A fase e o momento de Any Gabrielly chegaram! A artista paulista de 19 anos anunciou, na semana passada, sua saída do supergrupo pop Now United para dar os primeiros (e aguardados!) passos solos de sua carreira.
Em um bate-papo com o PapelPop, diretamente de Los Angeles, no dia seguinte da novidade se tornar pública, a estrela revelou que tem gestado seus trabalhos há mais de um ano, quando teve uma conversa definitiva com Simon Fuller — empresário criador do grupo e lenda viva do mundo musical, mente por trás de grandes sucessos, como Spice Girls.
Any seguirá, então, sendo agenciada e empresariada por Fuller. E revelou detalhes de onde veio a ideia de seguir em frente, sem o grupo!
“A semente foi plantada durante a pandemia. Estávamos trabalhando muito como grupo, óbvio, mas comecei a correr atrás das minhas coisas com a minha equipe. Sentávamos para conversar e criar coisas que queríamos fazer, como uma performance ao vivo, por exemplo. Não foi fácil, mas foi gostoso fazer do jeito que eu queria fazer.”
Morando no exterior e tendo a carreira sendo cuidado por um empresário de fora, logo vem a dúvida: mas, afinal, ela cantará em português ou inglês? E ela faz mistério, viu!?
A brasileira não revelou em qual idioma soltará o gogó, nem qual será o foco de seus trabalhos iniciais, mas garantiu que eles serão — como esperado — dentro do universo pop.
“Não vou falar sobre o idioma que cantarei, mas adianto que será dentro do pop. Amo o gênero, acho o mais divertido de tudo. […] O pop dá a oportunidade de fazer o que a gente quiser, seja usar uma roupa de carne, mostrar o peito no palco. (risos) Não que eu vá fazer isso, mas dá espaço de fazer o que a gente quiser e as pessoas celebram e vibram.
Na conversa abaixo, Any contou, também, que terá grande poder de decisão no show de despedida que o grupo fará em novembro, em São Paulo, e revelou com quais artistas brasileiros ela já conversa para criar músicas.
Lá vem as canetadas! Preparados, sunshines? Leia a seguir!
Papelpop – Um momento como esse merece um clichê. Se você olhar de trás para frente, vemos 5 anos entre sua entrada e sua saída do Now United. Qual a principal diferença artística que você saca?
Any Gabrielly – Eu, de fato, sei quem eu sou. Acho que, antes, 5 anos atrás, tentava ser quem eu achava que queriam que eu fosse. Tentava ser a artista que faz coisas que as pessoas gostam. Agora, entendi que eu tenho que fazer o que eu quiser, ser quem eu quiser ser e levar isso para as pessoas e não ao contrário. Essa percepção me deu um grande poder, como artista: eu controlo o jogo agora. Isso foi a maior coisa que eu aprendi, deste tempo para cá. Me sinto bem como artista, confiante, com quem eu sou.
Papelpop – Agora, fazendo umas perguntas mais objetivas, quando foi a primeira vez que você começou a pensar o projeto solo? A sementinha!
Any Gabrielly – A semente foi plantada durante a pandemia. Estávamos trabalhando muito como grupo, óbvio, mas comecei a correr atrás das minhas coisas, com a minha equipe. Sentávamos para conversar e criar coisas que queríamos fazer, como uma performance ao vivo, por exemplo. Não foi fácil, mas foi gostoso fazer do jeito que eu queria. Foi apenas plantado [a ideia do projeto solo], mas nada muito forte.
Um ano atrás, mais ou menos, foi quando eu dei um pontapé. Foi quando eu tive a conversa de: ‘Quero seguir em frente’. Acho que essa semente foi regada por diversos acontecimentos e vários momentos que senti que podia criar sem limites, do meu jeito. Quando vi que estava germinando, já falei para conseguir criar com tempo e lançar quando estivesse realmente pronto. Está tudo alinhado agora porque trabalhamos por muito tempo.
Papelpop – E como foi essa conversa com o Simon? Foi tranquila?
Any Gabrielly – Foi muito tranquila! Eu não estava tranquila. Estávamos em Santa Bárbara, aqui na Califórnia, e ele [Simon Fuller, criador do Now United] foi conversar com todos nós, um por um. Quando chegou a minha vez, decidi que era aquele dia que falaria para ele que sairia do grupo e já logo comecei a imaginar que ele não ia gostar e ficaria muito bravo. Minha fanfic desde momento era horrível. Era de terror! Mas respirei fundo e entrei na reunião. Odeio chorar em reunião, mas respirei fundo e chorei. Não de nervoso, mas de emoção, depois de conseguir falar. A reação do Simon foi diferente do que eu esperava. Esperava que ele fosse um pouco mais resistente, que ele ia tentar me convencer. Mas, na verdade, foi uma parada: ‘Beleza, então, vamos fazer isso juntos. Quero fazer com você’. Ele acreditou no que eu faria depois do grupo, sem nem saber o quê. Essa primeira reunião viraram muitas outras, com planejamento, ideias até chegarmos no que vamos lançar em breve.
Papelpop – E você chegou a conversar com outros empresários e gravadoras para te auxiliar nessa carreira ou essa oportunidade de continuar com o Simon já te encheu os olhos?
Any Gabrielly – Sempre gosto de explorar minhas opções. Eu tive conversas paralelas, óbvio. E fui entendendo quais rumos minha carreira podia tomar. Quando estava tudo mais claro, só escolhi o que fazia mais sentido e, definitivamente, o Simon foi a escolha certa. Ele tem muito poder nas mãos dele, muitos aliados. Tem uma experiência incrível de se ver. Tem uma visão 360 graus de tudo, é demais vê-lo trabalhando. Sempre tivemos uma troca que fluiu muito bem, até hoje.
Papelpop – Agora me conta do seu som, como suas músicas serão – sonoricamente — nesta fase solo? Terão música sem inglês, português, espanhol? Qual será o foco?
Any Gabrielly – Não vou falar sobre o idioma que cantarei, mas adianto que será dentro do pop. Amo o gênero, acho o mais divertido de tudo. Acredito que ele seja sem limites. Vejo artistas alternativos tentando inovas, e os fãs acabam não gostando tanto. O pop dá a oportunidade de fazer o que a gente quiser, seja usar uma roupa de carne, mostrar o peito no palco. (risos) Não que eu vá fazer isso, mas dá espaço de fazer o que a gente quiser e as pessoas celebram e vibram.
Papelpop – E você já tem datas? Será depois do show de despedida? Como será o aquecimento?
Any Gabrielly – Nas próximas semanas, virão mais notícias do que farei na minha carreira solo. Segura firme, que virão bastante informações e acontecimentos! Já tive oportunidade de gravar várias músicas em Londres e aqui em Los Angeles, também com amigos do Brasil.
Papelpop – Já entrou em estúdio, então?
Any Gabrielly – Várias e várias vezes. Já fiz muita coisa, mas não significa que todas elas sairão, óbvio. Tenho muita coisa que confio e gosto. E já sinto para onde meu som está indo. Já mostrei para alguns amigos e até para pessoas não tão próximas, para saber o que acham. Até então, tudo certo. Tenho muita confiança no que faço. Por mais que tenha medo e estou nervosa, eu creio que, se eu gostar muito, isso vai traduzir e significar algo para as pessoas.
Papelpop – E antes de falarmos do show de despedida, como será sua estratégia: focar no mercado internacional ou no brasileiro?
Any Gabrielly – Como disse, cenas dos próximos capítulos! (risos)
Papelpop – Certo, ela faz o segredo dela! Então, me conte um pouco do show de despedida com Now United, que vai rolar no Allianz Parque, em São Paulo. O que vocês estão preparando e o que os fãs podem esperar? Provavelmente vai estar abarrotado!
Any Gabrielly – O que eu vou dizer para as pessoas que estão lendo essa matéria aqui é que vou mexer no setlist do show. Então, peçam, peçam, peçam! E não me culpem se ela não sair como vocês querem! (risos) Digam aí o que vocês acham que tem que ter nesse show porque, se eu ver que vai valer a pena, mexerei meus pauzinhos. Esse show e essa setlist, com certeza, garantem muita emoção.
O show inteiro vai garantir uma experiência diferente para os fãs, que já foram em apresentações do grupo. Este ainda teremos coreografias, mas vai também ter uma coisa mais de espetáculo, e surpresas. Teremos surpresas!
Papelpop – E você vai se meter na escolha do novo integrante do Brasil?
Any Gabrielly – Sim, vou me meter. Quero que seja alguém que carregue este legado. Acho importante essa coisa de levar o Brasil para fora e precisar ser uma pessoa que faça bem. Não posso dizer que eu fui a melhor pessoa do mundo nesta missão, mas eu sempre fiz o meu melhor. Quero garantir que a pessoa que venha faça o melhor, se importe e que não seja algo sem atenção. Uma dica para as pessoas que querem concorrer: sejam vocês mesmas, queremos ver sua personalidade, brilhe!
Papelpop – E para encerrarmos, quais artistas brasileiros que você conversa ali na sua DM para fazerem uma colaboração?
Any Gabrielly – Já tive muitas conversas com artistas do Brasil para fazermos um som. Nunca marcamos, mas já falei com Luísa Sonza, Hodari, Gloria Groove, Pedro Calais, do Lagum — ele, inclusive, é o que mais falou e que está muito animado com a minha carreira solo —, Carol Biazin, também!
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