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Foto: Reprodução/Instagram
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música

Roberto de Carvalho se emociona ao falar de Rita Lee: “Nos tornamos cara metade”

Em sua primeira entrevista após a morte da esposa, Rita Lee, o músico Roberto de Carvalho relembrou os 47 anos em que estiveram juntos. Bastante emocionado, ao ponto de interromper a conversa com a repórter Renata Ceribelli repetidas vezes, Roberto se declarou a Rita e relembrou algumas das músicas que fizeram juntos. Entre elas, a icônica “Mania de Você”.

“Favoritíssima. Foi feita com o violão, a gente tava na cama numa paixão louca. Terminou a consumou-se a paixão louca, peguei o violão e comecei a tocar. Ela, do meu lado, pegou a caderninho. Água na boca, sem frases. Aí fomos completando, eu fui completando a música”.

A história de amor dos músicos começou em 1976, quando Rita foi assistir a uma apresentação do amigo Ney Matogrosso. Roberto, á época, integrava a banda de Ney, recém-saído d’Os Secos & Molhados. Pais de três filhos, R&R fizeram uma das mais bem-sucedidas parcerias da MPB e lançaram discos que expunham sua paixão e intimidade.

“A gente começou a fazer as coisas juntos porque ela ouvia: ‘O que você tocou aí? Isso é uma música, é uma música’. Aí ela vinha com o caderninho, sempre rápida”, contou.

Os últimos dias da cantora, ainda de acordo com Roberto, foram marcados por uma sensação que ele descreve como de “medo, ansiedade e pavor”. Rita, em suas palavras, viveu sua última fase na cama, onde “parecia uma criancinha, um passarinho. A respiração dela foi parando… foi em paz”.

“Talvez eu fique assim pra sempre, sempre vai ser difícil”, comentou. “Não tenho a menor pretensão de que fique fácil. Fico triste, mas eu fico bem porque foram coisas tão maravilhosas. É que os últimos tempos foram muito difíceis. A Rita é considerada um milagre pelos médicos que cuidaram dela”.

Questionado sobre ter vivido um grande amor com a cantora, ele afirmou que a experiência foi um “grande privilégio”.

“Sou atento e feliz por ter estado perto de uma pessoa tão iluminada, cheia de vida, criatividade, alegria, luz. (…) Nos tornamos cara metade. Eu não posso dizer para você que a Rita e o Roberto… O Roberto é a Rita também, a Rita é o Roberto também. Em vida ou em morte. E ela continua sendo eu”, disse.

Para assistir à íntegra da conversa, no Globoplay, clique aqui.

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