Aaron Paul, o Jesse Pinkman de “Breaking Bad“, contou durante uma manifestação do SAG-AFTRA, que não recebe absolutamente nada da Netflix em termos de direitos autorais por seu sucesso da série no streaming.
Enquanto estava em frente aos estúdios da Sony Pictures Entertainment em Culver City, na Califórnia, o ator falou sobre o tema em uma entrevista para o Entertainment Tonight Canada. “Não ganho um pedaço dos lucros da Netflix com “Breaking Bad”, para ser bem honesto, e acho isso uma loucura.”, relatou.
Acompanhado dos seus colegas de elenco Bryan Cranston e Jesse Plemons, o artista afirmou que é hora dos serviços de streaming “pagarem o justo” aos atores. “As séries permanecem para sempre nesses serviços de streaming, e elas passam por ondas”, destacou.
“Acredito que muitos desses serviços de streaming sabem que estão escapando de pagar um salário justo às pessoas, e agora é hora de pagar o que é devido.”, disse.
Já quando questionado posteriormente como se se sentia “otimista” em relação às greves, ele respondeu: “Acho que sim, porque não estamos indo a lugar algum”, disse Paul, cheio de angústia. “Então, eles têm que fazer algo!”.
“Breaking Bad” ficou no ar entre 2008 e 2013, contando a história de um professor de química (Bryan Cranston) que se torna traficante de drogas após um diagnóstico de câncer. Aaron Paul, inclusive, venceu três Emmys Awards por interpretar o braço direito do protagonista.
A Netflix é a casa de streaming exclusiva da produção em vários territórios, inclusive o Brasil, assim como da derivada Better Call Saul e do filme prequel “El Camino”, lançado em 2019 pela plataforma.
Relembre o trailer:
Sobre a SAG-AFTRA:
Uma das maiores discussões das greves em Hollywood é sobre o pagamento de residuais, quantia que profissionais do entretenimento recebem pela reexibição de algum conteúdo. Além disso, as reivindicações da greve também são para uma melhor condição de trabalho e de pagamentos para a classe trabalhista.
Fora isso, um grande pauta é a regulamentação do uso de inteligência artificial para a inserção, principalmente, de figurantes nas cenas. Alguns alegam que foram escaneados para uso posterior, e não se tem padronização de pagamentos quando isso acontece. Atualmente, o sindicato tem mais de 160 mil pessoas afiliadas, que moram em Los Angeles, em sua grande maioria.
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