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Ícone supremo da TV brasileira, Jô Soares morre aos 84 anos, em São Paulo
Morreu, aos 84 anos, o apresentador e humorista Jô Soares, na madrugada desta sexta-feira (5), em São Paulo. Ícone supremo da TV brasileira, ele estava internado desde o último dia 28 de julho no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde tratava uma pneumonia.
Quem revelou a notícia foi a ex-mulher de Jô, Flávia Pedra. Posteriormente, via nota, o hospital confirmou o falecimento do apresentador. De acordo com o portal G1, a causa da morte não será revelada pela família e o enterro e velório serão reservados a pessoas próximas, em data e local não informados.
“Viva você, meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo”, escreveu a ex-companheira.
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Nascido no Rio de Janeiro, em 1938, Jô Soares era o filho único de uma família abastada que perdeu toda a sua fortuna. Foi estudar na Suíça e nos Estados Unidos ainda jovem, com o intuito de se tornar diplomata. Falava seis línguas. Tão logo, foi fisgado pela vida artística e desistiu da ideia de seguir na diplomacia.
Ficou muito conhecido nos últimos 20 anos por seu programa de entrevistas no SBT e na TV Globo. Além de apresentador, Jô teve uma carreira gigantesca como ator, comediante, roteirista, escritor, diretor e músico. Escreveu mais de dez livros. Entre eles, best-sellers que chegaram a ganhar adaptações para os cinemas, como “O Xangô de Baker Street”, publicado em 1995.
Na televisão, deu os primeiros passos no programa “Praça da Alegria“, na década de 1950. Passou pelos canais Continental, Rio, Tupi, Excelsior e Record, antes de chegar na TV Globo. Integrou o elenco de programas de comédia históricos como “Família Trapo”, “Satiricom” e “Planeta dos Homens”.
Chegou à Rede Globo em 1970, para fazer o programa “Faça Humor Não Faça Guerra”. O estrelato veio, de fato, quando deu início ao seu programa “Viva o Gordo”, em 1981. Seis anos depois, deixou a emissora carioca para apresentar seu programa de entrevistas no SBT, chamado Jô Soares Onze e Meia.
Retornou à emissora global no ano 2000, com o Programa do Jô, que marcou décadas e gerações com sua irreverência, humor e técnicas incríveis de entrevistas. O noturno ficou 16 anos no ar.
Ele se casou três vezes, com as atrizes Tereza Austragésilo e Silvia Bandeira e com a designer gráfica Flavia Junqueira. Ele teve um único filho, Rafael, morto em 2014, aos 50 anos.