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Morre Léa Garcia, de “Orfeu Negro” e “Escrava Isaura”, aos 90 anos

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(Foto: Instagram)

Morreu na última terça-feira (14), aos 90 anos, a atriz Léa Garcia. A artista foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira.

A informação foi anunciada por seus familiares no Instagram: “É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora na cidade de Gramado no @festivaldecinemadegramado da nossa amada Léa Garcia”, diz a publicação.

Léa Garcia sofreu um infarto agudo do miocárdio. Ela estava no Festival de Gramado, onde seria homenageada pelo conjunto da obra com o troféu “Oscarito” e daria uma coletiva de imprensa com a atriz Laura Cardoso.

Confira:

A artista nasceu no Rio de Janeiro em 1933. Se interessou pelas artes cênicas por influência do dramaturgo e ativista social Abdias do Nascimento (1914-2011), que a convenceu a subir ao palco do Teatro Experimental do Negro na peça “Rapsódia Negra” (1952).

Léa Garcia somava mais de seis décadas ao ofício de interpretar, tanto no teatro, quanto no cinema ou na televisão. Ela foi indicada ao prêmio de “Melhor Interpretação Feminina” no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme “Orfeu Negro”, vencedor do Oscar de “Melhor Filme Estrangeiro”.

Sua estreia na televisão foi no “Grande Teatro da TV Tupi” ainda na década de 50. Foi para a Globo em 1970 na novela “Assim na Terra como no Céu”, na qual interpretou Dalva, a empregada do personagem de Jardel Filho. Em 1972, participou do primeiro programa gravado inteiramente em cores no Brasil: um episódio de “Caso Especial” chamado “Meu Primeiro Baile”.

Em 1976, Léa Garcia interpretou Rosa, sua primeira vilã em “Escrava Isaura”, um dos seus papéis mais marcantes na dramaturgia brasileira. Na produção, ela venceu a barreira dos personagens tradicionalmente destinados a atrizes negras. Seu último papel na TV foi Dona Antônia na terceira temporada de “Mister Brau”, em 2017.

Nas redes sociais, a estrela brasileira sempre destacou o seu amor pelos palcos e pela atuação: “O palco é meu grande prazer.”

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