Em uma entrevista à revista Attitude, que foi ao ar nesta quarta-feira (8), Alice Oseman, escritora da série literária “Heartstopper”, revelou que a assexualidade será um dos principais temas retratados na segunda temporada da adaptação.
A condição será explorada a partir das experiências de Isaac Henderson, personagem interpretado por Tobie Donovan e que é amigo dos protagonistas Charlie (Joe Locke) e Nick (Kit Connor).
“A assexualidade será discutida na TV em grande estilo. Estou animada. Espero que isso mude o mundo”, disse ela. “Espero que quando isso acontecer em Heartstopper, não pareça uma lição. Você conhece Isaac, você se importa com ele, e agora você vai aprender algo novo sobre ele”, continuou.
Na sequência, a autora explicou mais sobre o termo na sigla LGBTQIAP+: “O ‘A’ significa assexual ou arromântico. Essas palavras significam pouca ou nenhuma atração sexual, ou pouca ou nenhuma atração romântica. Isso confunde muitas pessoas porque, para a maioria, isso é a mesma coisa.”
Vale lembrar que a produção acompanha Charlie e Nick, um garoto bastante meigo e um fã de rúgbi, respectivamente. Os garotos iniciam uma amizade no ambiente escolar, mas logo percebem a evolução para um romance e engatam em uma relação.
Além de Connor e Locke, Yasmin Finney, William Gao, Corinna Brown, Kizzy Edgell, Cormac Hyde-Corrin, Tobie Donovan, Rhea Norwood e Sebastian Croft completam o elenco da narrativa. Eles atuam sob a direção de Euros Lyn, conhecido por seus trabalhos em “Doctor Who” (2005-) e “Sherlock” (2010-2017).
Com a segunda e terceira temporada garantidas pela companhia, a primeira leva de episódios de “Heartstopper” já está disponível na Netflix. Relembre o trailer:
Pela primeira vez, a dupla Kit Connor e Joe Locke veio ao Brasil para abrilhantar o palco da CCXP 22 e conhecer a multidão de fãs enlouquecidas pela adaptação de “Heartstopper”.
As apresentadoras logo questionaram como eles enxergam o sucesso e os impactos da série para a população LGBTQIAP+. “Positivos. As pessoas se sentem vistas e representadas, principalmente o público mais velho que não teve isso na juventude. É especial demais”, afirmou Connor.
Já Locke foi mais emotivo em sua resposta: “Uma série mostra uma felicidade queer linda! A gente precisa disso. É algo de que me orgulho muito, meu primeiro trabalho ter esse grande impacto”. Fofo, né, gente?
Os atores, inclusive, contaram que já sabiam do amor dos fãs brasileiros pela série antes mesmo da estreia, especialmente pelos tuítes vindos do público daqui. Damos o nome, como sempre!
Ainda falando sobre representatividade LGBTQIAP+, Kit se abriu: “É sobre se amar, se aceitar e aceitar as diferenças. Aprendi a fazer isso no último ano. Ter oportunidade de interpretar um personagem que incentiva as pessoas a se assumirem para seus pais e viver uma vida autêntica é incrível”.
A série foi confirmada para as temporadas 2 e 3. A Netflix, aliás, anunciou o fim das gravações da segunda leva de episódios nesta semana. Mas eles deram poucas pistas sobre o tema.
“A gente parou de filmar na quinta-feira e viemos para o Brasil horas depois, então está tudo fresco”, brincou Joe. Já Kit deixou maiores dicas no ar: “Vocês podem se preparar para as dramas avançarem, as relações também”.
Carol Moreira, então, perguntou se a relação dos personagens deles, Nick e Charlie, cresce. “Vocês vão ter que descobrir!”, disse Kit. Afff, queremos!
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