Você conhece Lua Negra? Se a resposta for não, este é o momento para ir de encontro a este talento. Lua Negra é um rapper queer manauara, que tem a música como sua principal atividade.
Seu trabalho artístico ganhou destaque na cultura hip hop nacional por conta de seu viés combativo e potente ao levar o som afro amazônico e periférico para frente.
Para além do campo sonoro, o artista também atua em outros cenários, participando de filmes e exposições de arte em sua cidade natal, Manaus. Já esteve presente em grandes festivais, ao lado de nomes conhecidos como Duda Beat e Jup do Bairro. Ocupou lugares em programas de televisão, como um quadro do programa “Saia Justa”, do canal por assinatura GNT.
Artista em ascensão em Manaus, Lua Negra traz em suas letras mensagens contra o preconceito, racismo, machismo, homofobia e misoginia, sempre buscando transmitir uma mensagem social por meio de suas composições. o artista carrega representatividade nos seus videoclipes e músicas.
Na estrada há dez anos, o artista sonha em levar suas letras e composições ao cenário musical nacional, defendendo a falta de bichas rappers nas rádios, expondo um lado da história invisibilizado e ignorado pela indústria mainstream.
“Todas as minhas letras têm um contexto militante. Elas geram identificação com as pessoas. Ao mesmo tempo que isso me enaltece como compositor e artista, limita muito os espaços nos quais eu poderia me apresentar. Canto músicas que incomodam públicos de muitos lugares” — Lua Negra, sobre suas letras
As grandes referências musicais de Lua são Lil Kim, a Tati Quebra Barraco e Missy Elliott. Não por coincidência, mas elas são artistas femininas potentes, consistentes e empoderadas. Para ele, isso é um norte no meio do mundo em que vive em sua cidade Natal.
“Desde quando eu entendi o que era música, eu vi mulheres surgindo em um cenário dominado por homens e quebrando tudo com uma musicalidade inovadora. É dessa forma que me vejo em Manaus, surgindo no movimento rap sendo o único gay assumido na cena, trazendo vivência, musicalidade e visuais do mundo queer” — explicou Lua
“Azealia Banks e Nicki Minaj são referências, também, por terem uma sonoridade única que me inspira bastante. Grandes ícones gays, como a Lacraia e o Jorge Lafon, foram minhas primeiras imagens sobre aceitação de pessoas LGBTQIAP+ na mídia”, acrescentou.
Com grande potencial, Lua luta para conseguir recursos de produção, possuindo mais de 20 músicas autorais prontas. Por meio da Lei de Incentivo a Cultura, o artista conseguiu gravar as músicas de seu EP e produzir três videoclipes. O artista possui singles e clipes lançados que dialogam com questões como machismo, relações com dinheiro e liberdade de expressão.
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