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Preta Gil sobe ao trio com Ivete Sangalo e canta “Sinais de Fogo”, em SP

música
Foto: AgNews/Araujo

A cantora Preta Gil se emocionou ao subir ao trio elétrico da amiga Ivete Sangalo durante um show em São Paulo, na noite de quinta-feira (8). Preta, que está em um tratamento oncológico, já tinha aparecido no fim de semana anterior durante um show da também amiga Ludmilla. À ocasião, ela foi ovacionada pela plateia.

Agora, entretanto, ela quis participar ativamente. Pegou o microfone e interpretou um dos maiores sucessos da carreira, “Sinais de Fogo”, lançada em 2003 em seu álbum de estreia, “Prêt-à Porter”. Preta e Ivete, vale lembrar, chegaram ao evento juntas e assim ficaram até o momento da apresentação. Foi então que, surpreendendo, a popstar carioca deu uma palhinha.

“Eu ainda sei cantar”, brincou ao pegar o microfone.

Um dia antes, Ivete Sangalo já tinha homenageado a amiga em um show no “São João da Thay”, festa organizada pela influenciadora Thaynara OG.

Entrevista

Em entrevista à revista Marie Claire, Gil falou sobre temas importantes como morte, perdas e amor. Pela primeira vez, ela se abriu em relação ao fim de seu casamento de oito anos com o personal trainer Rodrigo Godoy.

A cantora também disse que os amigos a questionaram sobre o fato de o divórcio se dar em um momento tão fragilizado e que cada processo poderia ser vivido a sua vez – o que ela não concordou.

“Meu instinto de sobrevivência me fez querer me separar, mesmo eu estando com câncer, porque não estava me fazendo bem. E é machista achar que preciso ficar casada para ser cuidada. Por que o marido é mais importante que a mãe, o pai, a irmã, o amigo?”, disse.

Preta afirmou também que seu tratamento contra um câncer de intestino mudou seu olhar em relação à morte e remodelou os planos. Para a artista, que sofreu uma septicemia em março e passou cerca de 20 dias na UTI, “tudo pode acontecer”, desde a cura até a iminência do fim.

“Eu não romantizo em nenhum momento essa doença, porque ela não tem nada de bom. Mas, dentro das adversidades, das vulnerabilidades, a gente se fortalece e se transforma. (…) A morte é um assunto muito tabu, principalmente no Ocidente. Ninguém fala da morte. Mas eu tenho um pai que fala de uma forma natural sobre isso. Temos conversado bastante”, comentou.

Preta, como todos sabemos, é filha do músico Gilberto Gil, um griô contemporâneo. Essa figura, em muitas sociedades africanas, é responsável por transmitir o conhecimento às novas gerações.

“Depois da septicemia, tivemos uma conversa tão verdadeira, tão bonita, que eu realmente comecei a ver a morte de outro jeito”, afirma. “É uma realidade que a finitude pode chegar para mim mais rápido. Sempre tive muito medo de morrer, hoje não tenho mais. No fundo, porque sei que a morte não vai chegar agora. Mas estou preparada.”

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