Babilônia

10 motivos para assistir “Babilônia”, filme que estreia nesta quinta-feira (19) nos cinemas

A partir de hoje, temos uma nova produção de um queridinho da Academia em cartaz. “Babilônia” estreou nesta quinta (19) nos cinemas e é o novo longa de Damien Chazelle, responsável por “La La Land” (2016) e “Whiplash: Em Busca da Perfeição” (2014). Quando você vê o nome dele em cartaz, sabe que se trata de uma grande produção que ouviremos bastante na temporada de premiações.

Ele não quer saber de romance, ele não quer saber de musical. Em “Babilônia“, ele quer prestar uma homenagem definitiva ao cinema mostrando num ritmo desenfreado e insano como era o glamour de se fazer filme no século passado. É lindo, é chocante, comovente e louco. Por isso, listamos aqui 10 motivos para você assistir “Babilônia” nos cinemas! Além de riscar mais um na sua listinha de filmes para ver antes do Oscar.

Um momento histórico contado de uma forma provocante

Em “Babilônia”, a gente entra nos bastidores mais íntimos de Hollywood durante as décadas de 20 e 30 e acompanhamos astros num momento de ascensão, anônimos querendo um lugar em frente às câmeras, carreiras surgindo e carreiras sendo destruídas. Porém, mesmo sendo uma ficção, a história acontece num momento real de Los Angeles: quando o cinema deixa de ser mudo e passa a ter sons. Isso provoca uma onda de transformações nos bastidores que nos coloca numa parte da história da sétima arte que nem imaginávamos que era assim.

Esse momento do cinema já foi contado algumas vezes, como no filme “Dançando na Chuva” (que, inclusive, é citado!). Porém, Damien Chazelle quer mostrar aqui como o glamour, as festas e a imagem das estrelas foram mudando no meio de tudo isso. Não é um romance, não é um drama, é o puro suco do caos acontecendo na nossa frente. Como se ele nos dissesse “Agora vocês verão o lado proibido da história”.

Conheça o caos que era gravar um filme

(Foto: Divulgação)

É muito diferente você encarar uma obra feita muito tempo antes de você nascer. Já parou pra pensar como era feito um filme numa época que não havia sons, efeitos especiais digitais e os estúdios não eram tão gigantescos? Aqui você vai ver!

Em “Babilônia“, você conhece até a forma como eram escritas as placas que passavam com as falas dos personagens no meio das cenas. Há um momento que reúne de uma vez só todos os bastidores da gravação de um filme, junto com todos os perrengues e bagunças de uma grande produção. Há também os estrelismos dos atores, o envolvimento dos chefões, os surtos de um diretor, é maravilhoso de ver.

Margot Robbie se prova a atriz do momento novamente

(Foto: Divulgação)

Ela não para! Ao longo dos últimos anos, Margot Robbie tem se envolvido em grandes produções que mostram como ela é uma atriz versátil, chamando a atenção da Academia duas vezes já com “Eu, Tonya” e “O Escândalo”.

Agora, em “Babilônia”, ela vive Nellie LaRoy, uma mulher que sonha em ser uma grande atriz de Hollywood. Sabe aquele tipo de pessoa que sabe que brilha, mesmo quando ninguém acredita? E aí ela vai e entrega tudo? Ela é assim e consegue de cara ser uma das atrizes do momento. Porém, Nellie LaRoy é inconstante e cheia de atitudes duvidosas e precisa de uma baita atuação para mostrar a confiança enorme dela nas loucuras que ela faz. E a Margot Robbie consegue!

Um novo astro surge: Diego Calva

(Foto: Divulgação)

Diego Calva protagoniza o filme ao lado de Margot Robbie e nós saímos da sala de cinema já querendo ele em mais projetos. O ator mexicano vive Manny Torres, um amante de cinema que sonha em ser um grande produtor, mas começa o filme limpando bosta de elefante (literalmente) e fazendo o trabalho sujo como assistente. Porém, ele começa a ver as portas se abrindo para ocupar espaços mais importantes na indústria e começa a realizar seu sonho. Essa é a primeira grande produção de Diego Calva nos cinemas e ele assume o papel como se fosse já um hábito. Na tela, a gente enxerga claramente como ele fez o personagem ir de ingênuo quando tinha grandes sonhos até começar a entender a malícia de Hollywood. Ele já foi indicado ao Globo de Ouro com o filme e estamos apostando em ver ele mais na temporada de premiações.

Você vai ficar chocado com várias cenas DOIDAS!

Se você estava acostumado em ver Damien Chazelle contando uma história de amor em “La La Land” ou até com uma trama inspiradora em “Whiplash”, nada te prepara para o que você verá em “Babilônia”! O intuito do filme é mostrar como os bastidores do cinema e dos astros de Hollywood eram cheios de depravação, sexo e festas absurdas o mundo, como se o estrelato livrassem as celebridades das morais.

Então, o filme não poupa em ilustrar o quão absurdas as vontades de alguém com dinheiro poderiam ser. Tem fetiches explícitos envolvendo sexo que até hoje são considerados tabus, uso exacerbado de drogas, mortes trágicas que são abafadas e até acidentes completamente inusitados. Não vamos entrar em detalhes, mas há uma cena com uma cobra que assistimos aflitos! Hahahaha.

A trilha sonora é impecável!

Quem conhece os trabalhos de Damien Chazelle sabe que ele sempre gosta de entregar uma grande experiência sonora. Tanto que “Whiplash” ganhou o Oscar de Melhor Mixagem de Som e “La La Land” levou estatuetas por Melhor Canção Original e Melhor Trilha Sonora nas mãos de Justin Hurwitz. O compositor norte-americano é um grande parceiro do diretor e está envolvido nos projetos de Chazelle desde o primeiro filme. Agora, em “Babilônia” a parceria se repete e a qualidade da trilha sonora do filme é tão impecável que já levou Globo de Ouro na categoria neste mês.

Mesmo não sendo um musical como “La La Land”, a música é essencial para dar o tom grandioso e frenético da história e está presente durante todo o mundo. Muitas das vezes mostrada com banda para parecer ao vivo em cena. Inclusive, o assunto também é importante pois a música é parte da trama do personagem Sidney Palmer, interpretado por Jovan Adepo. Ele vive um musicista que começa a atingir um sucesso maior em Hollywood quando os filmes começam a ter som.

Elenco coadjuvante de peso

(Foto: Divulgação)

Enquanto vemos Nellie LaRoy e Manny conquistando o espaço deles em Hollywood, a gente acompanha algumas histórias paralelas que são tão boas quanto. Brad Pitt, por exemplo, interpreta um ator que é simplesmente o astro do momento no cinema mudo. Porém, ele começa a decair ao não se encaixar mais quando os filmes ganham sons. Além disso, acompanhamos qual era a situação dos talentos pretos na indústria, numa época em que o segregacionismo nos EUA estava perto do fim, por meio do personagem Sidney Palmer. Também vemos Jean Smart (“Hacks”) no papel de uma crítica de cinema aclamada, que dá o tom da fofoca no filme e também mostra como a fama é efêmera no olhar de alguém que acompanha de longe.

Para fechar esse elenco, temos a introdução de Tobey Maguire no filme, que chega na última hora do filme para promover um caos completo sem precedentes. Não vamos contar absolutamente nada, mas o que ele mostra no filme vai marcar a vida dos personagens e vai marcar a sua cabeça com algumas imagens fortes…

Fotografia de brilhar os olhos do começo ao fim

Não ficaremos surpresos se “Babilônia” se destacar nas categorias técnicas na temporada de premiações, pois durante três horas de filme a gente vê cenários grandiosos, figurino impecável e um jogo de câmera que parece querer te mostrar tudo ao mesmo tempo nos mínimos detalhes. Parece que estamos vivendo um sonho louco e isso com certeza é proposital, já que o intuito do filme é traduzir na ficção o glamour de Hollywood, como se o sonho da fama fosse realmente tudo o que a gente imagina e muito mais.

Ele é feito para aqueles que amam a arte do cinema

(Foto: Divulgação)

Não é novidade que Damien Chazelle ama homenagear a história do cinema. A gente enxerga isso nas produções anteriores dele, contadas das mais diferentes formas e em outras perspectivas. Mas aqui, parece que o diretor dá a canetada definitiva na carta de amor que ele quer escrever à indústria. Durante todo o momento, a gente é lembrado como fazer cinema é mágico e como os filmes impactam o imaginário do público e criam o desejo de viver novas histórias e estimular emoções. Em “Babilônia” ele conta como a sétima arte chegou ao nível gigantesco que se encontra hoje e parabeniza os envolvidos nesse processo.

***

A gente sabe que bateu aquela vontade e curiosidade de ver tudo isso que estamos falando. Pois aproveite porque “Babilônia” já está em cartaz, exclusivamente nos cinemas!

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