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Dan Stulbach relembra papel em “Mulheres Apaixonadas”: “Pessoas se afastavam de mim na rua”
Em entrevista à colunista Patricia Kogut, do jornal O Globo, o ator Dan Stulbach comentou o retorno da novela “Mulheres Apaixonadas” às telas da Globo. A trama de Manoel Carlos, exibida 20 anos atrás, volta ao ar nesta segunda-feira (29) no “Vale a Pena Ver de Novo“.
“Na época, as pessoas não tinham uma referência. Eu estava chegando à TV, era uma novidade. Não sabiam como eu era de verdade”, relatou. “Havia sempre um receio. As pessoas se afastavam de mim na rua, não sentavam do meu lado no avião. Levei guarda-chuvada, bronca, tinha de tudo. Foi bem intenso. Se existisse redes sociais na época talvez eu corresse o risco de ser cancelado, porque as pessoas não me conheciam”.
No folhetim, Stulbach deu vida a Marcos, um homem que parecia ser o marido perfeito, mas que batia com frequência na esposa, a professora Raquel (Helena Ranaldi). Foram emblemáticas as cenas em que ela se viu espancada pelo companheiro com uma raquete de tênis enquanto este, a fim de abafar o som das agressões, ouvia música clássica.
A repercussão foi tamanha que o número de denúncias registradas pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) no centro do Rio de Janeiro chegou a um aumento de cerca de 40% durante o período em que a novela esteve no ar. A aprovação da Lei Maria da Penha, que se deu três anos após a exibição do drama, também foi impulsionada.
À época, o então presidente Lula chegou a afirmar durante um discurso que era preciso se unir para combater a ação de “raqueteiros”.
“Criou-se uma lei por causa desse trabalho. Isso transcendeu a novela, melhoramos o país nesse sentido, trazendo à tona um assunto sobre o qual não se falava”, comentou Stulbach. “Vamos ver como vai ser agora, porque infelizmente o Brasil ainda tem esse problema.
“Mulheres Apaixonadas” retorna com grande expectativa logo após a “Sessão da Tarde”, às 17h10.