A primeira temporada de “The Idol” pode ser a última devido às polêmicas no set, ao comportamento “egomaníaco” de The Weeknd e às críticas negativas. É isso que aponta o Page Six.
Uma das fontes do tabloide afirma que o drama criado por The Weeknd, Sam Levinson e Reza Fahim “era uma grande série com grandes talentos e burburinho” na teoria, mas “a HBO soube que daria ruim assim que assistiram”. Então, é possível que o futuro não traga uma segunda temporada.
Outra fonte tenta amenizar, dizendo que “The Idol” “não foi feita para ser uma série de longa duração e sempre foi uma minissérie”. De qualquer forma, a sentença não foi dada ainda.
“A porta definitivamente ainda está aberta. E isso é normal no nosso processo… estamos no segundo episódio. A única pessoa que toma a decisão [sobre a quantidade de temporadas] é o chefe da HBO, Casey Bloys, e ele está otimista”, acrescenta.
“The Idol” mostra Jocelyn (Lily-Rose Depp) após um colapso nervoso, determinada a recuperar seu status como a maior e mais sexy estrela pop dos Estados Unidos. A paixão da jovem artista é reacendida por Tedros (The Weeknd), proprietário de uma boate de Los Angeles com um passado sórdido.
Troye Sivan, Dan Levy, Da’Vine Joy Randolph, Eli Roth, Hari Nef, Jane Adams, Jennie, Mike Dean, Moses Sumney, Rachel Sennott, Ramsey, Suzanna Son, Hank Azaria e mais nomes integram o elenco do drama com The Weeknd e Depp.
Assista ao trailer:
Vale lembrar que “The Idol” se envolveu em uma polêmica em março, quando uma grande matéria da Rolling Stone revelou as demissões, refilmagens e gastos excessivos que ocorreram depois que Levinson tomou as rédeas do projeto. Ele descartou o trabalho de Amy Seimetz, que já tinha utilizado cerca de 75 milhões em orçamento e deixado a série 80% concluída.
De acordo com treze pessoas ouvidas pela revista, Levinson não concordou com a abordagem da ex-colega e optou por reescrever diversas cenas. Essas transformações da narrativa incluíram “perturbadoras e violentas” cenas sexuais e físicas, como se a história fosse pura “pornografia de tortura sexual”.
“Era uma série sobre uma mulher que estava se descobrindo sexualmente, mas se transformou em uma série sobre um homem que começa a abusar dessa mulher e ela adora”, descreveu uma das fontes ligadas à produção.
Isso se confirmou depois da première no Festival de Cannes, na França, no último 22 de maio. O ponto de vista masculino e o conteúdo sexual explícito dos episódios iniciais fizeram com que “The Idol” fosse massacrada pela crítica especializada.
O prestigiado jornal The New York Times, por exemplo, chegou a escrever: “‘The Idol’, ou ‘50 Tons de Tesfaye’: uma odisseia na página inicial do Pornhub, estrelando as aréolas de Lily-Rose Depp e o rabo de rato gorduroso de The Weeknd”.
Levinson, aparentemente, não se abalou. Em Cannes, ele se pronunciou sobre as acusações levantadas pela RS: “Quando a minha esposa leu a matéria para mim, eu olhei para ela e disse: ‘Acho que teremos a maior série do verão’”.
A audiência já caiu no segundo episódio. “Double Fantasy” atraiu apenas 800 mil pessoas no dia da exibição, resultando em uma queda de 12%, já que o primeiro episódio alcançou 913 mil (número que não impressionou, pois ficou atrás da estreia de produções como “Euphoria” e “The White Lotus”).
E, ainda, quem assistiu ao episódio 2 criticou. A divisão britânica da revista GQ, por exemplo, afirmou que o material tem “a pior cena de sexo já feita na história”, fazendo “do sexo uma performance, e sempre de mulheres”.
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