Morreu nesta quinta-feira (8), no Reino Unido, a Rainha Elizabeth II. O falecimento foi confirmado pela família real. Aos 96 anos, ela vinha fazendo poucas aparições públicas e tinha a saúde fragilizada. A causa da morte, por enquanto, ainda não foi revelada. Horas antes, ainda nesta manhã, o Palácio de Buckingham emitiu um boletim médico dizendo que seu estado de saúde era “preocupante”.
Leia aqui o comunicado oficial emitido pela família real britânica sobre a morte da rainha:
“A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã”
Nascida em Londres em 1926, ela foi a monarca mais longeva de toda a história da Inglaterra, permanecendo por 70 anos no trono. Seu pai foi o Rei George e a mãe, conhecida como “Queen Mother”, também se chamava Elizabeth.
A coroação só ocorreu em junho de 1952, e não estava prevista. Na linha de sucessão, a prioridade era de seu tio, Edward VII, que abdicou da função dando lugar ao irmão, o pai de Elizabeth. Por ser a primogênita, ela assumiu.
Sexta mulher a ascender ao trono britânico, ela só ficou mais tempo do que a tataravó, a Rainha Vitória, que passou 63 anos e 216 dias com a coroa.
Considerada uma sobrevivente do século 20, ela presenciou alguns dos eventos mais importantes de então, como a Segunda Guerra Mundial. À ocasião, ela e a irmã se mudaram para o palácio de Buckingham e chegaram a servir ao exército britânico.
Lilibeth, como era chamada pelos mais próximos, fez parte do Serviço Territorial Auxiliar das Mulheres e participou de treinamentos para as funções de motorista e mecânica. Foi nesta época em que aprendeu a dirigir.
Em 1947, ela se casou com o príncipe Philip, primo de segundo grau nomeado duque de Edimburgo. Com ele, que conheceu durante uma viagem à Grécia, a Rainha teve quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward.
Considerada digna de diplomacia, ela chegou a participar de 300 eventos oficiais por ano. As relações que manteve ainda com os ex-primeiros ministros britânicos também sempre foram consideradas “amigáveis”.
Nos anos 1980, estreitou laços diplomáticos com outros países e, na década seguinte, passou a ser alvo da imprensa britânica ao ser acusada de “indiferença” para com os dissabores da relação tumultuosa entre a Princesa Diana e o filho, Charles.
Segundo conta a autora do livro “Diana: crônicas íntimas”, Tina Brown, que era amiga pessoal da Princesa, Elizabeth II não era uma vilã, mas sim uma mulher educada com ideais estoicistas. “Ela, inclusive, em diversas ocasiões tentou ajudar a nora a superar a tristeza. Mas a rainha foi educada para não demonstrar sentimentos”, escreveu.
Nos últimos anos, sua agenda foi ficando reduzida. Ela cancelou, por exemplo, uma participação que faria numa missa do jubileu de 70 anos por ter se sentido indisposta. Além disso, reduziu sua presença nas festividades do aniversário de reinado.
Nesse meio tempo, o Palácio se restringiu seus comentários a respeito do estado de saúde, atribuindo a eles sempre o título de “indisposições”.
Não há informações concretas sobre o funeral.
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