Foram muitas as mulheres que, ao longo das décadas, batizaram sucessos da música do Brasil e do mundo. Layla, Gabriela, Roxanne, Carolina, Anna Júlia, Valerie, Natasha, Joanne e Marjorie inspiraram Eric Clapton, Tom Jobim, The Police, Seu Jorge, Los Hermanos, Amy Winehouse, Capital Inicial, Lady Gaga e Taylor Swift, só para citar algumas.
Maria inspirou Chady, cantor e compositor carioca de 24 anos que é a mais nova aposta da gravadora Universal Music Brasil. Ele, fascinado pelas inúmeras canções com nomes femininos, criou a própria e transformou-a no primeiríssimo single da carreira, entregue ao mundo na última sexta-feira (19).
“Maria foi uma mulher que passou na minha vida, uma mulher livre e independente que corria atrás do que queria. Como eu sempre fui uma pessoa bem tímida, essa personalidade dela sempre me inspirou muito”, contou o cantor ao Papelpop.
A impaciente, determinada, complicada e perfeitinha Maria, como descrito pelo carioca, ganhou vida no videoclipe, a partir da também cantora e compositora carioca Clarissa.
“Quando escrevi ‘Maria’, eu fiquei pensando em quem poderia interpretá-la e Clarissa veio muito forte na cabeça. Ela já era minha amiga e, quando mandei a música, ela super topou”, relembrou.
A personagem retratada na faixa e no registro audiovisual tomou força com a sonoridade escolhida: pop rock. “Quando fiz ‘Maria’ no ano passado, eu estava escutando muito esse gênero. Estava escutando Lenny Kravitz, Sting, The Police, até mesmo Lagum e Marina Sena”, explicou o artista.
O trabalho mostrou que ele é mesmo cheio de referências, que se estendem de Legião Urbana, Capital Inicial, CPM 22 e Cazuza a Lagum, Gloria Groove e Jão. O cantor até fez covers de algumas dessas estrelas brasileiras nos últimos anos, todos com uma mistura de pop e rock que adora.
O pop está enraizado porque foi o Rei do Pop quem despertou o amor do carioca pela arte. “A minha primeira conexão verdadeira com a música foi o meu primeiro ídolo, Michael Jackson, que a minha avó me apresentou. Pode perguntar à minha família ou aos meus amigos: eu sempre fui a pessoa que dançava igual a ele ou pelo menos tentava”, brincou.
“Comecei a ter um interesse enorme por performance. Toda vez que eu ia para um show, só conseguia pensar no ponto de vista do artista, no que ele tinha comido no café da manhã, em quantas vezes ele ensaiou, se ele estava nervoso. Falei: ‘não tem outra opção, é isso que eu quero para a vida’”, acrescentou.
Apesar da forte influência, Chady prefere não se rotular ainda. “Creio que se o pop for um gênero que transita entre vários gêneros, eu me considero um artista pop. Mas não gosto de me botar em uma caixinha. Então, depende muito do que estou sentindo no momento. Talvez eu escreva uma balada devagar no piano, talvez eu escreva um rock ‘n’ roll”, refletiu.
Sim, isso significa que “Maria” é apenas um gostinho do que ele tem para mostrar. Com contrato recente, o cantor planeja lançar outros dois singles, no mínimo, ao longo dos próximos meses e avaliar. “Quem sabe eu lanço um EP ou um álbum até o final do ano?”, indicou. Vamos acompanhar!
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