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Lollapalooza Brasil 2023: Ludmilla promete surpresas para show no festival

No Lollapalooza Brasil do ano passado, Ludmilla subiu em um dos palcos montados no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, para fazer uma participação especial no show da norte-americana Kehlani.

Aquele, era um momento imenso para todo mundo: a volta do festival pós-pandemia e a celebração da América Latina, especialmente o Brasil, como potência frente à grandes nomes da música internacional.

Um ano depois, neste sábado (25), a voz de “Numanice #2” (2022) retorna ao mesmo lugar, só que no palco principal, para um show solo e, agora, pavimentada com uma multidão que a acompanha, independetemente do estilo que canta, e com shows históricos que já fez, como o do Rock In Rio 2022 e no Festival de Verão Salvador.

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O momento se torna ainda mais único uma vez que a apresentação será seu primeiro show desde o lançamento de “Vilã”, quinto álbum de estúdio que estreou nesta sexta-feira (24) e já soma mais de 75 milhões de reproduções, em suas primeiras 24 horas.

Foto: Gabriela Schmidt

Ao Papelpop, em uma entrevista por e-mail, a cantora revelou que trabalha na concepção da apresentação que fará no Lolla BR desde o final do ano passado e prometeu, ainda, surpresas para quem escolher vê-la no Palco Budweiser no sábado à tarde.

“Estou testando umas novidades, alinhando coisas, tirando outras, enfim! Há novidades estruturais, principalmente visual, mas sempre priorizando a qualidade sonora e a parte musical”

Quem não lembra o icônico momento no Palco Sunset do Rock In Rio 2022 em que a cantora convidou ao show a dupla de rappers Tasha & Tracie, a MC Soffia, a cantora Majur e a lendária funkeira Tati Quebra Barraco? Pois bem, questionada sobre uma possível repetição do feito, ela desviou do assunto.

“Surpresa, viu?! [risos]”

Foto: Ygor Marques

Ela contou, também, que dar à luz ao novo disco, neste momento da carreira, simboliza fazer valer a pena toda sua obstinação em lutar pelas próprias conquistas. Aqui, Ludmilla se apropria de um alterego de vilã para ofuscar todos os holofotes que lhe foram acesos em situação inoportunas a sua real missão: fazer música!

“Trouxe à tona a ‘Vilã’, que, por muitas vezes foi como me enxergaram, principalmente quando me vi envolvida em polêmicas, que se sobrepuseram, em alguns momentos, à minha música”

Abaixo, leia o bate-papo na íntegra:

Papelpop – Sua grande estreia como atração do Lollapalooza Brasil acontece um dia depois do lançamento de “VILÔ, quinto álbum da carreira. O que esse show vai ter de novo? Projeções? Estruturas? Ballet? Looks?

Ludmilla – Estou montando este show desde o final do ano passado, testando umas novidades, alinhando coisas, tirando outras, enfim… Claro que há novidades estruturais, principalmente visual, mas sempre priorizando a qualidade sonora, a parte musical, que é o sentido de tudo. Vocês vão poder conferir tudo, quando assistirem.

PP – No Lolla do ano passado, você fez uma participação no show de Kehlani, foi massa, eu tava lá… e, agora, quero saber quem vai estar no seu palco. Você já convidou alguém?

L – Surpresa, viu?! [Risos!]

PP – O álbum marca essa sua grande volta ao mundo pop e, pelo que a gente viu você comentando por aí, você tá muito empolgada. O que a sua skin pop tem que sua skin pagodeira não tem?

L – Nossa! Que pergunta… nunca tinha parado para equiparar essas “skins”. A pop, além de ter um leque maior de estilos musicais, conta, também, com um trabalho estético e visual. Claro que, em todos os meus ritmos, há uma identidade que não só os nomes, para o público ver e já se ligar. Hoje entendo que o publico vê a cor roxa e já remete ao “Numanice”; vê um neon rosa, já imagina “Lud Session” e assim vai. Em “Vilã”, que tem essa vertente pop, lancei mão ainda mais destes recursos e, desde o Rock in Rio, venho desvendando essa minha faceta.

PP – Em uma live do Instagram, você contou que as músicas de “VILÔ são diferentes do que costumamos ouvir no mercado nacional e que o processo de produção começou há alguns anos. Qual a música mais velha desse álbum e qual a mais nova? E por que demorar tanto pra lançar ele?

L – Acredito muito que as coisas acontecem quando têm que acontecer. Este álbum foi um trabalho artesanal, levou o tempo que precisava para ser realizado e eu consegui encaixar tudo o que eu tinha vontade de expressar com este trabalho. A música mais antiga, se não me engano, é “Solteiras Shake”, foi feita antes da pandemia e conta com a parceria do Rasool Diaz. A mais recente é “Eu Só Sinto Raiva”, que fiz em dezembro, escrevi baseada na história de uma pessoa que conheço.

PP – Aproveitando a deixa, o título do novo disco é bem ousado e dá margem para muitas interpretações. O que passou na sua cabeça, quando você decidiu ele? Você é uma vilã de qual tipo?

L – Na verdade, criei multiversos dentro da minha carreira, né? Os projetos que criei ganharam vida, personas, identidade e, acima de tudo, alma. Cada um tem suas particularidades, mas uma coisa em comum muito importante: a minha dedicação, minha obstinação por fazer música com qualidade. Com este alter ego pop não foi diferente, trouxe à tona a vilã, que, por muitas vezes, foi como me enxergaram, principalmente quando me vi envolvida em polêmicas, que se sobrepuseram, em alguns momentos, à minha música, que sempre foi o meu foco principal. Então, agora, mais madura, acolhi esta, que é uma versão que não é genuína — quem me conhece, sabe! mas acolhi — não como personalidade, mas como uma persona deste trabalho porque faz parte de uma imagem que fabricaram para mim e me acompanhou por tanto tempo.

***

O novo trabalho de estúdio da Ludmilla estreou nesta sexta-feira, dia 24, e conta com 14 faixas. Entre elas, as já conhecidas “Sou Má”, com Tasha & Tracie, e “Nasci Pra Vencer”, ambas estrearam em fevereiro deste ano.

Ouça o quinto álbum de estúdio de Ludmilla aqui:

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