Em entrevista ao site da revista Vanity Fair publicada nesta terça-feira (19), a atriz Toni Collette foi convidada a revisitar grandes cenas de sua filmografia ao longo dos últimos 30 anos. Um dos momentos principais do vídeo se dá, justamente, quando ela assiste e comenta “Hereditário” (2018).
No filme, após a morte da filha Charlie (personagem de Milly Shapiro), a protagonista busca meios de recuperar a presença da jovem – o que a leva a um sério desentendimento com seu outro filho, Peter (Alex Wolff). Segundo Collette, a gravação desse momento explosivo não contou com ensaios prévios. Artista mesmo!
“Tenho um amigo que me chama de ‘garota alarmista’. Fazer ‘Hereditário’ foi algo realmente saudável pra mim. Parecia que seria a experiência mais intensa de todas, o que de fato foi, mas foi o trabalho em que eu entendi como por as coisas em ordem. Foi como ir pra cozinha e preparar algo, ir limpando conforme você cozinha os alimentos. O que aprendi é que o corpo não sabe diferenciar o que é ficção e o que é real, então o que quer que eu sinta, não sei como evitar sentir isso, trabalho dessa forma. Gosto de trabalhar assim porque se eu me conecto comigo mesma significa que o público vai se conectar com isso e consigo mesmo. A conexão, pra mim, é a coisa mais importante que existe. [Aquela cena] Não teve qualquer ensaio, falamos sobre ela, nos preparamos brevemente em um dia, em um quarto de hotel em Salt Lake City e cheguei no set, repetimos algumas vezes. Foi isso”.
Ao ser questionada sobre os julgamentos que sua personagem, eventualmente, recebeu, Collette afirmou que é preciso lembrar a complexidade do contexto em que ela está inserida.
“Ela diz coisas horríveis pro filho nessa cena, e o único jeito de perdoar minha personagem é saber que quando você está de luto você não pode ser julgado, você está aberto e cru. Ela não tem noção do quanto está ferindo, sabe? Essa mulher foi usada, enganada e manipulada pela própria mãe durante a vida toda, então esse momento de explodir com o filho não é exatamente só sobre a morte da filha. Na verdade, muitas coisas foram suprimidas por décadas. Quando você trabalha com um bom roteiro, você lê e já imagina, já escuta o que está lendo. Não preciso trabalhar, trabalhar, trabalhar para encontrar o tom. Literalmente, só preciso fazer do meu jeito, você conhece a essência, pra onde aquilo deve ir. Essa cena é bem completa”.
Assista à íntegra da conversa!
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