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Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em SP, encerra atividades sem previsão de retorno
Uma das mais tradicionais livrarias do Brasil, a Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, fechou suas portas nesta segunda-feira (26). Relatos colhidos pelo jornal Folha de S. Paulo dão conta de que funcionários pediram aos clientes que saíssem, logo após ter sido confirmado seu decreto de falência pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Até onde se sabe, não há previsão de reabertura. Ainda conforme a publicação, por volta das 11h da manhã desta segunda (26), um oficial de Justiça compareceu ao local para cumprir a ordem e ao fim do dia já não havia mais funcionários no espaço. As editoras passaram o restante do dia recolhendo livros.
Inaugurada em 1969 no coração da capital paulista, a livraria pertenceu primeiro a Eva Hertz, empresária imigrante. Em 2007, uma grande reforma foi feita e a Cultura passou a ocupar outras quatro lojas menores no edifício, junto ao icônico Cine Astor.
Pioneira no atendimento individualizado, o espaço foi palco de grandes eventos ao longo do tempo. Em 2019, por exemplo, Rita Lee esteve no local para lançar livros infantis em suas últimas aparições públicas. Noites de autógrafos se tornaram praxe, entre as quais se destacam as feitas com o escritor português e Nobel de Literatura, José Saramago; o cineasta norte-americano David Lynch, líder dos Talking Heads; e a autora Lygia Fagundes Telles, uma das mais importantes da literatura brasileira.