Análise: “A Casa do Dragão” chega com o mesmo espírito de intriga e caos que vimos em “Game of Thrones”

[Atenção: alerta de spoilers! Atenção: alerta de spoilers!]

Há três anos nos despedimos de “Game of Thrones“. A série aclamada da HBO revolucionou a forma de fazer televisão e, durante oito anos, nos entregou muito entretenimento, fez a gente gritar na internet todos os domingos e nos deixou com um final — que dividiu bastante opiniões, até hoje.

Com isso, quando a nova série “A Casa do Dragão” foi anunciada, muitos podem ter pensado: ‘Mas já é o momento de trazer isso de volta?”. Pois bem, o primeiro episódio vai ao ar, neste domingo (21), na HBO e na HBO Max, e podemos dizer: SIM! Nossas noites de domingo voltarão a ser agraciadas com mais um belo drama no continente de Westeros. Foi a gente que pediu!

Baseado no livro “Sangue e Fogo”, também de George R. R. Martin, vamos conhecer como estava todo esse universo, cerca de 200 anos antes de “Game of Thrones”. A casa Targaryen, muito diferente de como a encontramos em 2011, aqui vive um momento de reconhecimento, poder e abundância, com o rei Viserys I sentado no trono de ferro, após a morte de Jaehaerys Targaryen.

Ao lado dele, temos o irmão caçula Daemon assumindo um posto entre os conselheiros, e a filha Rhaenyra Targaryen. Ao contrário do que estamos acostumados a ouvir falar dessa família, Viserys é bom e quer apenas manter o reinado em paz. Mas óbvio que, quando se trata da história criada por R. R. Martin, paz não é uma coisa que dura muito tempo.

O primeiro episódio já apresenta um drama: Viserys não tem um filho homem. Quem vai herdar o trono, então? Já temos o irmão Daemon, que se apresenta como um louco cheio de atitudes violentas e duvidosas, de olho no poder. E como ele, um time de seguidores que o aprova como rei. Nisso, a gente já entra num clima que amávamos em “Game of Thrones”: política, movimentações de golpe, suspeitas de traição e muita fofoca entram em cena. O que vai acontecer dentro dessa família que já está tão dividida? Baphooo!

Outro fator que torna “A Casa do Dragão” tão atraente é poder ver acontecendo em cena o que até então conhecíamos apenas como história contada pelos personagens de “Game of Thrones”. A gente sabe que a casa Targaryen caiu, após um reinado de loucura. Sabemos, também, que os dragões morreram e que foi um período violento. Agora, temos a chance de acompanhar o começo dessa queda e rever elementos que eram tão lendários na série anterior e aqui são até que normais. Por exemplo, o trono de ferro e dragões (a gente já vê vários logo de cara!).

Rhaenyra Targaryen se destaca como uma das protagonistas da série e claramente muitos vão receber uma “energia Daenerys” vindo dela. Ela tem uma amizade linda com Alicent Hightower, vinda de uma casa que não conhecemos muito em “Game of Thrones” e aqui tem uma posição de destaque. Porém, Rhaenyra tem um lance com o tio Daemon, o que nos faz lembrar que os Targaryen eram conhecidos por relações incestuosas, algo que veremos em ação nesta produção.

Outros dois elementos fortes de “Game of Thrones” retornam com força logo no primeiro episódio: mortes bastante gráficas, violência e, óbvio, sexo rolando solto. Há duas cenas acontecendo paralelamente, uma entre uma disputa “amistosa” entre casas e outra que não queremos nem falar sobre, e claro que tudo dá errado de uma forma pra chocar os espectadores. Daquele jeitinho que a gente ama, né?

As locações cumprem o legado criado pela série anterior e são de cair o queixo, dá até para arriscar que está ainda melhor agora com os avanços tecnológicos. Além disso, os personagens estão muito bem interpretados por ótimos atores.

Nesse primeiro episódio, é preciso destacar Paddy Considine como Viserys I, Rhys Ifans como Otto Hightower (a mão do rei), Emma D’Arcy como Rhaenyra e Sian Brooke, que interpreta a esposa e prima de Viserys.

“A Casa do Dragão” estreia neste domingo (21), na HBO e HBO Max, trazendo os elementos que mais amávamos em “Game of Thrones”, com uma história nova e grandes atuações. Os últimos minutos deixarão vocês arrepiados, principalmente pois aquela famosa trilha também faz o retorno dela. Já estamos ansiosos para os próximos episódios! Como vamos chamar o novo “DominGOT”? “Domingaryen”?

*A HBO liberou o primeiro episódio previamente, para o repórter redigir este texto.