Por Catharina Dourado e João Victor Marques
Em 2020, quando precisou cancelar os shows que faria em São Paulo e no Rio de Janeiro, Billie Eilish prometeu que viria ao Brasil em breve. Para a nossa sorte, ela cumpriu com sua palavra e estreou nos palcos brasileiros nesta sexta-feira (24).
A cantora e compositora de 21 anos foi a principal atração do primeiro dia do Lollapalooza Brasil 2023, no Autódromo de Interlagos, tornando-se a mais jovem headliner do festival. E fez um show à altura do título histórico, viu?
Logo de cara, ela botou a multidão para cantar alto com uma sequência de faixas dos bons discos “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?” (2019) e “Happier Than Ever” (2021): “Bury A Friend”, “I Didn’t Change My Number” e “There For I Am”.
A norte-americana aproveitou e disse para a plateia: “Oi, Brasil! Eu estava esperando o momento em que eu finalmente pudesse dizer: ‘oi, Brasil!’. Demorou, hein?”. A resposta que recebeu foi um coro dos fãs: “Billie, eu te amo!”.
Não faltaram declarações de Billie para o Brasil e do Brasil para Billie. Na metade do show, antes de “You Should See Me In A Crown”, a artista contou que ouviu coisas boas sobre o público brasileiro: “Soube que vocês ficam loucos pra p*rra e parece que vocês já estão. Vamos perder a cabeça, pular, gritar”.
Ela não se decepcionou; ao contrário, ainda puxou uma bandeira do nosso país, correu pela passarela de seu palco e cantou “Billie Bossa Nova”. Levando ainda mais a galera à loucura, declarou: “Essa música é por causa de vocês”.
A estrela diminuiu o ritmo ao apresentar “Xanny”, mas voltou a energizar com as batidas de “Oxytocin” e “Ilomilo”. E era um mar infinito de gente acompanhando cada detalhe da apresentação, todo mundo curtindo e cantando junto.
Houve, ainda, um momento de voz e violão. Eilish chamou o irmão, o cantor, compositor e produtor FINNEAS, para uma performance intimista de “Wish You Were Gay”, “I Love You”, “Your Power”, “TV” – que a multidão acompanhou com as lanternas de seus celulares – “Bellyache”, “Ocean Eyes” e “Bored”.
Em seguida, um vídeo da infância de Billie anunciou “Getting Older”. “Lost Cause”, “When The Party’s Over” e “All The Good Girls Go To Hell” deram continuidade à noite, abrindo espaço para “Everything I Wanted” mostrar toda a sua força.
Depois de mais uma declaração ao Brasil – “obrigada por me receberem em seu país, eu amo vocês” -, a jovem entoou um dos maiores sucessos de sua carreira, “Bad Guy”. Não tinha quem não conhecesse a letra da música.
O êxtase continuou ao som de “Happier Than Ever”, single que dá nome ao disco mais recente. O hit levou a um final catártico do primeiro show de Billie Eilish no Brasil, que agora é uma das testemunhas do verdadeiro fenômeno que ela é.
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