“Terra e Paixão” terá disputa de terras, briga em família e elenco de peso

Nada como a estreia de um bom novelão para deixar a semana mais movimentada, não é mesmo? E se depender de “Terra e Paixão“, a nova novela das 21h da TV Globo que começa nesta segunda-feira (8) todos os dias vão ser de fortes emoções.

Com uma trama que promete prender o público, o sempre campeão de audiência, Walcyr Carrasco chega com seu novo folhetim repleto de suspense, intrigas, brigas de família e muito romance.

O público vai conhecer Aline, interpretada por Barbara Reis, uma jovem professora de matemática, que leva uma vida tranquila ao lado de seu marido Samuel (Ítalo Martins) e seu filho João (Matheus Assis). No entanto, um atentado em sua casa muda completamente o seu destino.

Viúva, com um filho, e dona das terras deixadas pelo marido, era de se esperar que alguém estivesse de olho em seu patrimônio, certo? É nesse momento que Aline conhece Caio (Cauã Reymond), filho do poderoso fazendeiro da região, Antônio La Selva (Tony Ramos). Ele a acolhe e pede a ajuda de Cândida (Susana Vieira), uma antiga conhecida, dona do bar e bordel da cidade.

Porém, como nada é tão ruim que não possa piorar, Aline logo descobre que Caio é filho de Antônio, o principal suspeito do crime que matou seu marido. Com o objetivo de recuperar suas terras, que hoje pertencem à Aline, o fazendeiro usa os filhos Caio e Daniel (Johnny Massaro) para convencê-la a vender sua propriedade. Mas, o que ele não contava, é que além de não convencerem nossa protagonista, os gatos simplesmente ficam apaixonados por Aline.

Se já não bastasse esses dois boyzões na disputa pelo coração de Aline, a jovem ainda vai contar com a ajuda do primo do seu falecido marido no trabalho na terra, o lindo Jonatas (Paulo Lessa), que nutre um amor platônico por ela.

Essa é a primeira vez que Barbara Reis interpreta uma protagonista de novela. Papel mais do que merecido, após a artista brilhar na pele de Débora em “Todas as Flores”, sucesso de João Emanuel Carneiro, na Globoplay.

No entanto, de acordo com a atriz, sua atuação no streaming não garantiu a personagem Aline. “Fui chamada para o teste quando eu estava finalizando ‘Todas as Flores’. Fui chamada pra teste como todas as meninas. Acho que não teve a ver com a novela”, pontuou a artista, durante coletiva de imprensa.

Barbara, inclusive, já sente a diferença entre fazer uma novela para o streaming e com episódios diários. “Os dias são mais tranquilos no streaming. Como protagonista de uma novela na TV aberta tem sido bem corrido e gratificante”, revelou.

A partir de hoje, a atriz abre um momento inédito em sua carreira. Ela se junta a um reduzido grupo de protagonistas negras nas telenovelas brasileiras. Em entrevista ao Fantástico, neste domingo, 7, a atriz ressaltou a importância desse momento. “É algo histórico, até para que lá na frente isso se torne natural”, completou.

Em “Terra e Paixão”, toda essa disputa por terras, e amores, tem como cenário a cidade fictícia Nova Primavera, no interior do Mato Grosso do Sul. Um lugar que reúne os mais diversos tipos de moradores, que não passam despercebidos por Cândida (Susana Vieira), a dona do bar da cidade. Em seu estabelecimento, um ambiente dançante, ponto de encontro das pessoas da região, a senhora conhece bem todos os dramas dos moradores daquele local.

Para que o público entre de vez nesse clima rural, a equipe de cenografia e produção de arte investiu em pesquisas e referências. As obras com cores vivas marcantes de artistas populares da região Centro-Oeste, como Siron Franco e Moacir Sodré, inclusive serviram de inspiração para cenários de diversos personagens, como a fazenda de Antônio (Tony Ramos), a casa de Aline (Barbara Reis), o bar de Cândida (Susana Vieira) e o quarto de Anely (Tata Werneck), entre outros.

Quadros dos artistas fazem parte da decoração do interior da fazenda de Antônio, da pousada de Andrade (Ângelo Antônio) e Lucinda (Débora Falabella) e da casa de Ademir (Charles Fricks). A pintura da praça da cidade cenográfica da fictícia Nova Primavera foi feita pelo goiano Kboco. A natureza e a paisagem das plantações de Dourados e Deodápolis, principais locações na região, dão o tom de toda a cenografia, assinada por Cris Bisaglia e Ana Aline, e da produção de arte, de Eugênia Maakaroun, que também assina a direção de arte.

 “Trabalhamos com os tons da terra da região, bastante vermelha, e trouxemos muitas cores da natureza para o nosso cenário e para dentro das casas. Esse processo foi muito diferente do que estamos acostumados, pois nos preocupávamos mais com o momento das plantações, o dia em que a fazenda que a gente estava gravando iria plantar e colher a soja. Nosso trabalho foi muito em função do que iria acontecer durante a viagem. Íamos correndo atrás desses acontecimentos e construindo o cenário da nossa história, à mercê da natureza”, revelou a produtora de arte, Eugênia Maakaroun, conhecida como Didi.

Vai um modão aí?

Empenhados em transportar o público para esse ambiente que remonta uma região rural do país, o que não pode faltar é uma boa música para embalar as tramas dessa novela, não é mesmo? Se na ficção, o bar de Cândida é o local ideal para se assistir a um belo show sertanejo, do lá de cá da telinha, um dos ritmos mais populares do Brasil ganhou algumas novas versões.

“A trilha tem postura interiorana. Vamos revisitar clássicos, estamos preparando regravações lindas e atualizando algumas obras, já que muitos registros sertanejos são produzidos em shows”, revelou Luiz Henrique Rios, que está estreando na direção artística do horário nobre, durante coletiva com a imprensa.

Povos originários

Durante sua trajetória cheia de obstáculos, Aline irá cruzar com personagens que pertencem à etnia Guató. “Falar do Mato Grosso do Sul e não falar dos indígenas é impossível”, ressaltou Luiz Henrique Rios. Embora a questão fundiária, a princípio, não faça parte da trama, segundo o autor Walcyr Carrasco, os indígenas trarão a memória de seu povo, suas histórias, suas lendas, seus cultos e a conexão com outros povos abrigados na floresta, que também perderam suas terras e, muitas vezes, sua identidade.

Para contar essa história, os espectadores vão acompanhar Jurecê Guató (Daniel Munduruku), o pajé, remanescente da etnia guató. Um homem cheio de sabedoria, um xamã. Tem plena consciência da situação dos indígenas, mas olha para tudo de forma contemplativa, pois, em suas palavras, “outros mundos surgirão”. Raoni Guató (Mapu Huni Kui) é filho de Jurecê e está sendo preparado para se tornar o xamã.

Além disso, todos conhecerão a filha de Jurecê e irmã de Raoni, Iraê Guató (Suyane Moreira), uma especialista em ervas, que sabe tudo tudo sobre a medicina da floresta. Ela é mãe da adolescente Yandara Guató (Rafaela Cocal). A jovem resolve ir à luta por seu lugar no mundo. Belissíma, será ajudada por Graça (Agatha Moreira), dona da butique da cidade de Nova Primavera, a se lançar como modelo.

A novela ainda conta com nomes como Gloria Pires, Tatá Werneck, Débora Falabella e muito mais. Conheça o elenco:

‘Terra e Paixão’ é uma novela criada e escrita por Walcyr Carrasco. A obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina. A direção artística é de Luiz Henrique Rios com direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.