BATEKOO, em 2014, quando tinha acabado de chegar de Araraquara para estudar teatro, em São Paulo. Com uma banda em sincronia, a musa brilhou mais que as botas prateadas que escolheu para a ocasião.
Quando se fala do festival, não podemos deixar de citar as MCs da noite, que guiaram o evento reforçando o significado da manifestação de celebração da musicalidade e pessoas negras. Com carisma, looks e vozes poderosas, JUJU ZL e Marcia Pantera se destacaram, reforçando um dos principais pilares do BATEKOO Festival: proporcionar pelo seu segundo ano consecutivo muita diversidade musical. Como fica claro, o evento é a materialização de toda a história e compromisso em propagar cultura preta e tornar a negritude um motivo de celebração. Seja quando, onde e como for a 3ª edição, já estamos ansiosos.
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