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Preta Gil fala sobre divórcio: “É machista achar que preciso ficar casada para ser cuidada”
Em entrevista à revista Marie Claire, a cantora e empresária Preta Gil falou sobre temas importantes como morte, perdas e amor. Pela primeira vez, ela se abriu em relação ao fim de seu casamento de oito anos com o personal trainer Rodrigo Godoy.
Questionada pela publicação sobre a decisão de se separar em meio a um tratamento oncológico, o que esbarra em uma estatística do Conselho Nacional de Mastologia em que 70% das mulheres com a doença são deixadas por seus companheiros, Preta foi categórica. A princípio, ela afirmou que não fazia parte desse número pois a escolha partiu dela.
“Essa escolha coincidiu de ser no meio de um tratamento oncológico, então eu não me considero parte dessa estatística”, declarou. A apresentadora, entretanto, voltou atrás em uma nova entrevista e disse ter tido um novo olhar sobre a situação”.
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— Preta Gil (@PretaGil) June 5, 2023
“Infelizmente eu faço parte dessa estatística, sim, porque de fato o relacionamento acabou. Por mais que não estivesse bom até então, e por mais que eu tenha decidido separar… A decisão foi minha, mas já estava acabando. O casamento não superou um tratamento oncológico. Não é tão pragmático. A gente fica tentando justificar. Existem nuances em uma separação tão sofrida como foi a minha. Mas eu faço parte, sim. A gente não conseguiu passar por isso”, explicou.
A cantora também disse que os amigos a questionaram sobre o fato de o divórcio se dar em um momento tão fragilizado e que cada processo poderia ser vivido a sua vez – o que ela não concordou.
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— Marie Claire Brasil (@MarieClaireBR) June 5, 2023
“Meu instinto de sobrevivência me fez querer me separar, mesmo eu estando com câncer, porque não estava me fazendo bem. E é machista achar que preciso ficar casada para ser cuidada. Por que o marido é mais importante que a mãe, o pai, a irmã, o amigo?”, disse.
“Isso é um traço do patriarcado, que coloca essa importância tão grande no homem”, aponta. “Depois de um tempo, percebi que essa decisão é prova da profundidade do meu mergulho. Se, neste momento, não for para descer fundo, repensar, então para quê? Estou tendo uma segunda chance de viver e isso tem um propósito.”