“RENAISSANCE” recebe nota 9,0 em crítica da Pitchfork: “Imaculado, uma celebração emancipatória”

Apenas dois dias após a faixa “Virgo’s Groove” ter recebido o selo de melhor estreia da semana pelos editores da revista Pitchfork, veio a público a resenha do disco! Divulgado na madrugada desta segunda-feira (1º), o material atribui ao sétimo álbum da carreira de Beyoncé a nota 9,0 – uma avaliação alta, visto que a publicação é conhecida por ser estritamente criteriosa.

O texto de Julianne Escobedo Shepherd ressalta entre outros aspectos o fato de que o disco não é apenas um projeto de “música dance imaculado”, como muitos fãs têm dito por aí. As 16 faixas são também, em sua opinião, uma “rica celebração emancipatória, com músicas de boate feitas pra suar”.

“RENAISSANCE – Act I” é uma façanha da imaginação em que se sonha acordado, como quando se festejava durante a pandemia, capturando a sensação de pensar em todos os lugares que você gostaria de ter ido quando estava preso”, diz um dos trechos.

“Ao contrário de “Lemonade” ou “Beyoncé”, disco de 2013, o projeto adere à pista de dança – sem baladas ou hinos de separação, apenas energia pura, BPMs propulsores e um grande foda-se para as demais coisas que não contempla. As canções de amor são quase inteiramente voltadas para o próprio eu e sua equipe, e as canções sobre um “garoto” são sustentadas por uma franqueza libidinosa. (Beyoncé nunca esteve tão excitante em público).

A crítica também destaca o compromisso da artista com a pesquisa e a revisitação da música negra, algo que reinventa sua função criativa. Aos 40 anos, Beyoncé segue na contramão e não parece mais ligar para qualquer tipo de pressão.

“Beyoncé confia que seus fãs estarão prontos para o desafio. Ela tem 40 anos, a idade em que, em geral, a sociedade tende a começar a descartar mulheres artistas (e mulheres em geral). Mas ela se recusa a se submeter a essa besteira, tornando-se impossível de ignorar. “Estive pra cima, Estive pra baixo”, ela canta em “Church Girl”. “Senti como se eu movesse montanhas / Tenho amigos que choraram fontes”. É o momento mais melancólico do álbum, e então, em sua plenitude, ela retorna com mais determinação: “Vou me amar. Ninguém pode me julgar além de mim.” É um momento transcendente, bonito e enganosamente simples. Ela estende a mão com luvas incrustadas de diamantes — e nos faz um convite para um tipo de festa bem melhor”.

Você pode ler a íntegra do texto, em inglês, clicando aqui. O disco, claro, está disponível em todas as plataformas digitais.

 

 

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