Não é nenhuma novidade que Taylor Swift é uma das maiores compositoras de sua geração. A cantora, aos 32 anos de idade e 16 de carreira, ganhou o público ao lançar seu primeiro single “Tim McGraw”, em 2006.
Desde então, acompanhada de suas letras afiadas e cheias de emoções, ela saiu do topo das paradas countrys e se tornou uma das maiores estrelas do pop, acumulando um total de 11 Grammys — três de Álbum do Ano, a primeira mulher a atingir tal feito.
Para provar que a loirinha é mesmo uma das boazudas da parada, o Papelpop reuniu dez canetadas dos últimos anos que mostram todo o poder linguístico e gramatical da blondie. Ain! Confira a lista abaixo:
A parceria com Bon Iver foi lançada em 2020 no álbum “Folklore”, que garantiu o terceiro Grammy de Álbum do Ano para a cantora. Ainda que não tenha sido um single, a faixa sofrida foi um grande sucesso, marcando presença até mesmo na trilha sonora da série “You”, da Netflix. Confira um trecho da canção:
“I think I’ve seen this film before / And I didn’t like the ending / I’m not your problem anymore / So who am I offending now? / You were my crown / Now I’m in exile, seein’ you out”.
“Eu acho que já vi esse filme antes / E eu não gostei do final / Não sou mais um problema seu / Então, quem estou ofendendo agora? / Você era minha coroa / Agora estou em exílio, vendo você partir”.
“Maroon” é a segunda faixa presente na tracklist do álbum “Midnights”, que chegou em 2022 nas plataformas digitais. A canção recorda um relacionamento que não existe mais, mas que deixou uma cicatriz. Afinal, por que falar que alguém te marcou quando você pode dizer…
“The burgundy on my t-shirt / When you splashed your wine into me / And how the blood rushed into my cheeks / So scarlet, it was (maroon) / The mark they saw on my collarbone / The rust that grew between telephones / The lips I used to call home / So scarlet, it was (maroon)”.
“O vermelho na minha camisa / Quando você derramou o seu vinho em mim / E como o sangue se juntou em minhas bochechas / Tão escarlate, era (bordô) / A marca que eles viram na minha clavícula / A ferrugem que cresceu entre os telefones / Os lábios que eu costumava chamar de lar/ Tão escarlate, era (bordô)”.
Seguindo na onda do sofrimento, em “Illicit Affais”, mais faixa do disco “Folklore” (2020), Taylor canta sobre a dependência emocional criada a partir de relacionamentos paralelos e encontros clandestinos, popularmente conhecidos como adultério. Olha só:
“And you wanna scream / Don’t call me kid, don’t call me baby / Look at this godforsaken mess that you made me / You showed me colors you know I can’t see with anyone else / Don’t call me kid, don’t call me baby / Look at this idiotic fool that you made me / You taught me a secret language I can’t speak with anyone else / And you know damn well / For you, I would ruin myself / A million little times”.
“E você quer gritar / Não me chame de criança, não me chame de amor / Olhe para esse maldito desastre em que você me transformou / Você me mostrou cores que você sabe que não posso ver com mais ninguém / Não me chame de criança, não me chame de amor / Olhe para essa patética imbecil em que você me transformou / Você me ensinou uma linguagem secreta que não consigo conversar com mais ninguém / E você sabe muito bem / Que por você, eu me arruinaria / Um milhão de pequenas vezes”.
Como diria a eterna Marília Mendonça… Amante não tem lar! Em uma das faixas mais queridas pelos fãs, a cantora aborda o lado amante de um triângulo amoroso que deixou de existir, mas que é marcado pelas expectativas. Olha só:
“Back when we were still changing for the better / Wanting was enough / For me, it was enough / To live for the hope of it all / Cancel plans just in case you’d call / And say: Meet me behind the mall / So much for summer love and saying us / ‘Cause you weren’t mine to lose / You weren’t mine to lose, oh”.
“Quando ainda estávamos mudando para melhor / Querer era o suficiente / Para mim, era o suficiente / Viver pela esperança de tudo aquilo / Cancelar planos só para o caso de você ligar / E dizer: Me encontre atrás do shopping / Tudo isso por um amor de verão e um nós / Porque você não era meu para eu perder / Você não era meu para eu perder, oh”.
Em uma das faixas virais do recente “Midnights”, Taylor Swift dá aquela lição de moral em todos nós. A loirinha mostra toda a superação de problemas, a parte boa de alguns deles, além de afirmar que todos estamos sozinhos, mas que está tudo bem! Fofinha, vai!
“From sprinkler splashes to fireplace ashes / I gave my blood, sweat, and tears for this / I hosted parties and starved my body / Like I’d be saved by a perfect kiss / The jokes weren’t funny, I took the money / My friends from home don’t know what to say / I looked around in a blood-soaked gown / And I saw something they can’t take away / ‘Cause there were pages turned with the bridges burned / Everything you lose is a step you take / So, make the friendship bracelets, take the moment and taste it / You’ve got no reason to be afraid / You’re on your own, kid / Yeah, you can face this / / You’re on your own, kid / You always have been”.
“Dos respingos dos sprinklers, até as cinzas da lareira / Eu dei meu sangue, suor e lágrimas por isso / Eu organizei festas e deixei o meu corpo faminto / Como se eu fosse ser salva por um beijo perfeito / As piadas não era engraçadas, eu peguei o dinheiro / Meus amigos de casa não sabem o que dizer / Eu olhei em volta em um vestido encharcado de sangue / E vi algo que eles nunca poderão tirar de mim / Porque as páginas tinham sido viradas e decisões foram tomadas / Tudo que você perde é um passo que você dá / Então faça pulseiras da amizade, agarre o momento e saboreie / Você não tem motivos para ter medo / Você está sozinha nessa, criança / Sim, você pode encarar isso / Você está sozinha nessa, criança / Você sempre esteve”.
Parte do disco “Folklore”, “The Last Great American Dinasty” conta a história de uma das antigas residências de Taylor, a mansão de Rhode Island, que sediou inúmeras festas da cantora.
Para isso, a loirinha faz um paralelo entre a sua história com a da antiga moradora da residência, Rebekah West Harkness — compositora e bailarina conhecida por suas extravagâncias e que não era bem-vinda pela vizinhança. Olha só:
“They say she was seen on occasion / Pacing the rocks, staring out at the midnight sea / And in a feud with her neighbor / She stole his dog and dyed it key lime green / Fifty years is a long time / Holiday House sat quietly on that beach / Free of women with madness, their men and bad habits / And then it was bought by me / Who knows, if I never showed up, what could’ve been / There goes the loudest woman this town has ever seen / I had a marvelous time ruining everything”.
“Dizem que ela era vista de vez em quando / Andando pelas rochas, olhando para o mar da meia-noite / E em uma briga com seu vizinho / Ela roubou seu cachorro e pintou-o de verde limão / Cinquenta anos é muito tempo / A Casa de Férias permaneceu silenciosamente naquela praia / Livre de mulheres com loucura, seus homens e hábitos ruins / E então foi comprada por mim / Quem sabe, se eu nunca tivesse aparecido, o que poderia ter sido / Lá se vai a mulher mais escandalosa que essa cidade já viu / Eu me diverti bastante estragando tudo”.
Essa música com álcool e crédito no pré-pago faz estrago! “Champagne Problems” faz parte do disco “Evermore” e dita aquele relacionamento unilateral, sob a perspectiva da pessoa menos interessada, que não está pronta para assumir compromissos mais sérios. Segue a canetada:
“Your Midas touch on the Chevy door / November flush and your flannel cure / This dorm was once a madhouse / I made a joke: Well, it’s made for me / How evergreen, our group of friends / Don’t think we’ll say that word again / And soon they’ll have the nerve to deck the halls / That we once walked through / One for the money, two for the show / I never was ready so I watch you go / Sometimes you just don’t know the answer / Till someone’s on their knees and asks you / She would’ve made such a lovely bride / What a shame she’s fucked in the head, they said / But you’ll find the real thing instead / She’ll patch up your tapestry that I shred / And hold your hand while dancing / Never leave you standing / Crestfallen on the landing / With champagne problems / Your mom’s ring in your pocket / Her picture in your wallet / You won’t remember all my / Champagne problems”.
“Seu toque de Midas na porta do Chevy / O frio de novembro, a sua flanela curou / Este dormitório já foi um hospício / Eu fiz uma piada: Bem, foi feito para mim / Quão perene, nosso grupo de amigos / Não acho que vamos dizer essa palavra de novo / E logo eles terão coragem de enfeitar os corredores / Que uma vez percorremos / Um pelo dinheiro, dois pelo show / Eu nunca estive pronta, então eu vejo você ir / Às vezes você simplesmente não sabe a resposta / Até que alguém fique de joelhos e te pergunte / Ela teria sido uma noiva tão adorável / Que pena que ela é fodida da cabeça, disseram / Mas você encontrará a coisa real, em vez disso / Ela vai remendar sua tapeçaria que eu destruí / E segurar sua mão enquanto dança / Nunca te deixar aí parado / Devastado no patamar / Com problemas insignificantes / O anel da sua mãe no seu bolso / A foto dela na sua carteira / Você não vai se lembrar de todos os meus / Problemas insignificantes”.
Now it’s time for a little revenge! Que a loirinha é boa em colocar a melancolia em suas composições, isso não é novidade. Na quinta faixa do disco “Folklore”, posição reservada tradicionalmente às letras mais emocionais dos álbuns da cantora, Taylor fala sobre a mistura de raiva, tristeza e aborrecimento com o fim de uma relação. Confira um trecho:
“And I can go anywhere I want / Anywhere I want, just not home / And you can aim for my heart, go for blood / But you would still miss me in your bones / And I still talk to you (when I’m screaming at the sky) / And when you can’t sleep at night (you hear my stolen lullabies) / I didn’t have it in myself to go with grace / And so the battleships will sink beneath the waves / You had to kill me, but it killed you just the same / Cursing my name, wishing I stayed / You turned into your worst fears / And you’re tossing out blame, drunk on this pain / Crossing out the good years / And you’re cursing my name, wishing I stayed / Look at how my tears ricochet”.
“E eu posso ir aonde eu quiser / A qualquer lugar que eu quiser, menos para casa / Você pode ir atrás de mim, buscar por vingança / Mas você ainda assim sentiria minha falta profundamente / E eu ainda falo com você (quando estou gritando para o céu) / E quando você não consegue dormir à noite (você ouve minhas canções de ninar roubadas) / Não era meu estilo ir embora graciosamente / E assim os navios de guerra afundarão sob as ondas / Você teve que me matar, mas isso te matou da mesma forma / Xingando meu nome, desejando que eu tivesse ficado / Você se transformou em seus piores medos / E você está se corroendo em culpa, bêbado com essa dor / Apagando os bons anos / E você está xingando meu nome, desejando que eu tivesse ficado / Veja como minhas lágrimas ricocheteiam”.
De metáforas, a loira entende! Nesta canção, parte de “Midnights”, Taylor relaciona a crise de um relacionamento com uma grande guerra. Ela aplica os traumas de relacionamentos passados em um novo amor e, quando percebe, recua sua tropa. Dá uma olhada:
“It turned into something bigger / Somewhere in the haze got a sense I’d been betrayed / Your finger on my hairpin triggers / Soldier down on that icy ground / Looked up at me with honor and truth / Broken and blue, so I called off the troops / That was the night I nearly lost you / I really thought I’d lost you / We can plant a memory garden / Say a solemn prayer, place a poppy in my hair / There’s no morning glory, it was war, it wasn’t fair / And we will never go back / To that bloodshed, crimson clover / Uh-huh, the worst was over / My hand was the one you reached for / All throughout the Great War”.
“Se transformou em algo maior / Em algum lugar em meio à névoa, eu senti que havia sido traída / Seu dedo no meu grampo de cabelo aciona / Soldado caído naquele chão gelado / Olhou para mim com honra e verdade / Quebrado e triste, então eu mandei as tropas recuarem / Aquela foi a noite em que quase te perdi / Eu realmente pensei que havia te perdido / Nós podemos plantar um jardim de memórias / Fazer uma oração solene, colocar uma coroa de flores em meu cabelo / Não há glória matutina, era guerra, não era justo / E nós nunca voltaremos / Para aquele sangue derramado, trevo carmesim / Uh-huh, o pior havia acabado / Minha mão foi a que você buscou / Durante toda a Grande Guerra”.
“All Too Well” não poderia ficar de fora da lista. Uma das preferidas da cantora e dos fãs, a canção foi lançada em 2012 e, desde então, quando Taylor mencionou que a versão original teria 10 minutos de duração, os fãs clamavam para ouvi-la.
Com a regravação do álbum “Red”, o pedido foi atendido e o resultado não poderia ser diferente da mais pura aclamação. O material, inclusive, ganhou um curta-metragem para ilustrá-lo. Confira um trecho:
“Well, maybe we got lost in translation / Maybe I asked for too much / But maybe this thing was a masterpiece ’til you tore it all up / Runnin’ scared, I was there / I remember it all too well / And you call me up again just to break me like a promise / So casually cruel in the name of bein’ honest / I’m a crumpled-up piece of paper lyin’ here / ‘Cause I remember it all, all, all / They say all’s well that ends well / But I’m in a new hell every time / You double-cross my mind / You said if we had been closer in age / Maybe it would’ve been fine / And that made me want to die”.
“Bem, talvez nós tenhamos nos perdido na tradução / Talvez eu tenha pedido por muito / Mas talvez isso fosse uma obra prima até você rasgá-la por completo / Fugindo assustada, eu estava lá / Eu me lembro disso tudo muito bem / E você me / liga de novo só pra me quebrar como uma promessa / Tão casualmente cruel em nome de ser honesto / Eu sou um pedaço de papel amassado e jogado aqui / Porque eu me lembro disso tudo, tudo, tudo / Eles dizem que tudo vai bem quando termina bem / Mas estou em um novo inferno cada vez / Que você engana a minha mente / Você disse que se tivéssemos idades mais próximas / Talvez tivesse ficado tudo bem / E isso me fez querer morrer”.
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