Três anos após o final agridoce de “Game Of Thrones”, os fãs de “As Crônicas de Gelo e Fogo”, de George R.R. Martin, puderam finalmente retornar a Westeros. Dessa vez, para acompanhar os desdobramentos de uma das guerras civis mais importantes da história dos livros.
Conhecido como A Dança dos Dragões, o período em que “House Of The Dragon”, da HBO, se passa aconteceu muito antes da saga de Arya, Bran, Daenerys, Sansa e Jon Snow, quando os Targaryen estavam no auge do seu poder e controlavam os Sete Reinos.
Mesmo com uma certa relutância por parte do fandom, a série derivada conquistou o público ao longo de seus dez episódios, entregando muita treta familiar, intriga política, violência, efeitos especiais de ponta e, claro, muitos dragões!
Com o ano chegando ao fim, o Papelpop separou alguns motivos para você que ainda não assistiu essa que, definitivamente, será uma das produções mais fortes nas premiações de 2023. Se você já viu, corre agora para a HBO Max e maratone de novo!
Como citado anteriormente, o foco do spin-off recai totalmente na família Targaryen e na guerra civil que abalou profundamente o seu poder. No primeiro ano da série, cerca de 200 anos antes de “Game Of Thrones”, é mostrado os acontecimentos mais importantes que vão culminar, nas próximas temporadas, numa guerra feroz pela legitimidade do Trono de Ferro.
Ao longo dos episódios, vemos o nascimento de duas facções que dividem o reino: os Negros, que apoiam Rhaenyra Targaryen (Emma D’Arcy), escolhida como sucessora por seu pai, o rei Viserys (Paddy Considine); e os Verdes, que defendem que seu meio-irmão, Aegon Targaryen (Tom Glynn-Carney), deve assumir o trono, por ser o primeiro filho homem do rei.
O principal ponto positivo é que toda essa história já foi contada por George R.R. Martin nos livros, então os diretores e roteiristas (e os fãs) já sabem exatamente como tudo vai acabar, podendo adaptar da forma mais fiel possível.
Uma das grandes polêmicas relacionadas às ultimas temporadas da série original foi justamente o fato de que a narrativa ultrapassou os livros, fazendo com que os showrunners, David Benioff e D. B. Weiss, a encerrassem de forma independente, não agradando grande parte do público e da crítica especializada.
Como já é comum no universo criado por Martin, os personagens de “House Of The Dragon” não são exatamente bons ou ruins, com diversas camadas que se refletem através dos seus desejos, ambições e motivações.
Além dos já citados Viserys, Rhaenyra e Aegon, a série ainda possui uma gama de peças que são de extrema importância para o desenrolar da Dança dos Dragões, com destaque para Alicent Hightower (Olivia Cooke), Daemon Targaryen (Matt Smith), Otto Hightower (Rhys Ifans), Rhaenys Targaryen (Eve Best), Corlys Velaryon (Steve Toussaint), Criston Cole (Fabien Frankel), Aemond Targaryen (Ewan Mitchel) e muito mais.
Pelo fato de serem todos uma grande família ou estarem muito próximos dentro da corte, a trama se torna ainda mais pessoal, com seus sentimentos sendo posto em cheque quando os conflitos de interesse ficam ainda mais aparentes. São esses momentos que mostram realmente o quão longe eles estão dispostos a chegar para conseguir o que querem, com a adição da atuação impecável de todo o elenco.
Quem assistiu “Game Of Thrones” sabe que, na época em que a série se passa, os dragões já estavam extintos há muitos anos, sendo grande parte disso uma consequência da Dança. Quando Daenerys choca seus três ovos petrificados, em um evento mágico que lhe deu a alcunha de Mãe dos Dragões, foi a primeira vez em que o mundo viu as criaturas em décadas.
Já no spin-off, somos agraciados com o poderio dos Targaryen em potencial máximo, sendo grande parte disso relacionado aos dragões, que só poderiam ser controlados por membros da família. De diferentes espécies, cores, tamanhos e personalidades, a primeira temporada nos apresenta 10 dos 17 animais que devem aparecer na série.
Aqui, podemos destacar a temida Vhagar, maior e mais antigo dragão de Westeros, protagonista de momentos muito importantes neste primeiro ano e nos próximos que virão. Além dela, temos também Caraxes, Syrax, Seasmoke, Meleys, Vermax, Arrax, Dreamfyre, Sunfyre e Vermithor.
Com tanto dragão assim, apenas um CGI de qualidade seria capaz de fazê-los de forma realista o suficiente para dar ao espectador a melhor experiência possível. E eles conseguiram! A primeira temporada de “House Of The Dragon” teve um orçamento de aproximadamente US$ 200 milhões, sendo US$ 20 milhões por episódio.
Comparando, o primeiro ano de “Game Of Thrones” custou para a HBO aproximadamente US$ 6 milhões por episódio, tendo chegado ao valor máximo na oitava temporada, tendo cada episódio custado US$ 15 milhões.
Tanto dinheiro investido no spin-off logo no começo resultou não só em dragões incríveis e realistas, mas também em uma fotografia muito bem trabalhada, com ambientações majestosas, jogos de câmera muito bem pensados e grande atenção aos detalhes, como em figurinos e a cenografia como um todo.
Exatamente, a série foi um sucesso! De acordo com a Warner Bros. Discovery, a estreia da temporada foi a maior da história da HBO e HBO Max, sendo assistida por quase 10 milhões de pessoas somando as duas plataformas.
Já com 9,3 milhões de espectadores, o último episódio foi o mais assistido desde o encerramento de “Game Of Thrones”, em 2019, que na época alcançou uma audiência de 19,8 milhões em seu capítulo final.
Claro que, com tamanha aclamação de público e crítica, a série já foi renovada para a segunda temporada, que — infelizmente — chegará apenas em 2024. As filmagens estão marcadas para começar no início do ano que vem e nós já não aguentamos segurar a ansiedade!
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