[Nota da redação: Sam Smith se identifica como uma pessoa não binárie. Por isso, este texto foi escrito em linguagem neutra]
COMEÇOU! Rolou nesta quarta-feira (12) na cidade de Sheffield, no Reino Unido, a estreia de “Gloria The Tour”, espetáculo mais altamente produzido e aguardado da carreira de Sam Smith.
Vivendo a plenitude de seu momento, e cantore britânicx entregou um show cheio de hits e que revisita a premissa clássica das grandes giras de pop: dividido em blocos, o concerto entregou hits, conceito, visuais e figurinos impecáveis.
Com um cenário que trazia uma deusa Afrodite gigante, foram várias trocas de roupa! Além de usar um espartilho dourado com peças de alfaiataria, Smith também escolheu para a ocasião uma fantasia de diabo com mangas bufantes de tule, uma grandiosa manta cor-de-rosa e, talvez o mais interessante de todos os visuais, um vestido verde que trazia como adereço de cabeça uma placa com a palavra “Queer”.
Veja:
Ao começar com “Stay With Me” e “I’m Not The Only One”, que abrem o ato 1, intitulado “Love”, Smith reforçou sua mensagem de aceitação e amor próprio, que só foi se encerrar com “Dancing With a Stranger”. A parceria com Normani é bastante significativa, já que em vários momentos o itinerário se torna dançante.
Em seguida, foi a vez de 3 canções formarem a segunda parte do espetáculo, “Beauty” (Beleza, em tradução literal para o português). Nesta hora, e artiste entregou na sequência “Kissing You”, “Lay Me Down” e “Love Goes”.
Logo em seguida, encerrando a jornada de forma icônica, Smith emprestou sua voz (cada vez mais precisa e afiada) aos grandes hits. Foi a vez de faixas como “Promises”, “Gloria” e “Unholy”, responsável por encerrar a jornada de forma triunfal.
Assista aos vídeos com trechos da apresentação:
O que ninguém esperava era que dois covers fossem incluídos no set: além de “I Feel Love”, hino da disco music eternizado na voz de Donna Summer, e cantore surpreendeu a todxs com a interpretação de “Human Nature”, lançada por Madonna há 29 anos.
De lingerie, elx mostrou que definitivamente não tem medo das críticas e do preconceito.
A fim de contextualizar: a inclusão dessa faixa, composta lá atrás pra dar aos haters um sarrafo no conservadorismo da mídia e da sociedade norte-americana diante da incursão da rainha do pop por temas “espinhosos” como sexualidade, liberdade e identidade.
Agora, ela soa mais uma vez como uma resposta bem dada aos comentários gordofóbicos e homofóbicos direcionados a Smith por mostrar seu corpo e se assumir uma pessoa não binárie — mais livre do que nunca.
O jornal The Guardian, uma das principais publicações do Reino Unido, escreveu em sua análise: “Enquanto aqueles propensos a reclamar com a Ofcom [órgão regulador dos meios de comunicação social] podem ver seu show como uma descida a um mundo de pecado e cercada pelo fogo do inferno, para Smith libertar-se da tradição parece o paraíso”.
Já queremos vê-lx no Brasil: até o momento, não se tem datas sobre a vinda do atual show do cantor para cá. Elu segue pela Europa, depois embarca para shows na América do Norte (entre Jjlho e agosto) e vai pra Oceania (entre outubro e novembro).
ATO 1: AMOR
Stay With Me
I’m Not the Only One
Like I Can
Nirvana
Too Good at Goodbyes
To Die For
Perfect
How Do You Sleep?
Dancing With a StrangerATO 2: BELEZA
I’m Kissing You
Lay Me Down
Love GoesATO 3: SEXO
Gimme
Lose You
Promises
I’m Not Here to Make Friends
Latch
I Feel Love
Restart
Gloria
Human Nature
Unholy
***
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