Entrevista — Melissa Barrera define “Pânico VI” como “impetuoso” e fala sobre ausência de Neve Campbell

Falta muito pouco para os fãs de “Pânico” lotarem novamente as salas de cinema e assistirem ao sexto filme da franquia, que entrará em cartaz nesta quinta-feira (9) no Brasil.

O Papelpop conversou com Melissa Barrera, a intérprete de Sam Carpenter, que nos revelou alguns detalhes da nova produção — descrita como uma das sequências mais assustadoras e brutais até o momento.

Pela primeira vez longe da pequena cidade de Woodsboro e ambientado na cidade de Nova York, a protagonista contou que este é um dos pontos que aumentam a tensão da nova trama.

“Às vezes terminávamos de filmar uma sequência e eu me sentia como se não pudesse respirar, sabe? Me sentia tipo: ‘meu Deus, isso foi intenso’”, disse a atriz.

E é claro que o Ghostface, o grande vilão da franquia, está ainda mais cruel. Ao descobrirem um covil com diversas munições e versões do assassino, ela ressaltou que o mascarado não teme mais a exposição.

“Não é mais como se o Ghostface tivesse medo de atacar pessoas em público agora. Esse Ghostface é impiedoso.”

Este é o segundo filme da saga em que Melissa aparece. A atriz estreou em “Pânico 5”, no último ano, junto a uma nova formação de protagonistas. Entre os nomes que inovam a franquia, destaca-se Jenna Ortega.

“Ela é uma pessoa muito engraçada para se ter por perto. Ela é muito engraçada e muito profissional”, revelou ela sobre a colega.

E se por um lado há a continuidade de ganhos no elenco, “Pânico 6” também conta com uma ausência inédita — e muito sentida pelos fãs da franquia.

Neve Campbell, a atriz que durante os cinco primeiros filmes interpretou Sidney Prescott, a protagonista original da saga, não retornará para a produção por questões de desacordos salariais.

Em janeiro deste ano, os roteiristas Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett disseram ao Papelpop que as portas para Neve continuam abertas, e é isso que Melissa espera.

“Foi estranho não ter ela lá, obviamente. Eu fiquei muito triste quando fiquei sabendo que ela não estaria com a gente, mas nós conversamos, trocamos mensagens e ela me deu sua benção. Isso me ajudou a me sentir mais confiante em fazer este filme”, revelou a atriz, sobre sua troca com a veterana.

Leia a entrevista com Melissa:

Papelpop — Muitas pessoas do elenco e da produção tem falado sobre “Pânico 6” ser o mais intenso de todos e mais sanguinário que nunca. Mas, na experiência que você teve durante as gravações, o que o torna tão assustador?

Melissa Barrera — Eu acho que Nova York o deixa tão assustador. Há muitas sequências e grandes partes com muitas pessoas ao redor, que o fazem ficar mais assustador, porque não é mais como se o Ghostface tivesse medo de atacar pessoas em público, agora. Esse Ghostface é impiedoso! Eu acho que você também pode passar mais tempo com os personagens que sobreviveram, então quanto mais você os ama, mais difícil fica quando eles são atacados. Tudo isso o deixa mais assustador.

E, não sei, acho que as cenas sequenciais têm sido muito intensas. Eu me senti dessa maneira, vários de nós nos sentimos assim enquanto estávamos filmando-as. Às vezes terminávamos uma sequência e eu me sentia como se não pudesse respirar, sabe? Me sentia tipo: ‘meu Deus, isso foi intenso’. Sentir isso é o que nos leva a dizer que o filme será em um outro nível, brutal!

Papelpop — “Pânico 6” será o seu segundo filme na franquia. É claro que a audiência já ama a sua personagem, mas como foi preparar uma versão mais madura de Sam, já que ela sofreu um grande trauma no último filme?

Melissa Barrera — É interessante, quero dizer, é sempre legal ter a possibilidade de retornar a uma personagem e “crescer” com ela, mostrar lados diferentes dela, então estava muito animada. Acho que essa Sam, no sexto filme, nós podemos desvendar ela um pouco mais; no quinto, ela estava muito resguardada. E foi apenas no final em que você pode ver um pouco do que estava dentro dela, e acho que por conta do que aconteceu no quinto filme, algo quebrou e agora podemos ver uma versão mais aberta e vulnerável dela. Agora ela é a irmã mais velha, ela tem pessoas para proteger, não é apenas ela agora. Ela está tomando conta do papel de protetora e isso pode ser assustador para alguém, e exige muito também. Estou ansiosa para as pessoas experimentarem esse lado dela, e verem o quanto ela cresceu neste filme também.

Papelpop — E se você é fã da franquia tanto quanto eu, você provavelmente sentiu a falta de Neve Campbell no elenco. Como foi gravar o filme sem a protagonista original? Como sua ausência fará parte da narrativa?

Melissa Barrera — Ai, meu Deus! Foi estranho! Foi estranho não ter ela lá, obviamente. Eu fiquei muito triste quando fiquei sabendo que ela não estaria com a gente, mas nós conversamos, trocamos mensagens e ela me deu sua benção. Isso me ajudou a me sentir mais confiante em fazer este filme. Sidney é uma presença, você não pode eliminá-la da história porque ela é a origem. Ela é presente no sexto filme, mesmo que ela não esteja nele, ela está em volta dele.

Acredito que o que é tão bom sobre esta versão é que você realmente pode conhecer os novos personagens que foram apresentados no quinto filme, você pode passar tempo com eles. Então, esperançosamente, se o filme for bem e nós consigamos fazer outro, Sidney sempre pode voltar, sabe? Porque ela está viva, ela está lá. Eu não sei, foi estranho, mas eu acho que ela ficará orgulhosa do que fizemos.

Papelpop — E você também interpreta a irmã mais velha de Jenna Ortega. Vocês acabam trocando algumas dicas, já que suas personagens são tão próximas? Como é trabalhar com ela?

Melissa Barrera — É tão fácil trabalhar com ela! É como se ela fosse minha irmã mais nova, então a dinâmica é tão natural e tão real, você pode ver mais das irmãs juntas neste filme. Ela é uma pessoa muito engraçada para se ter por perto, ela é muito engraçada e muito profissional. Eu amo que compartilho muito do meu tempo de tela com ela e que pudemos fazer isso novamente. É muito lindo.

Papelpop — E o que podemos esperar de Sam em uma futura sequência? Quero dizer, se ela continuar viva…

Melissa Barrera — Honestamente, a sua suposição é tão boa quanto a minha, porque eu não recebo nenhuma informação antes do tempo. Se nós fizermos outro filme, se a Sam sobreviver ao sexto — nós não sabemos se ela sobrevive — mas eu sempre torço para mais e mais filmes de “Pânico”. Sabe, sendo parte disso ou não, desde que as pessoas os queiram e estejam lá para eles, eles vão continuar fazendo. Então estou animada que James e Guy, os escritores, estão à frente disso, e esperançosamente, se houver outros filmes, Matt e Tyler [os diretores] poderão continuar expandindo essa franquia de uma maneira linda. Estou tão orgulhosa deles, com o que fizeram com este filme. Acho que os fãs vão ficar muito felizes, apenas acho que é um filme muito bom. Estou ansiosa para que seja lançado, porque acho inesperado, inovador, diferente, é verdadeiro à “Pânico”, mas também verdadeiro com Matt e Tyler. É uma viagem empolgante, eu me diverti muito assistindo.

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Pintado como uma carta de amor aos filmes de terror, “Pânico VI” é o sexto filme de uma das franquias mais lucrativas e duradouras do terror, dentro do subgênero slasher. Enquanto a direção é assinada por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, o roteiro foi escrito por Guy Busick e James Vanderbilt.

Além de Melissa Barrera e Jenna Ortega, Mason Gooding e Jasmin Savoy Brown formam o núcleo de jovens protagonistas. Sem Neve Campbell, Courteney Cox é a única do elenco original a retornar ao filme, que tem estreia marcada para o dia 9 de março no Brasil e dia 10 de março no mundo todo.

Assista (ou reveja) ao trailer abaixo: