Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui
Anitta diz ser a “primeira cancelada” do país e revela desejo de morar no mato com dois filhos
Capa da edição Ela, do jornal O Globo, deste domingo (20), Anitta, que acabou de lançar duas novas músicas, “Casi Casi” e “Used To Be”, abriu o jogo sobre diversos assuntos. Desde muito tempo, a cantora fala abertamente sobre a toxicidade das pessoas em relação a tudo que envolve sua carreira e sua vida pessoal.
Após tantos anos em evidência, cantora refletiu sobre os ataques que sofre na internet, afirmando que, mesmo sendo a “primeira cancelada do Brasil”, os comentários dos haters ainda a atingem.
“Fui a primeira pessoa a ser cancelada no Brasil, quando ainda não existia esse termo, e amadureci diante do público. De certa forma, os cancelamentos me ajudaram a ficar mais forte, e ainda abri caminhos. Fui criticada quando fiz plástica (no nariz, em 2014). Na época, minha mãe me proibiu de ver TV porque estavam acabando comigo em todos os canais”, explicou.
“Fui escorraçada, e isso mexeu comigo, claro. Hoje em dia, todo mundo posta ‘dia 1, dia 2 da plástica’… e quando tacaram latinha em mim no show (em 2013, no Espírito Santo), e eu acabei com a pessoa? Achei que a minha vida tinha acabado. Não pude sair do hotel, as pessoas estavam acabando comigo porque eu falei ‘que coisa ridícula, me tacando latinha, isso é coisa de pobre, coisa de quem ganhou cortesia’”
A Girl from Rio relembrou o próprio caso citando o fatídico incidente envolvendo Cardi B, um microfone e um fã: “Hoje, a Cardi B taca o microfone na mulher que jogou água nela, e tudo bem. Mas, no meu episódio, ainda me via como uma pessoa de raiz pobre”.
Ver essa foto no Instagram
Problemas de saúde e suspeita de câncer
Durante a entrevista, quando questionada sobre a época em que esteve muito doente, em 2022, a cantora revelou que até hoje ninguém sabe o que aconteceu.
Anitta disse que houve suspeitas de câncer, mas que não foram confirmadas.
“Há exatamente um ano, resolvi várias questões, principalmente de saúde, com a constelação familiar (prática terapêutica que tem por objetivo esclarecer conflitos familiares que atravessam gerações). Eu estava muito doente, com suspeita de câncer, tumor no pulmão, bexiga comprometida… fiz tratamentos, diálise”, contou ela.
“Fiquei cinco meses sem trabalhar, toda vez que tentava voltar, passava mal, precisava de oxigênio. Minha família se reunia todos os dias às 18h para rezar por mim, nesse nível”, relembrou.
Anitta afirma que só se curou quando começou a se tratar mental e energicamente, mas que o momento chegou a fazer com que ela começasse a preparar o próprio testamento.
“Já estava escrevendo o testamento e decidindo o que fazer com as músicas […] Isso tudo aconteceu no ano em que fiz 30. Foi o meu retorno de Saturno”, relembrou.
Futuro no mato com filhos e tranquilidade
Como todo esse ritmo acelerado de trabalho e com sua saúde prestes a ruir, Anitta se viu obrigada a repensar sua vida.
Ela conta que já tem planos para os próximos dez anos: trabalhar menos e morar no mato com dois filhos.
“Em 10 anos, quero estar mais tranquila, desapegada do dinheiro, morando no meio do mato, plantando a minha comida, com um ou dois filhos. Se eu quiser, aliás, já posso viver assim. Já ando diminuindo o ritmo, fazendo menos shows… Escolho vir ao Rio para me apresentar uma vez ao ano, nos shows de verão que adoro a vibe. Fazer muito cansa e te faz perder o prazer. Já fiz o meu papel, e arrasei”, decretou.
Namoro com Simone Susinna
Desde que começou a namorar com o ator Simone Susinna, conhecido por atuar na trilogia “365 dias”, Anitta tenta não dar muitos detalhes íntimos sobre os dois. No entanto, ao jornal, ela falou sobre estar vivendo um relacionamento à distância.
“Adoro a distância. Acho ótimo, maravilhoso. Ninguém briga! Manter a distância é bom até com os amigos e familiares. Se eu morasse com a minha mãe, a gente ia estar se odiando”, afirmou.
Ela conta que, apesar de ter aprendido a ficar bem sozinha, tem gostado de ter um parceiro.
“Depois que coproduzi um filme sobre saúde mental, com a Ludmila Dayer, que chama-se “Eu”, aprendi a ficar bem sozinha. Para encontrar a paz, no trabalho, na família ou no amor, preciso, em primeiro lugar, me sentir completa sozinha. Estou feliz, plena e o Susinna está me fazendo bem, mantendo a frequência alta”