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O Brasil, sem novidade alguma, é um país que desde os primórdios transborda musicalidade. No entanto, para que haja essa dita atualização de discursos e estéticas, foi preciso que no passado grandes nomes abrissem caminho por entre zonas ainda desconhecidas.
A década de 1940, especificamente, nos deu de presente os maiores nomes da cultura latino-americana — em sua maioria, um time de intérpretes e compositores que ainda segue em atividade.
A idade, diz o clichê, é só um número. Abaixo, você relembra alguns dos espetáculos comandados por essa galera, turnês bem-sucedidas que cruzaram fronteiras e oceanos a fim de evidenciar o que há de mais bonito no Brasil. Vem relembrar!
É impossível começar esse texto não lembrando do show “As Várias Pontas de Uma Estrela”, derradeira experiência de Gal Costa nos palcos. Iniciada em 2021, logo após o início da vacinação contra a Covid-19, a turnê prestigiou grandes compositores que marcaram a trajetória da musa da Tropicália, em especial Milton Nascimento.
Foi dele que Gal tomou emprestado o título do espetáculo, que se encerrou em 16 de setembro, cerca de dois meses antes de sua morte repentina. Com passagens pela Europa e grandes festivais nacionais, o show circulou relativamente bem e marcou presença em capitais como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Goiânia e Porto Alegre. Gal cantou até o fim, ainda que ninguém estivesse preparado para sua partida.
A expectativa para 2023 é de que a gravação da apresentação no Coala Festival 2022 seja lançada em CD e LP. Vai ser este o jeito da gente matar, pelo menos um pouquinho, da saudade. Gal eterna!
Prolífico cantor e compositor, Milton Nascimento decidiu que era hora de fazer a “Última Sessão de Música”. Símbolo do Estado de Minas Gerais, que lhe serviu como pano de fundo e protagonista para inúmeras composições, o artista embarcou no segundo semestre de 2022 em uma turnê que foi sua despedida dos palcos (da música, ele garante, jamais se ausentar).
Com ingressos esgotados em datas nacionais e internacionais, Bituca encerrou sua jornada de cinco décadas no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, para uma plateia de 50 mil pessoas. Todos cantaram e se emocionaram com os sucessos incluídos no set, que também incluiu homenagens a grandes amigos como o Clube da Esquina (ali presente!) e Mercedes Sosa.
Aos 80 anos de idade, Gilberto Gil quis sair em turnê com a família. “Nós, a Gente” reúne os filhos Bem, José, Preta e Nara, além dos netos João, Flor, Francisco, Pedro, Gabriel, Lucas, Bento, Dom e Sereno. A nora Mariá Pinkusfeld é outro nome que se une ao ícone em cena, repassando um repertório que busca contemplar seus quase 60 anos de carreira e se revela uma grande celebração da vida.
Para quem ficou curioso a respeito de como essa dinâmica se desenrola, é possível assistir ao documentário “Viajando com os Gil”, série exclusiva do Prime Video que os acompanha durante sua passagem pela Europa. A turnê passará pelo Brasil em 2023, com um grande encerramento em Salvador.
Parece redundante dizer, mas a cada trabalho Caetano Veloso parece estar em sua melhor forma. Para a turnê do disco “Meu Coco”, ele apostou em um cenário minimalista e na revisitação de sucessos como “You Don’t Know Me”, do disco “Transa” (1972), há tempos excluída de suas apresentações.
As novas canções, claro, estão lá em posição de destaque, revelando a genialidade do mestre em composições elaboradas, dignas da complexidade verborrágica com a qual sempre estivemos acostumados. O recado é claro: sua mente continua fervilhando entre ideias. Sem samba, definitivamente, não dá!
Suntuosa em visuais, figurinos e repertório, a turnê “Portas”, de Marisa Monte, foi e segue sendo um sucesso. Com datas marcadas para 2023, a proposta revisita os 30 anos de carreira da artista (certamente, o nome mais jovem a integrar nossa lista) e celebra seu legado na escrita de canções românticas. Ao longo das duas horas de espetáculo, seu desejo de tempos melhores se transmite entremeado por uma espécie de portal, criado a partir da série “Fundos”, de Lucia Koch.
Todas essas sensações se projetam dentro de uma espécie de caixa cênica arquitetada por Claudio Torres, responsável por preencher toda a dimensão do espetáculo. A banda também merece um destaque especial! Além do músico Dadi, Chico Brown e Pretinho da Serrinha integram o time. Destaque ainda para canções que há tempos estavam fora do repertório como “Maria de Verdade” e “Comida”.
Após acompanhar o amigo Milton “Bituca” Nascimento em algumas datas da turnê “A Última Sessão de Música”, a musa Simone botou o pé na estrada e partiu rumo à divulgação do LP “Haja Terapia”, lançado em 2022.
Explorando o lado afetivo como nunca, ela celebrou os 50 anos de carreira com uma série de apresentações em Portugal, onde foi recebida com euforia no Coliseu dos Recreios. Ainda este mês, a artista toca em Teresina, no Estado do Piauí, e a expectativa é de que uma nova leva de concertos seja realizada no próximo ano.
Maria Bethânia foi outro nome que, não necessariamente, deu início a uma turnê com título e figurinos acertados. No entanto, a “abelha-rainha” celebrou seus 76 anos de vida sobre o palco.
Ela também festejou (ainda que atrasadamente, em virtude da pandemia) a estreia do documentário “Fevereiros” e agora tem viajado por grandes capitais reunindo grandes êxitos do repertório.
Não é difícil se emocionar nessas ocasiões, visto que com o passar dos anos ela tem se mostrado cada vez mais intensa nas interpretações.
É bem verdade que Chico César nunca ficou parado, para o nosso deleite. Mas, depois que a pandemia deu uma certa trégua, o cantor e compositor não quis saber de outra coisa a não ser meter o pé na tábua e partir em busca de novas conexões.
Os últimos anos trouxeram uma renovação de sua plateia (especialmente, a partir da relação que firmou com Juliette e seus milhões de fãs), além de um disco de inéditas. Em “Vestido de Amor”, que serve de apoio para as novas apresentações, o astro pop versa com leveza sobre temas essenciais ao ser-humano, conectando referências que vão da África ao Nordeste brasileiro. Imperdível!
Que tal um samba? O companheiro Chico Buarque não tem disco novo na rua, mas se apoia em um single inédito para voltar à estrada. Os planos são de uma longa temporada. A turnê da vez traz a tiracolo a talentosíssima Mônica Salmaso, com quem divide os vocais no objetivo de vislumbrar um Brasil mais otimista diante do caos completo.
O repertório contempla suas criações de modo a exaltar uma obra autoral iniciada em 1967, fechando um ciclo de 55 anos de intensa criação. Vale muitíssimo a pena assistir, especialmente se você quiser ver em ação uma lenda viva da composição.
Cheia de amor pra dar. Este foi o nome dado por Angela Ro Ro a um de seus espetáculos mais recentes. Com uma frequência menor de apresentações do que a realizada por pares seus como Caetano Veloso e Gilberto Gil, Ro Ro busca revisitar a partir da potência de seu piano os dramas de amor que a consagraram. A artista, uma das mais importantes vozes lésbicas do país e exímia compositora, segue não se intimidando ao tratar do romantismo que é força motriz de suas experiências dentro e fora dos palcos.
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