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Ike cria “poema de bandido” em EP de estreia e prepara show especial para o Rock in Rio

“Poema” e “bandido” talvez sejam duas palavras que não conversam entre si aos olhos e ouvidos dos menos criativos, mas ike e IGOR têm criatividade de sobra. Os dois brincam com os termos, levando o conceito do malandro romântico a uma nova love song produzida por Ruxell e Pablo Bispo.

Em “Poema de Bandido”, lançada na última quarta-feira (17), os cantores e compositores assumem seu lado apaixonado enquanto mantêm a pose de safado e atrevido. É uma mistura de dois mundos, em que o vagabundo da clássica dinâmica “A Dama e o Vagabundo” também se entrega ao romance.

“A gente é jovem, então, a hora de ser malandro é agora. Quando a gente for velho, a gente vai estar cansado de ser malandro”, brincou IGOR, em entrevista ao Papelpop. “Agora é a hora de ser solteiro e de errar. Claro que não é legal pisar na bola, mas podemos errar com menos culpa quando somos mais novos. É mais fácil fazer um poema de bandido neste momento da vida”, completou.

“Quisemos trazer um pouco das nossas vivências de vida, das mulheres que conhecemos e das ideias que trocamos. Então trouxemos essa estética do cara que é romântico, mas que, ao mesmo tempo, é malandro”, complementou ike.

O videoclipe reflete bem a essência da música. Com direção e roteiro de Gabriel Caviness, o registro audiovisual transporta o público a uma festa em que a dupla encontra seus interesses amorosos. E, então, é tudo uma pura provocação.

“Um cara apaixonado em uma festa é um poema de bandido, não é? Porque normalmente você vai a uma festa solteiro, vai para curtir. Mas se você está ali, amando… é uma forma de poema de bandido. O clipe ficou muito legal”, avaliou IGOR.

A estética percorre todo o EP de estreia de ike, intitulado “Poema de Bandido: Preliminares”. Além da faixa-título em parceria com IGOR, o projeto reúne outras quatro love songs: “Sou Eu”, “Sempre Assim”, “Caso Perdido” e “Amor de Foda”.

“Essa é a minha identidade na música. Minhas referências me fizeram trazer essa estética do cara romântico e vagabundo. Eu tentei trazer uma parada nova, mas com essa mesma estética que o IGOR usa desde o começo da carreira e outros artistas também. Porque eu não sou o único vagabundo romântico. Nós somos quase a maioria” — ike

Com produção de Ruxell, Bispo, Ajaxx, Papatinho e Sergio Santos, o EP é só o começo da carreira do artista. Ele prepara mais cinco músicas para somar às recém-lançadas e formar um álbum, para continuar ascendendo na cena do rap, trap e R&B.

“Decidi separar as músicas mais love agora, deixando as mais ‘sujas’ para outro EP em setembro. Ainda estou produzindo duas dessas músicas mais ‘sujas’, mas essas cinco já estavam prontas. Achei que as cinco na mesma estética funcionariam melhor agora. Elas têm a mesma língua”, explicou.

O projeto pontapé chega bem a tempo do Rock in Rio 2022, onde ike se apresentará no dia 3 de setembro, no palco Supernova.

“Estou muito feliz e ansioso, nem estou dormindo. Já estou sem voz antes do show, de tanto que estou ensaiando” — ike

O artista pretende cantar todas as músicas que já lançou e pelo menos duas inéditas, daquelas “sujas” que citou antes. É um show inteiramente autoral, para mostrar à multidão do festival carioca todo o seu trabalho musical.

“Eu ainda não abri minha agenda de shows, porque a nossa ideia era lançar todas as músicas antes. Como apareceu essa oportunidade [do Rock in Rio], tudo se antecipou, inclusive o lançamento do EP. A expectativa é que tudo dê certo e a gente não pare mais de fazer show”, afirmou ike.

O futuro também parece promissor para IGOR. Em meio a uma troca de gravadoras, cujos nomes não foram revelados, ele já tem cerca de 30 músicas prontas e deve lançar uma delas, “Flow Claudinho e Buchecha”, em breve. Depois, quer um EP de R&B.

“Eu vou ter fases, como qualquer artista. Agora, estou em uma fase R&B, até porque você tem mais assunto para falar quando está solteiro. Namorando é legal. Mas, solteiro, você toca mais a galera. Você retrata coisas passadas e saudades, coisas que acontecem com todo mundo”, refletiu o artista.

Ele, que já teve uma banda cover de Red Hot Chili Peppers, integrou o P9 e foi parte do Class A, gosta de se aventurar nos gêneros musicais. “Outro dia mesmo, eu estava compondo um rock, com bateria e baixo de verdade, sem ser sintetizado. É bom. Você se explora, se estuda, malha o cérebro”, contou.

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