Papelpop News #40 celebra o Dia do Orgulho LGBTQIA+ com momentos da cultura pop; veja a lista!

Nesta quarta-feira, 28 de julho, o Papelpop News celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ de forma muito especial! O programa tem nada menos que duas horas de duração e participações ilustres de Fred Nicácio, Kaya Conky, Johnny Hooker, Day Limns, Stefano Volp e Diva Depressão.

Eles se juntam aos apresentadores Phelipe Cruz, Amauri Mazzuco, Milena Enevoada e Paulo Côrrea na bancada, criando uma listona com os momentos do pop que deram orgulho à comunidade queer.

São as músicas, filmes, séries e celebridades que combateram o preconceito, despertaram desejos, demonstraram apoio e muito mais.

Assista à edição no link abaixo:

Você também pode conferir a lista aqui:

“Yep, I’m gay”

(Foto: Divulgação)

Foi em uma capa da revista TIME, publicada em 14 de abril de 1997, que Ellen DeGeneres confirmou ser lésbica com a seguinte frase: “Sim, eu sou gay”. Ela estrelava a sitcom “Ellen” na época e começava a introduzir um pouco da cultura queer na televisão norte-americana, onde também teve um dos programas de entrevistas mais famosos do mundo todo.

“Born This Way”

Em 2011, Lady Gaga lançou um single, “Born This Way”, que logo virou um hino LGBTQIA+. Nele, a artista incentiva a aceitação e o amor próprio para as pessoas gays, lésbicas, bissexuais e trans: “Eu sou linda do meu jeito porque Deus não erra / Estou no caminho certo, amor, eu nasci assim”.

“Glee”

“Glee”, série criada por Ryan Murphy, Brad Falchuk e Ian Brennan, foi exibida entre 2009 e 2015 com vários números musicais. As releituras e mashups dominavam as paradas dos Estados Unidos e do mundo, fazendo com que artistas mais antigos e divas pop se tornassem conhecidos pelo público mais jovem.

“Pose”

Outra série de Ryan Murphy, “Pose” fez história com um elenco formado majoritariamente por artistas trans. Graças às suas performances na produção, Billy Porter se tornou primeiro homem negro abertamente gay a vencer o Emmy de Melhor Ator em Série de Drama e MJ Rodriguez, a primeira mulher trans a vencer o Golden Globes de Melhor Atriz em Série de Drama.

A trama é toda ambientada na Nova York de 1980, destacando, principalmente, a cultura ballroom. De acordo com a revista Variety, Murphy doou o lucro da série para instituições voltadas à proteção da comunidade LGBTQIAP+.

“Queer Eye”

No ar desde 2018, “Queer Eye” apresenta Cinco Fabulosos que usam o conhecimento em bem-estar, estilo, beleza, design e cultura para transformar a vida de homens e mulheres reais. O reality show, inclusive, já ganhou uma versão brasileira na Netflix, com Nicácio, Rica Benozzati, Luca Scarpelli, Yohan Nicolas e Guto Requena.

“RuPaul’s Drag Race”

(Foto: Reprodução)

Idealizado e apresentado por RuPaul, o “RuPaul’s Drag Race” procura o carisma, singularidade, coragem e talento de uma drag queen para receber o título de “America’s Next Drag Superstar”. Semanalmente, as competidoras do programa participam de gincanas e provas para que suas habilidades de canto, dança, costura, talento, humor e personalidade sejam testadas.

“Milk”

Lançado em 2009, o filme “Milk” conta a história​ verdadeira de Harvey Milk. Na década de 1970, ele decide se mudar para São Francisc​o, passa a morar com o namorado e entra em uma intensa batalha política. Ele vira o primeiro homem assumidamente gay a ocupar um cargo público nos Estados Unidos.

“Orange Is The New Black”

Exibida de 2013 a 2019, “Orange Is The New Black” se passa em uma penitenciária feminina dos Estados Unidos. Enquanto denuncia o sistema carcerário do país, a série também mostra um grande encontro de amigas, inimigas e, principalmente, amores.

Lulu Santos

(Foto: AgNews)

Lulu Santos assumiu um relacionamento homoafetivo com Clebson Teixeira em 2018, quando já tinha 40 anos. Antes disso, ele foi casado por 28 anos com a escritora Scarlet Moon, que faleceu em 2013. Outros artistas que “saíram do armário mais velhos” e deram orgulho foram Daniela Mercury, Leonardo Teixeira, Marco Nanini e Luiz Fernando Guimarães.

Paulo Gustavo

(Foto: Divulgação)

Em vida, Paulo Gustavo chegou a ser criticado por não seguir o que se espera de militância. Ele nem beijou o marido durante o próprio casamento, causando a maior polêmica em 2015. Mas o modo que ele entendia uma nova narrativa para relacionamento homoafetivos, tanto amorosos, quanto de mãe e filho, ganharam corpo e alma nos filmes da franquia “Minha Mãe É Uma Peça”.

A família do humorista, ator, roteirista e diretor carioca com o dermatologista Thales Bretas aumentou com dois filhos, Romeu e Gael, gerados em barriga de aluguel. Paulo morreu em maio de 2021, aos 42 anos, vítima de Covid-19.

Marcos Pasquim em “Kubanacan”

Marcos Pasquim despertou muitos desejos em “Kubanacan”, novela de Carlos Lombardi que foi exibida em 2003. Ele vivia sem camisa nos capítulos diários, virando um verdadeiro exemplo de homem gostoso para gays da geração.

“Com Amor, Simon”

Lançado em 2018, “Com Amor, Simon​” serve como uma referência​ sobre a vivência gay para o público mais jovem. O filme acompanha Simon, um jovem de 17 anos que se apaixona por um colega de classe, mas esconde a própria sexualidade para a família e amigos.

Clipes de Britney Spears

Os videoclipes da Princesinha do Pop, Britney Spears, bombaram e conquistaram a comunidade LGBTQIA+ nos anos 2000. “I’m a Slave 4 U” e “Toxic” são apenas dois exemplos.

Rodrigo Santoro em “As Panteras Detonando”

Rodrigo Santoro foi outro muso que despertou paixões em pessoas queers. Como esquecer do brasileiro entrando e saindo caladinho do mar em “As Panteras Detonando”, filme de 2003 que foi de suas primeiras participações na gringa? Um gostoso.

Mateus Solano como Félix

Mateus Solano fez história como Félix em “Amor À Vida”, novela de Walcyr Carrasco que foi exibida em 2013 e 2014. O grande vilão da trama protagonizou com Thiago Fragoso, intérprete de Kiko, o primeiro beijo gay no horário nobre da TV Globo.

Serginho Orgastic no BBB

Sérginho Orgastic foi um dos destaques do Big Brother Brasil 10, apesar de não ter vencido. Ele foi o primeiro influenciador digital a participar do reality show – e olha que nem existia a divisão camarote e pipoca como hoje. O icônico Dicesar também esteve na edição de 2010.

Jean Wyllys no BBB

Foi em 2005 que Jean Wyllys se consagrou como o primeiro homem assumidamente gay a vencer o Big Brother Brasil. O baiano ganhou 50 milhões de votos, saindo na frente de Grazi Massafera. Anos depois, ele virou deputado federal, mas deixou o cargo depois de receber diversas ameaças​ homofóbicas.

“Sense8” na Parada LGBT de SP

Em maio de 2016, o elenco de “Sense8” veio ao Brasil e filmou cenas da segunda temporada. As gravações são introduzidas depois de Lito receber um convite de viagem com tudo pago, para ser destaque na famosa Parada LGBT de São Paulo.

Ele se mostra resistente em ir, mas, depois, faz as malas com Hernando e Daniela. Quando trio desembarca em solo brasileiro, é recebido por vários fãs da série da Netflix.

“O Segredo de Brokeback Mountain”

“O Segredo de Brokeback Mountain” ​mostra os cowboys Jack Twist, vivido por Jake Gyllenhaal, e Ennis Del Mar, interpretado pelo saudoso Heath Ledger. Os dois se conhecem em 1963, quando são contratados por um rancheiro para tomar conta de seu rebanho, e desenvolvem uma tensa relação amorosa.

“Paris is Burning”

“Paris Is Burning​”​ mostra o mundo do ballroom, protagonizado por pessoas gays negras durante os anos de 1980, em Nova York. O documentário de 1990 explica como toda a cultura funciona e como foi exportada para artistas como Madonna, que se apropriou e logo popularizou o “voguing”.

“​I Want To Break Free”

Uma das músicas mais populares da banda Queen, “​I Want To Break Free” carrega em sua história várias polêmicas. O videoclipe chegou a ser proibido na MTV, pois os músicos aparecem vestindo roupas femininas e fazendo tarefas domésticas. Apesar de ser associada ao cantor Freddie Mercury e sua sexualidade, a composição é do baixista John Deacon e o clipe é uma criação do baterista Roger Taylor.

“Priscila, a Rainha do Deserto”

“​Priscila, A Rainha do Deserto​”​ é um dos clássicos do cinema LGBTQIA+, responsável por levar personagens, situações e problemas da comunidade queer ao mainstream. A trama​ acompanha três drag queens em uma viagem de ônibus pela Austrália.

O filme faturou mais de US$ 24 milhões​ ​só no primeiro fim de semana de exibição nos cinemas, em 1994. E continua impactando até hoje, visto que o reality show “Caravana das Drags”, apresentado por Xuxa e Ícaro Kadoshi, se inspira nele.

“Delicada Atração”

“Delicada Atração” é um filme de 1997 que se passa em um subúrbio de Londres, acompanhando Jamie Gangel. Ele é um garoto pouco popular, que abandona a escola para fugir do compromisso de jogar futebol, e vizinho de Steve Pearce. Quando a mãe de Jamie, Sandra, acolhe Ste em sua casa, os dois rapazes começam a desenvolver sentimentos românticos um pelo outro.

Filmes de Almodóvar

É possível encontrar referências queer em praticamente todos os filmes do cineasta espanhol Pedro Almodóvar. Desde os mais antigos como “A Lei do Desejo”, drama/suspense de 1987 que mostra sexo entre homens e nudez de forma bem natural e real, até “Dor e Glória”, drama de 2019 em que o protagonista relembra a descoberta de sua sexualidade.

“Garota infernal”

“Garota infernal” acompanha Jennifer, uma líder de torcida que fica possuída por um demônio, passa a comer carne humana, se envolve com Anita e mata meninos da escola. Rom pom pom pom! Com um público-alvo feminino e LGBTQIA+, o filme sofreu um boicote no ano de sua estreia, 2009.

“Moonlight” no Oscar

“Moonlight” se consagrou como Melhor Filme no Oscar 2017. O momento foi marcante não só pelo erro dos apresentadores Warren Beatty e Faye Dunaway, que levaram o envelope errado e entregaram o prêmio para “La La Land”, mas pela história.

“Moonlight” acompanha o crescimento de um homem gay negro nos Estados Unidos, sendo eleito o melhor longa-metragem LGBTQIA+ do século XXI pelo IndieWire. O site declarou que o filme é importante principalmente para “gays negros que merecem muito mais exemplos de arte profunda que espelhe sua experiência”.

Vera Verão

Jorge Luiz Souza Lima​​ estudou balé clássico, mas logo passou a se dedicar à televisão, ficou popularmente conhecido pela personagem Vera Verão e abriu portas para a comunidade LGBTQIA+. Seu bordão clássic​o era​: “Epa, bicha não!”.

Vera Verão apareceu pela primeira vez junto aos “Trapalhões”, interpretando um soldado machão que voltou “diferente” após uma viagem. Meses depois, estreou no programa “A Praça É Nossa” e ganhou projeção nacional. Ela foi a mais votada em uma enquete sobre os famosos que deveriam participar da segunda temporada da “Casa dos Artistas” em 2002, mas foi barrada pela SBT.

Elke Maravilha

Foto: Divulgação/David Zingg

Durante as décadas de 1970 e 80, Elke Maravilha virou uma das juradas mais queridas pelo público dos programas de Chacrinha e Silvio Santos. Russa de nascimento e alemã de cidadania, ela veio ao Brasil com 6 anos, atuou como miss, modelo, cantora e atriz, e fez cinema, TV e teatro.

A princípio recatada, ela aproveitou a beleza exótica e o porte (tinha 1,80m) para criar uma personalidade extravagante e que sempre passava mensagens positivas às pessoas. Jurada sempre boazinha, dava conselhos valiosos aos candidatos que julgava. Morreu em 2016, aos 71 anos.

“Justify My Love”/“Like A Prayer”

Assim como “​I Want To Break Free”, um dos clipes mais ousados de Madonna, “Justify My Love”, também foi banido pela MTV em 1990. Isso porque o registro tinha muito chicote, submissão e beijo da Rainha do Pop em uma atriz brasileira. Acabou se transformando na fita VHS mais vendida da época.

Madonna também fez história com “Like A Prayer”. Ela já era uma “mãe” defensora da comunidade LGBTQIA+ na época e colocava as informações sobre a epidemia da AIDS no encarte do disco de 1989, apesar de todo o estigma existente.

“Outside”

“Outside” também tem uma boa história que remonta à década de 1990, quando a polícia flagrou George Michael em uma pegação em um banheiro de Los Angeles. Quando o fato virou um escândalo nos tabloides, ele assumiu não só o que fez, mas também a própria sexualidade, e lançou o videoclipe.

“Will & Grace”

“Will & Grace” traz o protagonismo gay com Will, advogado que mora com a designer de interiores e ex-namorada Grace, e Jack. A série foi exibida entre 1998 e 2020 com participações especiais de divas pop como Britney Spears, Madonna, Cher, Jennifer Lopez, Elton John e Janet Jackson, além de atrizes como Sharon Stone, Demi Moore e Glenn Close. Não à toa!

“Queer as Folk”

“Queer as Folk” foi outra série que deu destaque a personagens gays no final da década de 1990 e início dos anos 2000, acompanhando Brian, Justin, Michael, Emmet e Ted em Pittsburgh, Pensilvânia, Estados Unidos. A produção continuou tão relevante, que ganhou um remake em 2022.

Roberta Close

(Foto: Reprodução/TV Globo)

Roberta Close é uma modelo, atriz, apresentadora e socialite brasileira responsável por quebrar diversas barreiras para a comunidade trans nas décadas de 1980 e 90. Com 16 anos, começou a chamar a atenção de várias marcas internacionais e a desfilar para Jean Paul Gaultier​, Mugler e outras grifes. Chegou até mesmo a ganhar o concurso de Miss Brasil Gay.

Mas foi a partir de 1984, depois de ser vedete do Carnaval do Rio de Janeiro, que ela passou a fazer inúmeras aparições na imprensa. Não só apareceu na capa da Playboy, como também participou do “Fantástico”, “Domingão do Faustão”, “Hebe”, “Programa do Gugu” e outros.

Apesar de sua visibilidade, Roberta foi bastante atacada por sua identidade de gênero. A artista já afirmou ter sofrido por nenhum homem querer beijar suas personagens em novelas.

Liniker

(Foto: Dri Spaca / Papelpop)

Liniker é uma cantora de voz potente, compositora e atriz que vem quebrando muitas barreiras nos últimos tempos. Ela fez história como a primeira artista trans brasileira a vencer um Latin Grammy em 2022, graças a “​Indigo Borboleta Anil”.

O álbum lhe rendeu outras vitórias, como um de seus maiores hits, “Baby 95​”, integrando a trilha sonora da novela “Cara e Coragem​”. Liniker ainda é a protagonista de “​Manhãs de Setembro”, aclamada série nacional do Prime Video.

Pabllo, Gloria e mais drags BR

Pabllo Vittar, Gloria Groove, Lia Clark, Kaya Conky, Aretuza Lovi, Grag Queen e outras drag queens brasileiras têm dominado o pop. Elas emplacam hits nas plataformas digitais, lançam feats nacionais e internacionais bombásticos, estampam capas de revistas, participam de programas televisivos e realities… cada conquista desafiando os “costumes tradicionais”.

Pole dance de Lil Nas X no inferno

Lil Nas X foi apresentado ao mundo todo com “​Old Town Road”, mas foi no clipe de “Call Me By Your Name” que ele deu o nome e causou na cultura queer! No vídeo que chocou a todos, o rapper norte-americano é expulso do paraíso por beijar alguém do mesmo sexo e é mandado para o inferno.

Seguindo o famoso ditado “se está no inferno, abraça o capeta”, ele desce de pole dance e seduz o diabo só para poder roubar o teu posto. Foi a maior polêmica​ entre os conservadores. Ah, que peninha…

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